José Afonso morreu em Setúbal, na madrugada de 23 de Fevereiro de 1987.
Faz hoje, precisamente, 20 anos.
Parece que foi ontem... na minha memória Zeca está sempre presente, por isso a saudade da sua voz, da sua música, das letras das suas canções se esbatem por entre os acordes que me enchem a casa de cada vez que oiço os seus álbuns.
E deixo-vos a UTOPIA... um poema que é uma doce melodia de homenagem ao sonho e à liberdade...
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
Utopia, José Afonso (Álbum: Como se Fora Seu Filho).
E para mais informações sobre a vida e obra de José Afonso clique AQUI.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
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1 comentário:
Por mais paredes de vidro entre o dentro e o fora algo dentro escapa sempre ao próprio.
Há,tem de haver filtragem no trajecto senão há disparate à vista.Escusado.
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