Ontem à tarde fomos até ao Fórum Almada e, como não podia deixar de ser, acabámos na FNAC… visita quase sagrada cada vez que vamos àquele centro comercial.
Estávamos nós entretidos a ver os livros, a conversar sobre os conteúdos, a ponderar as melhores aquisições, às vezes a discutir sobre este ou aquele assunto que fora tema de capa e suscitava o nosso particular interesse, eis senão quando sentimos que, de repente, olhássemos para a esquerda ou para a direita, em frente ou atrás de nós (só no tecto é que não se via nada) e lá estavam eles.
Passeando-se de forma provocadora, aos magotes, todos vestidos de igual, rindo e de peito enfunado, olhando para todo o lado menos para aquilo que, supostamente, teriam ido ali ver.
Juntavam-se aos grupos impedindo que os clientes circulassem à vontade pelos corredores, rodopiavam sobre si para que os vissem bem de diversos ângulos (não fosse algum incauto pensar que as mensagens inscritas nas camisolas eram idênticas) incomodando quem estava e, deliciados com o impacto que estavam a ter, cochichavam alegremente. E lá andavam, com toda a calma que lhes era possível, satisfeitos por terem descoberto maneira de ludibriar a gerência do estabelecimento e fazerem propaganda dentro daquelas instalações apinhadas de gente àquela hora do dia.
Eram adeptos de um (ou vários, não consegui perceber) qualquer desses grupos de cidadãos que apelam ao Não no referendo do próximo dia 11 e traziam estampadas no peito e nas costas das camisolas que, ridiculamente, envergavam por sobre as roupas de Inverno, desenhos de bebés com frases ofensivas do bom senso de qualquer mulher que se preze, querendo fazer-me sentir quase uma assassina por levar na mala um simples e discreto pin do SIM.
Senti-me incomodada com a sua presença mas, felizmente, houve alguém que foi reclamar junto da gerência da loja, que admitiu que aquele acto era uma descarada forma de propaganda, tendo-os "convidado" a sair porque ali era proibida qualquer manifestação daquela natureza. E instantes mais tarde era vê-los concentrados à entrada, a tirar as camisolas e a dispersar no sentido do parque de estacionamento.
Francamente. Depois desta e de outras que tenho verificado nos últimos dias (como o facto de o PSD, que diz não ter posição oficial sobre o assunto, andar a ocupar os tempos de antena na rádio com cópia das intervenções do Não mas dizendo que está a contribuir para esclarecer os portugueses e apesar de nunca apresentar, pelo menos que eu ouvisse até agora, um único argumento a favor do sim) acho que o período de campanha ainda vai aquecer. Ai vai, vai. Com tanta agressividade no ataque duvido que alguns membros do não se fiquem pelas palavras… o que é de lamentar.
Estávamos nós entretidos a ver os livros, a conversar sobre os conteúdos, a ponderar as melhores aquisições, às vezes a discutir sobre este ou aquele assunto que fora tema de capa e suscitava o nosso particular interesse, eis senão quando sentimos que, de repente, olhássemos para a esquerda ou para a direita, em frente ou atrás de nós (só no tecto é que não se via nada) e lá estavam eles.
Passeando-se de forma provocadora, aos magotes, todos vestidos de igual, rindo e de peito enfunado, olhando para todo o lado menos para aquilo que, supostamente, teriam ido ali ver.
Juntavam-se aos grupos impedindo que os clientes circulassem à vontade pelos corredores, rodopiavam sobre si para que os vissem bem de diversos ângulos (não fosse algum incauto pensar que as mensagens inscritas nas camisolas eram idênticas) incomodando quem estava e, deliciados com o impacto que estavam a ter, cochichavam alegremente. E lá andavam, com toda a calma que lhes era possível, satisfeitos por terem descoberto maneira de ludibriar a gerência do estabelecimento e fazerem propaganda dentro daquelas instalações apinhadas de gente àquela hora do dia.
Eram adeptos de um (ou vários, não consegui perceber) qualquer desses grupos de cidadãos que apelam ao Não no referendo do próximo dia 11 e traziam estampadas no peito e nas costas das camisolas que, ridiculamente, envergavam por sobre as roupas de Inverno, desenhos de bebés com frases ofensivas do bom senso de qualquer mulher que se preze, querendo fazer-me sentir quase uma assassina por levar na mala um simples e discreto pin do SIM.
Senti-me incomodada com a sua presença mas, felizmente, houve alguém que foi reclamar junto da gerência da loja, que admitiu que aquele acto era uma descarada forma de propaganda, tendo-os "convidado" a sair porque ali era proibida qualquer manifestação daquela natureza. E instantes mais tarde era vê-los concentrados à entrada, a tirar as camisolas e a dispersar no sentido do parque de estacionamento.
Francamente. Depois desta e de outras que tenho verificado nos últimos dias (como o facto de o PSD, que diz não ter posição oficial sobre o assunto, andar a ocupar os tempos de antena na rádio com cópia das intervenções do Não mas dizendo que está a contribuir para esclarecer os portugueses e apesar de nunca apresentar, pelo menos que eu ouvisse até agora, um único argumento a favor do sim) acho que o período de campanha ainda vai aquecer. Ai vai, vai. Com tanta agressividade no ataque duvido que alguns membros do não se fiquem pelas palavras… o que é de lamentar.
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