quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Almada nua




Aos poucos, em nome do futuro que a CMA anda a prometer aos almadenses (o qual vem aí oferecido a metro, para gáudio dos amantes da modernidade), vai-se despindo Almada... a propósito das obras do MST, sítio por onde venham a passar os carris do dito, ou até nas proximidades (por contágio), é "limpo" de árvores... foi assim na Praça Gil Vicente e na Av.ª Afonso Henriques e, agora, nas Praças do MFA e de S. João Baptista (conforme as fotografias, tiradas há uns bons dias atrás, o documentam).

Almada, lamentavelmente, está a tornar-se numa cidade cinzenta e triste, de prédios degradados, passeios mal cuidados, lixo acumulado pelas ruas... onde o futuro parece limitar-se a um arranjo urbanístico frio, de ruas decoradas com cimento.

Esta questão pode até ser um mero detalhe face a tantos outros problemas que os almadenses têm de enfrentar, é bem verdade, mas, por favor... deixem-me expressar a minha mágoa. Sinto como se me tivessem arrancado algumas das raízes da minha infância ao ver assim caídas por terra tantas árvores, jorrando seiva cor de sangue...

E não me venham com essa de que ao falar assim estou contra o progresso. Nem sequer estou contra o MST. Todavia, reservo-me no direito de considerar que estas obras têm demasiadas falhas...
E termino este pequeno desabafo deixando uma imagem que pode ser de esperança... a resistência deste pequeno rebento que escapou, por enquanto, à fúria do serrote.

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