sexta-feira, 8 de julho de 2016

Ainda sobre a incompetência reinante

Ainda a propósito do tema de ontem – GESTÃO DE INCOMPETENTES – lembrei-me de um outro livro do qual também já aqui vos falei: O CULTO DA INCOMPETÊNCIA.
E volto a colocar a questão que tantas vezes me pergunto:
Por que é que os incompetentes não conseguem perceber que são incompetentes?



Procurei e encontrei na internet uma definição que sintetizo assim:
Trata-se do chamado efeito Dunning-Kruger e o seu princípio é o de que quanto mais incompetente uma pessoa é menor capacidade tem para reconhecer a sua própria incompetência.

Mas este tema (incompetência) não ficava completo sem umas palavras sobre o Princípio de Dilbert (e que veio substituir um outro: o Princípio de Peter):
“Os mais ineficientes são sistematicamente colocados onde podem causar menos danos, isto é, em cargos de gestão.”
Um resumo interessante sobre ambos os princípios, é feito no blogue de Joaquim Nogueira e pode ser lido AQUI por isso não me adianto mais sobre a matéria.
Acrescento apenas que os mais incompetentes apenas serão colocados no topo da carreira se à sua condição de ineficiência profissional juntarem uma boa cunha em termos políticos. A maioria fica-se por um percurso oportunista mas sem chegar a lugares de topo embora acabem por beneficiar da ineficiência da gestão pois os incompetentes tendem a ser solidários entre si.
Mas se julgam que estas personagens não têm escolaridade ou apenas a têm ao nível mais básico, estão enganados. Não! A maioria tem cursos superiores, muitos têm mestrados e há aqueles que até doutoramentos têm, embora por vezes, é certo, não consigamos perceber como conseguiram conquistar tais graus académicos tal é a inépcia que evidenciam na aplicação conhecimentos que, supostamente, deveriam ter adquirido mas que, depois, são incapazes de aplicar na prática profissional.
Conheci vários casos destes. E, todos eles (e elas) evidenciavam um enorme complexo de superioridade e julgavam-se seres de uma inteligência superior à média. Incapazes de assumir a responsabilidade pelos sucessivos erros cometidos no desempenho das suas funções (pois nunca admitiam, mesmo colocados perante provas irrefutáveis, ser os autores da asneira), consideravam-se sempre uns injustiçados e alvo da inveja de chefes e colegas.

Ainda assim, vão-se mantendo nos lugares que ocupam devido à inércia da administração e/ou porque protegidos por dirigentes partidários ou chefias também elas incompetentes, acabando por comprometer o prestígio das entidades onde exercem funções.

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