Ainda a propósito do tema de
ontem – GESTÃO
DE INCOMPETENTES – lembrei-me de um outro livro do qual também já aqui
vos falei: O
CULTO DA INCOMPETÊNCIA.
E volto a colocar a questão que
tantas vezes me pergunto:
Por que é que os incompetentes não conseguem perceber que são
incompetentes?
Procurei e encontrei na internet uma
definição que sintetizo assim:
Trata-se do chamado efeito
Dunning-Kruger e o seu princípio é o de que quanto mais incompetente uma pessoa
é menor capacidade tem para reconhecer a sua própria incompetência.
Mas este tema (incompetência) não
ficava completo sem umas palavras sobre o Princípio de Dilbert (e que
veio substituir um outro: o Princípio de Peter):
“Os mais ineficientes são sistematicamente colocados onde podem causar
menos danos, isto é, em cargos de gestão.”
Um resumo interessante sobre
ambos os princípios, é feito no blogue de Joaquim Nogueira e pode ser lido AQUI
por isso não me adianto mais sobre a matéria.
Acrescento apenas que os mais
incompetentes apenas serão colocados no topo da carreira se à sua condição de
ineficiência profissional juntarem uma boa cunha em termos políticos. A maioria
fica-se por um percurso oportunista mas sem chegar a lugares de topo embora
acabem por beneficiar da ineficiência da gestão pois os incompetentes tendem a
ser solidários entre si.
Mas se julgam que estas
personagens não têm escolaridade ou apenas a têm ao nível mais básico, estão
enganados. Não! A maioria tem cursos superiores, muitos têm mestrados e há
aqueles que até doutoramentos têm, embora por vezes, é certo, não consigamos
perceber como conseguiram conquistar tais graus académicos tal é a inépcia que
evidenciam na aplicação conhecimentos que, supostamente, deveriam ter adquirido
mas que, depois, são incapazes de aplicar na prática profissional.
Conheci vários casos destes. E,
todos eles (e elas) evidenciavam um enorme complexo de superioridade e julgavam-se
seres de uma inteligência superior à média. Incapazes de assumir a responsabilidade
pelos sucessivos erros cometidos no desempenho das suas funções (pois nunca
admitiam, mesmo colocados perante provas irrefutáveis, ser os autores da
asneira), consideravam-se sempre uns injustiçados e alvo da inveja de chefes e
colegas.
Ainda assim, vão-se mantendo nos
lugares que ocupam devido à inércia da administração e/ou porque protegidos por
dirigentes partidários ou chefias também elas incompetentes, acabando por
comprometer o prestígio das entidades onde exercem funções.
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