sábado, 7 de maio de 2011

Obrigada PCP. Também nós seguimos o vosso conselho!

Parafraseando o PCP de Grândola, num comunicado seu de 14-02-2005, e aplicando-o ao caso de Almada:


Habitue-se a Presidente Maria Emília ao exercício democrático da liberdade, da crítica, ao julgamento político das suas decisões.

Não nos calaremos na denúncia de todos os actos que possam ser lesivos para Almada e para o povo almadense.



Assinam (em representação da Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada):

Carmen Godinho, Carlota Joaquina, Ermelinda Toscano, José Eduardo, Manuel Barão, Paulo Ataíde


Nota:

Subscrição aberta. Podem juntar-se a nós todos os que assim o entenderem. Basta que expressem a sua opinião aqui neste blogue ou na nossa página do Facebook.

46 comentários:

Rogério Batista disse...

É a primeira vez que comento, mas não resisto hoje a vir aqui, junto de todos vós, manifestar como me sinto comovido com o conteúdo deste “apelo” à adesão da auto-designada “Plataforma”. Escrevo mesmo com profunda comoção.

Interessante como esta Plataforma revela uma extraordinária capacidade para compreender os tempos que vivemos. É muito comovente esta capacidade. É capaz de recorrer ao seu mais que arqui-inimigo PCP para apelar a que se juntem a ela! É obra, sinceramente, é obra. O exemplo de mobilização que é capaz de encontrar está no seu inimigo mais figadal. Notável, sem dúvida! E sintomático, também ...

Por outro lado, este apelo (desesperado? Revelador de alguma coisa particular? Não sei, serão todos suficientemente inteligentes para retirarem as suas próprias ilações relativamente a este apelo ...) revela-nos outra pungente dimensão da capacidade de compreender os tempos com que a dita “Plataforma” nos brinda de forma absolutamente incontornável.

A nós todos, portugueses, nos últimos tempos não têm feito outra coisa senão darem-nos ... troika dupla! E que troika diupla, meus caros, valente troika dupla mesmo: FMI + BCE + CE! E PS + PSD + CDS-PP! Nem mais, nem menos!

Aqui por Almada, e pela mão da dita “Plataforma”, compreendendo a importância desta questão, vai de tentar dar-nos ... troika também!

Não? Sim, querem ver? É claro que aqui falamos de uma troika de características distintas. Uma troika de pares, ou de casais se assim preferirem.

Temos então o primeiro casal: Ermelinda Toscano + Manuel Barão (será o FMI, para facilitar as coisas, a primeira cabeça da troika);

Depois temos o segundo casal: Carmen Godinho + Paulo Ataíde (será o BCE, mantendo-nos no domínio do financeiro ...);

Finalmente o terceiro casal (eu aqui tenho dúvidas que seja verdadeiramente um casal, no sentido estrito do termo. Mas que ficariam bem como tal, sem dúvida... e estragavam-se menos casas!): Carlota Joaquina + José Eduardo (a terceira cabeça da troika, a CE).

Fica tudo em família esta “Plataforma”. É comovente. Deveras comovente.

Até nas intenções são parecidas, estas duas troikas: a primeira serve para dar cabo da vida aos portugueses em geral nos próximos anos; a segunda vai servindo para dar cabo da paciência aos almadenses ...

Mas com uma diferença essencial: é que a primeira, infelizmente, parece que vai mesmo conseguir concretizar os seus intentos. A segunda vai ficar-se mesmo pela pretensão ... vide o apelo desesperado aqui deixado!

Anónimo disse...

Ao Rogerio, gosto infinitamente mas da Troika,

Emilia + filha + nuera.

É muito mas democrática, não a dúvidas.

Churchill disse...

Bom dia GT
Mais uma vez concordamos (lá calha!), o PCP tem pouca moral para algumas criticas, pois em Almada prova o fel que aplica aos outros pelo resto do país.
Quem tem deputados como o coreano Bernardino, ou o ordinário Tiago, fica refém de plataformas.

Por outro lado que isso não sirva de grande consolo, pois usar como justificação a argumentação de quem se critica, serve apenas para refutar as bases dos nossos argumentos.
A esta hora já está o Zé Du a procurar compêndios de lógica filosófica, para perceber a frase anterior.

Até logo

Antunes Vidal disse...

Fez bem a Plataforma ironisar com o discurso do PCP. Mostra a demagogia destes comunistas e a falsidade das suas promessas quando estão no outro lado da barricada.
Pegar nas promessas do adversário e assumi-las também como suas, é uma muito inteligente forma de criticar pois é dar umas "bofetada com luva de pelica"... evidencia as contradições do outro, chama a atenção para a sua pouco fiável postura política e, no caso concreto, coloca a nu a fragilidade democrática dos visados que querem usufruir de direitos que recusam aos outros se as posições se invertem.
Podem contar comigo como mais um susbcritor.

Anónimo disse...

O PCP sempre se notabilizou pelo "faz o que eu digo, não faças o que eu faço".
Eles não são para levar a sério e o que incomoda é o ar arrogante com que o PCP se dirige às pessoas.
Enfim, tiques que não desapareceram...
A Defesa de Almada

Anónimo disse...

Há quem diga que Almada é governada por uma "troika emilista" (agora é moda falar em troika!) que de comunista nada tem. Talvez mais fascista que outra coisa, liberal quanto baste, com um manto de social a tapar a ditadura dos métodos que utilizam para disfarçar, que se verga aos interesses económicos e imobiliários à descarada (só não vê quem não quer) - exemplo disso é a construção desenfreada na periferia onde os construtores civis são donos e senhores.
Esta troika matou o PCP em Almada e substituiu, mantendo o mesmo nome, por uma rede tentacular de gente interesseira que tudo domina. E, agora, já não têm como ressuscitar o cadáver. Têm que se acomodar e fingir que está tudo bem... há demasiados interesses instalados... muita gente a comer à conta...
Correr com a dita "troika emilista" seria o descalabro. Quantas famílias não iriam à ruína? Por isso têm de se manter no poder a qualquer preço... vendem-se os princípios que, esses, ninguém já se importa com eles.

Anónimo disse...

E o Matos, falando de festas e cultura subvencionada com o dinheiro dos contribuintes, cultura que não funciona e não traz ninguém à \"cidade\" só funciona para os seus sacos.

O Matos vê a misería e o deserto todos os dias e o fim de semana de Almada, ou se faz punhetas mentais

Salazar disse...

Anónimo das 11:40
Ultimamente é hábito por aqui vir criticar a construção de casas nos ultimos anos.
Por acaso não lhe parece que o grande problema de Almada foi o crime da construção clandestina, feita na Costa, na Charneca, na Aroeira, na Trafaria, e um pouco por todo o lado, que destruiu irremediavelmente a organização urbanística.
Isso também tem responsabilidade do PCP, mas foi feito a seguir ao 25 de Abril, com a cumplicidade de muitos outros ( até da UDP da Ermelinda).

Comparar isso com a construção mais recente, mesmo que não se queiram casas (só não sei onde iriam morar as pessoas, pois o concelho é pequeno), é um enorme exagero.

Anónimo disse...

Esta gente acomodada capitalista que mal dirige Almada, sem preparação nenhuma (incluída a inutil oposição) nunca soube fazer de Almada uma cidade com uma centralidad, com vida própria. Na atualidade, é um local de passagem.

Fernando Sousa da Pena disse...

Proponho a análise, não de uma "troika", mas de uma quadrilha, que parece ter decidido terminar os seus mandatos deixando um rasto de destruição. Falo dessa associação Sócrates/Emília/Neves que não descansa enquanto não arrasar as poucas zonas de protecção ambiental que temos, para as escancararem à especulação imobiliária.

Gente que não hesita em comprometer o futuro do concelho em nome do betão e dos seus lucros.

Gente que não tem um pingo de vergonha por aquilo que quer fazer à sua terra.

Gente que quando ouve meia dúzia de verdades espuma, cospe ou insulta.

Anónimo disse...

Uma quadrilha de três, sr. Pena? Não há dúvida, o sr. está cada vez melhor. Dá cada vez mais gosto lê-lo. O sr. é um poço, infindável e sem fundo, de conhecimento e sabedoria ...

Primeiro foi a história da luta titânica contra o mar para se ganhassem as terras na Costa para fins agrícolas (gostei do que lhe disse um tal Almerindo, pena - pena mesmo, não é Pena ... - que o sr. tenha deitado a toalha ao chão tão cedo. Não deu luta ...

Agora vem daí e inventa quadrilhas de três. Está bem visto, fica um lugar em aberto ... porque não?

Porventura, o sr. está a trabalhar afincadamente para ser o primeiro a chegar ao círculo ... quadrado! Deve ser isso; está a tentar lá chegar por etapas. Está certo!

Falo nisto porque é engraçado da sua parte, e porque, é claro, não me apetece falar das suas mentirolas e metirolas, como a da célebre "honra" que o trouxe (e pelos vistos o mantém) para a política. E noutras mentiras e mentirolas; e noutras, que as há mais, e muito mais graves ...

Anónimo disse...

Ah, sr. Pena, deixe-me que lhe diaga desde já: não cuspi, não espumei e não, também não insultei.

O sr. é que é um insulto acabado, dos grandes e pesados, e logo à partida.

O sr. é um insulto à inteligência; um insulto à boa fé; um insulto à urbanidade; um insulto à civilização.

Entendeu, ou precisa de um bonequinho para se entreter?

José Eduardo disse...

Então, não é, que os "camaraditos" do PCP, se empertigaram todos?

Não gostaram da ironia?

Deveriam aprender com a história mas, ignorantes por vocação, jamais, terão a hombridade de reconhecerem, que mal têm andado e pior vão andando!

Já os velhos diziam: "Quem com ferros mata, com ferros morre!"

Viva a DEMOCRACIA, que os Social Fascistas do PCP, em Almada, nos querem negar, em pleno séc.XXI!

A REACÇÃO não passará!

"UMA PANCADA NA TESTA FAZ VER"

P.S.: A corja que tem comido à conta que se cuide...escaparão poucos; conhecemos os nomes dos "bois" e das "vacas" e, sabemos em que departamentos "trabalham"...

Anónimo disse...

Escaparão poucos, sr. José Eduardo?

Poucos????????

Mas alguns, apesar de tudo!

O sr. não aprende mesmo, pois não sr. José Eduardo.

Conhece as "vacas" e os "bois"? Estará a falar da troika que o Rogério Batista aqui descreveu com tanto sentido de humor? Sempre serão três "vacas" e três "bois", uma troika de casais de ... isso mesmo que o sr. está a pensar ...

Mas o sr. conhece, afinal, alguma coisa, sr. José Eduardo? Conhece alguma coisa para além do ódio e da má educação que aqui destila a cada escarro (sim, o sr. é que escarra, ainda não se deu conta disso?) que aqui deixa? Está como o sr. Pena, o que não é pena, porque estão bem um para o outro.

E diz o sr. que outros não aprendem com a história ... Não faz mal, aprendem (e bem) com a sua estória de cordel e de ... quadrilha! Não se preocupe!

Churchill disse...

Zé Du
É sempre um prazer acompanhar as suas magnificas dissertações.

Desde logo a coisa dos bois e das vacas. Que raio de linguagem!
Isto para não falar do que aí viria se alguém votasse na vossa "jihad", era pior que o Pinochet e que o Fidel juntos!

Depois tem a pérola de "a reacção não passará".
Oh GT, talvez seja melhor passar a rever os textos do rapaz, é cada tiro cada melro.

Mais para cima é uma alegria, cada frase é um bom exemplo de como não se escreve, rara é a virgula no sitio.
Começo a duvidar do Mindo, quando diz que anda para aí a doutorar-se. O ensino está mal, nós sabemos, mas ainda resta alguma esperança!
E daí talvez tenha uma explicação, uma leitura rápida do "Erro de Descartes" pode trazer explicações, as repetidas pancadas na testa trazem consequências.

bye

José Eduardo disse...

Caro Anónimo de 7 de Maio de 2011 19:44 : os "bois" e as "vacas" não se reduzem a tão poucos, como bem sabe!

Estamos a falar de uma vasta manada!

Quer então dizer, que estão a começar a ficar aflitos? Pois, muito bem...

Já o povo diz: "Cá se fazem, cá se pagam"!

P.S.: Não se aflijam muito, ninguém quer despedir ninguém; mas vão ter de cumprir horários e trabalhar!

José Eduardo disse...

Caro W.C.: você bem tenta...mas, continuo a dizer-lhe: não tem nível e muito menos sapiência para dissertar sobre mim!

Vergue-se à sua ignorância!

Aproveite, passe pelo parque e veja se estão lá uns homens...percebeu?

É lá que estão os seus alvos!

Churchill disse...

Zé Du
Que venha de lá um árbitro, para ver quem tem o tal nível. Só a sua primeira frase, em pontuação, já chega para começar o campeonato.

Sobre os encontros no parque, isso é mais coisa do seu outro amigo, ou então do que regressou de Paris, lá do seu partido, como bem disseram os miúdos da Casa Pia.

Para mim discussão ainda é mesmo conversar, mas eu não trato os oponentes por bois e vacas!

Bye

Anónimo disse...

AAAAHHHHH
Adorei esta.
Boa ironia. Pegar nas frases do PCP e adaptá-las é o máximo.
Por isso se estão a sentir "picados"...

(Dr. Fernando Pena, não ligue às ordinarices que estes senhors dizem... o senhor é muito superior a estes porcos do pcp)

José Eduardo disse...

Caro W.C.: não tem mais nada para fazer?

Repito-lhe: veja se é coerente e vá para a escola aprender mais um pouco!

Se tivesse que lhe dar aulas já tinha reprovado!


P.S.: Diga lá o que quer...

Anónimo disse...

Matos homem da coltura AHAAAAAAAAAAAAAAAAAA. AHHHHHHHHHHHHHHH. Os comunas detestam-no este homem da colturaAHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Belzebu disse...

Ao Anónimo(16:28), aliás Rogerio Batista, aliás Almerindo Simplicio, etc.

Consultando um dicionário na internet, rapidamente se conclui que quadrilha é um s.f. que tanto pode significar "Dança do fim do séc. XVIII, executada por um número par de casais" como "Horda de criminosos que obedecem a um chefe e cujo objetivo é o crime" (opção a que se refere, e muito bem, Fernando Pena, que não me passou procuração)
Mas pelos vistos, "A Voz da Dona" baralhou-se e pensou que o sufixo quad de quadrilha significava quatro.
Coitado disse asneira e ficou escrito...

Almerindo Simplício das Neves (Mindo para os mais amigos) disse...

Depois de longa ausência, venho aqui para felicitar o sr. José Eduardo! Quem diria, hein? Mas digo-vos eu, é isso mesmo!

E começo assim: o sr. é mesmo um espanto, sr. José Eduardo. Quanto mais aqui escreve, mais eu o aprecio. Garanto-lhe que estou a ser sincero!

E ainda por cima, para além disso, tenho que dizer – com todas as letras – que há uma coisa que o sr. diz com a qual eu tenho que concordar (hèllas, por uma vez que seja!!!): a verdade é que há, de facto, vastas manadas de "vacas" e de "bois" por aí fora. Sem a mais pequena dúvida! Estou absolutamente de acordo consigo!

Só que ... e nestas coisas há sempre um só que ...

O sr. tenta, no seu melhor estilo, responder ao anónimo das 19:44 que lhe perguntava se as “vacas” e os “bois” que dizia conhecer eram os mesmos que outro participante, o Rogério Batista, tinha identificado como a “troika de Almada”.

O mais interessante desta história, é que – espantosamente ou não – o sr. vem daí e ... zumba, confirma o que o tal anónimo insinua: os três “casais” de “bois” e “vacas” são mesmo aqueles a que o tal Rogério Batista se refere, dizendo num lampejo de clarividência absolutamente arrebatador o seguinte (reproduzo integralmente, para não falhar nem uma letra: “Caro Anónimo de 7 de Maio de 2011 19:44 : os "bois" e as "vacas" não se reduzem a tão poucos, como bem sabe!”! Isto mesmo, sem tirar nem pôr! (para quem eventualmente não tenha percebido, os “tão poucos” a que o sr. José Eduardo se refere são precisamente os seis que compõem a “troika de Almada” nas palavras de Rogério Batista ... se me entendem ...).

Acrescenta que há mais “bois” e mais “vacas”, escrevendo (volto a reproduzir ...) que “Estamos a falar de uma vasta manada!. Mas a verdade é que relativamente àqueles seis exemplares a que o anónimo se referia, é o sr. José Eduardo quem os inclui, de forma lapidar, na tal vasta manada (você, apesar de tudo, consegue ser melhor que a Ermelinda Toscano, que há uns tempos atrás chamou manada a um grupo de ovelhas... você sempre sabe que com "vacas" e "bois" não se fala de ... rebanhos)!

É por estas, como por outras também, que dou comigo a pensar que o Churchill tem toda a razão em desconfiar de mim quando me refiro aos seus estudos e ao seu doutoramento. Como não o conheço, reproduzo o que me vão dizendo; mas sinceramente começo a pôr fortemente em causa a qualidade da informação que me vão dando. E não é só por causa das vírgulas ...

E é isto que é verdadeiramente delicioso em si, sr. José Eduardo, e me leva a vir aqui felicitá-lo. Confesso que quase cheguei a pensar que seria honestidade e transparência levada ao limite da sua parte. No entanto, reflectindo melhor, percebo que é mesmo uma questão de ... vírgulas e outras coisas que o sr. não sabe utilizar. Quero eu dizer, é mesmo uma questão de competência, ou de falta dela, é claro!

Continue assim, sr. José Eduardo. Assim e com as suas já requentadas “pancadas na testa” você vai longe! Ai vai, vai!

José Eduardo disse...

Caro Simplício: como está? Já sentia a sua falta!

Por onde tem andado que não nos tem brindado com as suas opiniões sobre os últimos posts! Em particular, aquele que refere a falta de idoneidade das informações prestadas pela CMA a uma força política, legitimamente eleita, pelo director da Administração?

Ah! O alvo a abater sou eu e toca a tentar apoucar.

Mais uma manobra de diversão dos Social Fascistas do PCP, tentando desviar as atenções dos CRIMES na CMA, que aqui são denunciados. Pois muito bem. Podem continuar.

O que você e outros não conseguem é que os mesmos continuem a ser divulgados.

P.S.: Como vai essa saúde? já melhorou? Já se sente com forças para comentar? Ehehehehe.

Anónimo disse...

Ai o ALmerindo está doente? Coitado. Deve ter sido atingido por uns salpicos do cuspo da tal senhora... é que dada a proximidade entre ambos é natural que o contágio aconteça facilmente.
As melhoras.

Anónimo disse...

Antigamente era o PCP e os seus "compagnons de route", tipo MDP/CDE, os que eles deixavam para dar um ar de frentismo..
Hoje os novos "compagnons de route" são todos os que comem à mesa do poder...quer sejam da construção civil, quer de outra área, porque afinal de contas, sabemos hoje...eles não são esquisitos...quando se trata de poder...

Fernando Sousa da Pena disse...

Agradeço a antecipação ao meu comentário, que mais não seria do que uma ligação para um dicionário online. Não percebi se a intervenção do anónimo (como são corajosos...) das 16:28 foi por ignorância, burrice ou má-fé.

Quanto ao comentário que se seguiu, o cavalheiro ainda não percebeu que as decisões que toma ou as opiniões que emite enquanto detentor de um cargo público são sufragáveis e criticáveis. E se elas são infames para um património único que pertence a todos, o tom usado tem de ser duro e incisivo.

Espera cumplicidade e laxismo, sob o eufemismo de oposição "construtiva"? Não conte com isso.

Fernando Sousa da Pena disse...

Caro José Eduardo, olhe que não são só os membros do PCP que andam por aqui anónimos a tentar colocar a discussão longe daquilo que interessa.

Há muitos afilhados e amigalhaços da Grande Timoneira, que com ela partilham o cadáver em que estão a tornar este concelho.

É só vê-los publicamente em adulação e de mãozinha no ar a votar ao lado do aparelho comunista.

Churchill disse...

Sr. Pena
A questão não será o sr. não concordar com decisões, e querer até criticá-lãs depois de tomadas por um larga maioria (apesar de isso ser um problema da democracia), é o tom e a linguagem.
Infelizmente, já nos habituamos a ouvir isto das esquerda radical e chique, mas esperamos mais de alguém que defende o CDS.
Se calhar vai ganhar uns votos de alguns descontentes, mas vai perder o respeito de muitos outros. Os primeiros são fortuitos, e assim como vêem vão, os segundos não, se forem já não voltam.
Isto serve também para as companhias.
Se quiser pense lá nisso.

Nota: faça pelo menos o favor de não me julgar comunista, como o palerma que por aqui assina como Jose Eduardo.

Fernando Sousa da Pena disse...

Espero que conceda que a existência de uma larga maioria de políticos a favor de um projecto não o torna benigno.

Quando se vê, a cada dia que passa, uma classe política acomodada aos jogos de interesses, que não cuida de cumprir - no mais elementar - a defesa da sua terra, a linguagem não pode ser suave e amigável.

A chamada "oposição construtiva e dialogante" é um eufemismo muito ao gosto dos que estão acomodados.

Para mais, se reparar, as coisas ficaram "azedas" precisamente à custa do Programa Polis (uma espécie de vaca sagrada que já custou muito dinheiro aos contribuintes para resultados tão irrisórios) e da ER 377-2, um projecto infame.

Nas intervenções que tenho, não cuido de fazer o balanço dos votos ganhos ou perdidos. Não decido falar em função dos próximos resultados eleitorais. Não sou calculista. Preocupa-me a defesa da minha terra. Se tiver de perder muitos votos para defender o que está certo, até ao fim das minhas forças, que assim seja.

Churchill disse...

Sr. Pena
Concedo facilmente, não será benigno, mas é democrático, a menos que não se tenha cumprido a lei. Se for o caso, terá de demonstrar que há ilícito, para o bem e para o mal a prova em Portugal é quase sempre para o acusador.
Ninguém alguma vez poderá dizer que este regime é perfeito.

Em todo caso, na substancia da coisa, aquilo que para si é um valor sagrado (e desculpe que lhe diga, mas a ver o Despacho continuo a pensar que o terreno afectado é no fundamental um bairro de barracas), a reserva agrícola, poderá para os outros não o ser, e isso tem cobertura legal. A defender a sua opinião pela ofensa gratuita aos oponentes, colocou-se numa posição de barricada, e isso compromete toda a sua acção futura.

Esse tipo de comportamento parece o dos deputados nacionais do PCP e do BE, qu mesmo perdendo por mais de 80%, ainda tentam ganhar posição pela destabilizacao, e pela ofensa dos outros.

Fernando Sousa da Pena disse...

Convém que leia mais do que o despacho. Consulte todo o processo. Perceberá, então, que não é só reserva agrícola, mas reserva botânica, reserva ecológica, habitats prioritários e paisagem protegida. Tudo desprotegido por um secretário de estado com um passado nebuloso.

Pois eu acho que, num caso desta gravidade, os bois têm de ser chamados pelos nomes. Há uns anos o Dr. Mário Soares falou no direito à indignação. Tenho-a exercido. Felizmente, não estou sozinho.

Quanto às barracas, marginais ao território afectado, cresceram com o beneplácito da CMA. Era o que faltava servirem agora de argumento para arrasar tudo o resto.

Pode achar que a ER 377-2 é um bem. Mas se entra numa discussão sobre isso, convém que use argumentos mais sólidos do que trivialidades inconsequentes.

Bom domingo.

José Eduardo disse...

Caro Fernando Pena: concordo consigo, quando afirma que tem mais gente, de outros partidos políticos e apaniguados da Emília, tentando desviar as atenções dos crimes perpetrados por estes Social Fascistas do PCP, na CMA/SMAS!

O que essa "gente" quer é continuar a manter os privilégios e sinecuras....

Assim como Fascismo acabou, também o tempo deles se está a acabar...

Churchill disse...

Sr. Pena
Já não é a primeira, nem a segunda vez que lhe faço uma interpelação razoável e me responde com 3 pedras na mão. Trivialidades inconsequentes são todas as acções que não colhem resultados, por isso as minhas serão tanto como as suas, com a diferença de eu não ser deputado nem representar mais ninguém que a mim próprio.
O sr. representa quem em si votou, não está na Assembleia para satisfazer as suas vontades nem birras.

Do sr. Soares, que em tempos idos espezinhou a bandeira nacional, tenho apenas asco. Esse momento constitui uma das causas da bandalheira que este país se tornou, a par com as afirmações do sr. Sampaio para a sra. Ferreira Leite, de que havia mais vida para lá do défice. E veja onde isso nos levou.

De volta à substância. Esse argumento de ir ler todo o processo é bom para engonhar, depois disso dizia-me para ir fazer recolha biológica ou observação dos pássaros, e nunca mais daqui saiamos.
O que eu sei é o que leio, e o que vejo de passar por lá, centenas de vezes, durante décadas. A reserva, da Nato para sul, fica muito melhor protegida com este novo traçado. Na Costa mantenho que é só barracaria e um ninho de marginais, tem razão que a Câmara tem culpa nisso, e a Junta também. Acuse-os a esse respeito, e assim terá certamente o apoio de muitos cidadãos. Entre a Costa e a Praia do Rei, se fecharem aqueles parques de campismo aberrantes, e fizerem uns hotéis, aplaudo, o concelho fica muito melhor servido. As entradas das praias actuais são um perigo, prefiro as rotundas.
Tirando tudo o descrevi, diga lá onde é mesmo a tal zona de reserva que vai ser afectada, e podemos debater isso.

Com imobiliário ou não, Almada também precisa de crescer, de se desenvolver, de ter actividades produtivas. O turismo é uma opção, e este concelho tem tudo para o aproveitar bem.

Apenas para finalizar, como pode perceber, sou sempre um potencial votante CDS. Vê-lo com palermas como o Zé Du tira-lhe credibilidade.

bye

Fernando Sousa da Pena disse...

Por favor, depois do que escreveu sobre mim, não me acuse de ser eu a responder com pedras na mão...

As Terras da Costa têm 200ha, 25% dos quais DIRECTAMENTE afectados pela ER 377-2. Aliás, o parecer da DRARO é muito claro, na afirmação de que as terras agrícolas deixarão de o ser. Por alguma razão, esta entidade emitiu parecer desfavorável, que não terá sido para satisfazer qualquer birra minha.

Os solos das Terras da Costa são classificados como classe B, equivalentes a classe A, pelo que foram integrados na Reserva Agrícola Nacional. Segundo o Arq. Ribeiro Telles, são dos solos mais produtivos da Europa.

3. As Terras da Costa foram conquistadas para uso agrícola por sucessivas gerações de pessoas e constituem um precioso legado do engenho humano à história do concelho. Numa carta das Guerras Peninsulares publicada em 1821, verifica-se que aquele terreno era de características pantanosas. A terra cultivada e as construções vão surgindo de forma crescente em mapas de 1850, 1879, 1903 e 1930.

Mas há quem insista que é uma coisa com 30 anos...

Fernando Sousa da Pena disse...

15. O Estudo Prévio da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da ER 377-2, refere que a obra provocará a destruição de mais de 6 hectares de dunas e habitats prioritários, situados em matas nacionais. Conclui, ainda, tratar-se de uma perda efectiva e relevante cujo impacte negativo não é minimizável, tanto mais que a área envolvente se encontra bastante pressionada pelo crescimento urbano, pelo que a perda se torna ainda mais significativa.

Fernando Sousa da Pena disse...

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em informação de 25 de Janeiro de 2008, considera que a via se insere num território extremamente sensível do ponto de vista ambiental, de valores ecológicos de importância nacional e internacional, consubstanciados numa Área Protegida e num Sítio de Importância Comunitária.

No mesmo documento, a APA refere que a ER 377-2 fomentaria cargas de utentes e necessidades de estacionamento que conduziriam à degradação de sistemas naturais de elevada fragilidade, sendo ainda que a implantação da estrada na Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos implicaria impactes negativos significativos e não minimizáveis

Fernando Sousa da Pena disse...

A Solução escolhida (B2) implica a destruição de centenas de exemplares arbóreos de Pinus pinea e respectivo subcoberto com Juniperus phoenicea, numa das zonas mais antigas, mais bem preservadas e mais sensíveis da Mata dos Medos, que exibe um ecossistema complexo.

Um estudo de botânica feito pela Faculdade de Ciências identifica a zona onde a estrada será construída como a mais antiga, denominada «Pinhal Original».

Fernando Sousa da Pena disse...

Na área em questão existem Habitats Prioritários classificados de acordo com a Directiva n.º 92/43/CEE de 21 de Maio (2250 e 2270). No Regime da Reserva Ecológica Nacional classifica-se como tendo permeabilidade máxima, com solos de dunas consolidadas pela vegetação, de elevada sensibilidade ecológica.

Fernando Sousa da Pena disse...

Em parecer de 24 de Abril de 2008, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) declara que a Solução B2, «ao invés de evitar novas intervenções em áreas preservadas até ao presente (mantendo na maior extensão possível o traçado sobre a via já existente, apesar de se desenvolver numa área mais interior da Mata) aprova a destruição de uma nova extensão da Mata, aproximando o novo traçado da sua periferia, multiplicando a fragmentação de habitats e o efeito de barreira (com duas áreas da Mata isoladas, perdendo o seu valor actual no contexto da Mata Nacional; prevendo-se ainda a vedação da via com rede de malha progressiva) e abrindo o precedente da possibilidade de urbanização das áreas adjacentes, conforme intenção da Câmara Municipal de Almada em sede de PDM.»

Fernando Sousa da Pena disse...

O troço de Vala Cavala à Aroeira da ER 377-2 repete o percurso da Via Turística, reprovada pelo Supremo Tribunal Administrativo a 18 de Dezembro de 2002. No acórdão, o Tribunal reconhece a área como aquela onde a Mata dos Medos «atinge o seu máximo desenvolvimento, com pinheiros mansos centenários, exemplares notáveis de zimbro, para além de numerosas outras espécies autóctones, num conjunto de grande harmonia».

Fernando Sousa da Pena disse...

A Solução B deixaria a Mata dos Medos praticamente intacta, implicando o abate de poucos pinheiros jovens com um subcoberto pouco desenvolvido. O espaço canal já estaria aberto, tratando-se apenas do alargamento e beneficiação da estrada já existente.

Ou seja, HÁ ALTERNATIVAS!

Fernando Sousa da Pena disse...

Em 3 de Setembro de 2010, o Senhor Provedor de Justiça informou ter questionado a Presidente da Câmara Municipal de Almada e o Presidente do Conselho de Administração da EP-Estradas de Portugal, SA – durante o mês de Agosto – sobre o licenciamento da construção da Estrada Regional 377-2.

Segundo o Gabinete do Provedor, é fundamental «apurar a razão pela qual ainda prossegue a avaliação de impacto ambiental quando a Direcção Regional de Agricultura e Ribatejo e Oeste já deu um parecer desfavorável quanto ao estudo prévio sobre a obra, que sacrifica perto de 9 hectares de solos de uma várzea de elevadíssima fertilidade. Neste contexto, a prossecução da avaliação do impacte ambiental, poderá condicionar as autoridades agrárias, compelindo-as a rever a sua oposição.»

Será que o Provedor de Justiça também estava a seguir uma birra pessoal?

Fernando Sousa da Pena disse...

Está bem assim? Será que tudo isto é falta de informação da minha parte, contra uns visionários que têm no betão o desígnio do concelho?

Quer uma solução de futuro? Converter a zona num Parque Natural, estimulando-se o turismo de todo o ano, designadamente de características de lazer, desportivas e científicas. O modelo de torres e toalhas na areia já está esgotado há muito.

Já agora, não se ocupe com as pessoas com que me dou. Isso vou ser sempre eu a escolher.

Sempre ao seu dispor.

Churchill disse...

Sr. Pena
Vê como é fácil ser educado e ainda assim defender a sua posição. Eu agradeço.
Não posso em 10 linhas avaliar toda a Informacao, e pareceres, e opiniões cientificas.
Assim de repente, apenas me parece que muita celeuma para defender uns pinus pinea (ou seja, vulgares pinheiros), só porque são velhos, é excessivo.
Os terrenos agrícolas, se continuarem a intensificar a exploração, como os poços da zona já estão quase todos salobros, dentro em breve vão ser muito pouco produtivos.
O modelo de hotéis para dar escala é a unica solução conhecida para turismo de classe media. Eu preveria uma Quinta da Marinha, mas isso é outra solução.

De tudo o que diz, e que é defensável, sobra que foi a uma luta democrática, perdeu por muito. Continuar a defender a sua posição será correcto, fazê-ló através da ofensa aos outros, chamando corruptos a todos, já não consigo entender.

Percebe a minha intervenção?, o que lhe quero dizer é que não chega ter razão, neste nosso sistema político a razão é aquilo que a maioria decide.

Sobre as companhias escolha as que entender, já sabe é que isso tem um custo.

Fernando Sousa da Pena disse...

Deixe-me só ressalvar que a luta não terminou. Correm processos no Tribunal e na União Europeia.

A argumentos responde-me com ironia. Não concordo. O património que está em causa não são meia dúzia de barracas, couves e pinheiros velhos.

Aliás, a decisão do Supremo Tribunal Administrativo sobre a Via Turística não é certamente um juízo de magistrados chechés para protegerem umas árvores velhas e sem valor...

De uma maneira ou outra, o futuro julgará as decisões do presente.

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