Ontem, ao abrir um dos muitos caixotes que ainda tenho por arrumar (não sei quem é que consegue gostar de mudanças… destas, de casa, sobretudo enquanto a bagunça se esconde em cada canto), descobri dois desenhos (iknies) do meu amigo José Tavares que tenho emoldurados e pensei: este vai ser o próximo assunto do Infinito's.
E cá estão eles, os iknies e o seu autor, apresentados através de dois artigos publicados na Revista Tempo (de 04/08/2004) e no jornal Tal & Qual (de 20/07/2007) – imagens acima (basta clicar para aumentar e tornar o texto legível) – e de uma breve entrevista que realizei há uns anos atrás:
E cá estão eles, os iknies e o seu autor, apresentados através de dois artigos publicados na Revista Tempo (de 04/08/2004) e no jornal Tal & Qual (de 20/07/2007) – imagens acima (basta clicar para aumentar e tornar o texto legível) – e de uma breve entrevista que realizei há uns anos atrás:
«José Tavares é engenheiro agrónomo, mas abandonou esta profissão para se dedicar, em exclusivo, a um projecto de sua autoria: Iknie Fantasy, um conjunto de símbolos que apelida de «um código global, o princípio de uma nova linguagem, uma espécie de folclore planetário que é de todos sem pertencer a ninguém».
Esta “espécie de esperanto gráfico”, ou “elemento unificador de culturas”, é, na óptica do seu criador, uma inovadora forma de comunicar (é, aliás, uma verdadeira “revolução criativa!” como gosta de afirmar): «cada anatograma iknie funciona como um elo de ligação entre os povos» porque «representa, de forma abreviada, uma série de características comuns aos seres humanos e consegue, através de um grafismo simples, esbater as especificidades locais menos importantes fazendo sobressair aquilo que de melhor existe em cada um de nós».
Para José Tavares, um poliglota nato (além do português, fala seis línguas diferentes: russo, checo, ucraniano, inglês, francês e espanhol) a principal característica dos “sinais” que criou prende-se com o facto de funcionarem como «veículo psicológico» das nossas emoções: cada imagem «tem um lado mágico e uma dimensão mítica que liberta a mente de quem a observa e faz com que consiga perceber o seu futuro através de uma regressão ao passado».
Em 1981 (com apenas 19 anos), José Tavares foi estudar para a Checoslováquia. Esta experiência, confessa, foi marcante na sua vida. Mas, a valência do seu projecto resulta, também, da aculturação de elementos que foi recolhendo nas muitas viagens que fez: «durante anos consecutivos contactei com mongóis [e recorda, com alguma saudade, uma namorada mongol que, ainda hoje, tem um lugar cativo no seu coração], vietnamitas, gregos, sul africanos, entre outros povos, o que me deu uma grande riqueza de conhecimentos sobre a estrutura humana».
A entrada no circuito comercial tem-se mostrado bastante difícil, apesar do interesse que a sua obra tem registado, ultimamente, junto de algumas galerias, por isso, José Tavares fez das ruas de Lisboa o espaço privilegiado para expor os seus trabalhos. Mas, este “designer do quotidiano”, como gosta de ser reconhecido, é um lutador e não desiste com facilidade. Embora os recursos financeiros sejam limitados (devido a estar desempregado), José Tavares não pára de sonhar: «como o projecto tem potencialidades didácticas, o próximo passo é divulgar os iknies (nome inspirado na palavra grega ikone) junto das escolas».
Depois de conhecer os “caracteres” desta “linguagem universal” é impossível ficar indiferente à mensagem de força e energia que encerram.»
Em 1981 (com apenas 19 anos), José Tavares foi estudar para a Checoslováquia. Esta experiência, confessa, foi marcante na sua vida. Mas, a valência do seu projecto resulta, também, da aculturação de elementos que foi recolhendo nas muitas viagens que fez: «durante anos consecutivos contactei com mongóis [e recorda, com alguma saudade, uma namorada mongol que, ainda hoje, tem um lugar cativo no seu coração], vietnamitas, gregos, sul africanos, entre outros povos, o que me deu uma grande riqueza de conhecimentos sobre a estrutura humana».
A entrada no circuito comercial tem-se mostrado bastante difícil, apesar do interesse que a sua obra tem registado, ultimamente, junto de algumas galerias, por isso, José Tavares fez das ruas de Lisboa o espaço privilegiado para expor os seus trabalhos. Mas, este “designer do quotidiano”, como gosta de ser reconhecido, é um lutador e não desiste com facilidade. Embora os recursos financeiros sejam limitados (devido a estar desempregado), José Tavares não pára de sonhar: «como o projecto tem potencialidades didácticas, o próximo passo é divulgar os iknies (nome inspirado na palavra grega ikone) junto das escolas».
Depois de conhecer os “caracteres” desta “linguagem universal” é impossível ficar indiferente à mensagem de força e energia que encerram.»
Ermelinda Toscano, in O Sabor das Palavras, n.º 2 (1.º trimestre de 2004)
Mais informações em:
Os símbolos para um novo código gráfico
Arte Iknie 1
Arte Iknie 2
Iknie Fantasy
Art Iknie (o Blog)
Dez boas razões para acreditarmos em iknies
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Os símbolos para um novo código gráfico
Arte Iknie 1
Arte Iknie 2
Iknie Fantasy
Art Iknie (o Blog)
Dez boas razões para acreditarmos em iknies
2 comentários:
uma língua racista que tem o condão de servir o mundialismo destruidor da diversidade cultural, linguista e étnica dos povos do mundo.
Como se uma língua nascesse por um qualquer decreto sem qualquer ligação cultural a um determinado povo
sr. frentenegra
afinal onde estão as diferenças? na lingua, na cultura, na pele....mas são minimas! Sabe a origem da lingua? foi de uns quantos poderosos, assim como a propriedade privada, a monanarquia e o dinheiro, como hoje a qualidade de vida é só de uns quantos. Agora exacerbar as diferenças como arauto da superioridade, em quê?? vai dizer que não, então não haverá contactos/trocas entre povos e voçê ñ estarei a usar 1 blogue, e ver tv ou andar de carro....
no essencial somos todos = ñ.
viva a solidariedade e a diversidade!
Antonio Manuel
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