Na era da globalização e da crescente massificação da Internet, o livro que hoje vos apresento (Democracia Digital - Eleitos e Eleitores na Era da Informação, da autoria de Gustavo Cardoso, Susana Nascimento, Ângela Morgado e Rita Espanha), que estuda o caso português, levanta duas questões bastante pertinentes, as quais despertaram o meu interesse pela leitura da obra, em particular as reflexões em torno do segundo conceito:
Será o e-government possível em Portugal? E a e-democracy uma mera utopia?
Segundo São José Almeida escrevia no jornal Público, em 8 de Janeiro de 2006, a quando do lançamento deste livro:
«Os autores centram-se no papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC) como forma de ir além das formas de representação clássica. Ou seja, até onde meios de comunicação como a Internet podem aproximar os cidadãos do poder e transformar a informação até aqui fechada nos gabinetes em matéria acessível a todos. Assim a utopia da democracia directa, do cidadão informado, activo, interveniente e interessado no bem comum é reapresentada através de uma análise das potencialidades das tecnologias de informação e comunicação como forma de aproximar eleitos e eleitores. Em suma: as potencialidades políticas de assunção da cidadania plena proporcionada pelo computador e o que este novo caminho veio alterar nos hábitos do poder político.» (…)
«Os autores abordam ainda um outro plano em que se processa o nascimento de uma democracia digital, o do papel da comunicação social, quer a tradicional, quer as novas formas de transmitir notícia associadas à web, que alteram a forma de mediatização da mensagem política e o acesso que a ela têm os cidadãos e a formação da opinião pública. »
«Tudo isto para entrar na classe política portuguesa e analisar em pormenor a forma como os deputados à Assembleia da República, durante as VII e IX legislaturas (1999-2002 e 2002-2004), usam as tecnologias de informação e comunicação para comunicarem entre si, com os governantes e com os eleitores.» (…)
Na minha modesta opinião este é, pois, um livro de leitura fundamental para quem se interessa por estas matérias da democracia digital.
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