segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Breves notas sobre a INABILIDADE.




A propósito do tema que dá título ao artigo de hoje, vêm-me à lembrança dois livros de que já vos tinha anteriormente falado: GESTÃO DE INCOMPETENTES e O CULTO DA INCOMPETÊNCIA.
E repesquei um outro texto escrito em 2016 (e no qual colocava a pergunta que hoje vos volto a deixar) por achar que a questão da incompetência está subjacente às temáticas tratadas nos últimos artigos (sobre contratação pública), mas em particular no caso do tal trabalhador autárquico que por compadrio político-partidário acabou como professor universitário (uma situação já denunciada ao Ministério Público).



Por que é que os incompetentes não conseguem perceber que são incompetentes?
Procurei e encontrei na internet uma definição que sintetizo assim:
Trata-se do chamado efeito Dunning-Kruger e o seu princípio é o de que quanto mais incompetente uma pessoa é menor capacidade tem para reconhecer a sua própria incompetência.
Mas este tema (incompetência) não ficava completo sem umas palavras sobre o Princípio de Dilbert (e que veio substituir um outro: o Princípio de Peter):
Os mais ineficientes são sistematicamente colocados onde podem causar menos danos, isto é, em cargos de gestão.”
Um resumo interessante sobre ambos os princípios, é feito no blogue de Joaquim Nogueira e pode ser lido AQUI por isso não me adianto mais sobre a matéria.
Acrescento apenas que os mais incompetentes apenas serão colocados no topo da carreira se à sua condição de ineficiência profissional juntarem uma boa cunha em termos políticos. A maioria fica-se por um percurso oportunista, mas sem chegar a lugares de topo embora acabem por beneficiar da ineficiência da gestão pois os incompetentes tendem a ser solidários entre si.
Mas se julgam que estas personagens não têm escolaridade ou apenas a têm ao nível mais básico, estão enganados. Não! A maioria tem cursos superiores, muitos têm mestrados e há aqueles que até doutoramentos têm, embora por vezes, é certo, não consigamos perceber como conseguiram conquistar tais graus académicos tal é a inépcia que evidenciam na aplicação conhecimentos que, supostamente, deveriam ter adquirido, mas que, depois, são incapazes de aplicar na prática profissional.
Conheci vários casos destes. E, todos eles (e elas) evidenciavam um enorme complexo de superioridade e julgavam-se seres de uma inteligência superior à média. Incapazes de assumir a responsabilidade pelos sucessivos erros cometidos no desempenho das suas funções (pois nunca admitiam, mesmo colocados perante provas irrefutáveis, ser os autores da asneira), consideravam-se sempre uns injustiçados e alvo da inveja de chefes e colegas.
Ainda assim, vão-se mantendo nos lugares que ocupam devido à inércia da administração e/ou porque protegidos por dirigentes partidários ou chefias também elas incompetentes, acabando por comprometer o prestígio das entidades onde exercem funções.



Porque eles andam por aí e são mais que muitos. Por isso é necessário saber lidar com estas questões. Este livro [Gestão de Incompetentes, de Gabriel Ginebra] dá uma ajuda, embora reconheça que não é tarefa fácil... sobretudo quando os incompetentes são, precisamente, aqueles que têm o poder.
A gestão de incompetentes tornou-se num dos temas centrais do mundo empresarial - e não se ensina nas escolas de gestão. A forma como se lida com a incompetência, própria e alheia, é determinante para a obtenção de resultados e para a manutenção de um clima motivacional nas empresas. Partindo de um método prático, o presente livro reparte-se em três grandes áreas: Reconhecer a incompetência; diagnosticar os diversos tipos de incompetências e tratar as incompetências. Este método, permite descer à origem dos problemas, agir com pedagogia e gerir emocionalmente o colaborador até à sua "recuperação". No fim do processo, o dirigente terá conseguido: Tratar as incapacidades; melhorar o relacionamento interpessoal e empresarial; promover o potencial dos seus colaboradores e melhorar os resultados globais da empresa.



O povo gosta que os seus eleitos se lhes assemelhem, que tenham os sentimentos e as paixões populares.
Porém governar é uma arte e pressupõe uma ciência; mas, a representação do país, está reservada aos incompetentes, representação que tudo quer fazer e faz tudo mal, governando, administrando e espalhando a incompetência e a paixão no governo e na administração. Assiste-se hoje ao espetáculo de um povo governado por homens sem arte nem ciência, escolhidos precisamente por essas qualidades negativas.” (…)
"O culto da incompetência é como uma nódoa de azeite: propaga-se por contágio, sendo bastante natural que, sendo endémico, seja também epidémico, e que, encontrando-se no centro e núcleo do Estado, isto é, na constituição deste se transmita e alastre nos hábitos e costumes do país."
Estas são afirmações de Émile Faguet, autor do livro O culto da incompetência, uma obra cuja leitura vos aconselho vivamente.
E não, não está a falar da situação política de hoje... é que este texto tem, imaginem... mais de 100 anos. Sim, mais de 100 anos! Mas bastante atual. Infelizmente, não é?

3 comentários:

Anónimo disse...

Então o comunista parasita, Mamede, que explorava os trabalhadores com contratos, a mulher têm um porche está na camara de sesimbra a chupar dinheiro dos impostos do povo de semsimra. vampiros, amélia, mamede, rui jorge, alllan, gonçalves, jorge cabral todos orientados

Anónimo disse...

Mais boys em Sesimbra o xulo foi fazer companhia ao ditador alan pereira.

ALMERINDA tEIXEIRA disse...


A corrupção é um perigo universal contra a democracia.
Mas fica caro - a todos os níveis - enfrentá-la. Alguns de nós, que vencemos o medo, apesar disso não nos vamos calando. As calúnias, as ameaças, etc, não nos fazem recuar.

Continua, Ermelinda, eu "já paguei as minhas favas". A minha militância vai continuando, mais branda, claro, por outras paragens.

Related Posts with Thumbnails