sábado, 30 de outubro de 2010

XXX Colóquio Nacional da ATAM

O Secretário de Estado das Autarquias Locais, Dr. José Junqueiro, durante a sessão de abertura do XXX Colóquio Nacional da ATAM, realizado entre os dias 26 e 29 de Outubro, em Tróia (concelho de Grândola)

Terminou ontem mais um colóquio da associação a que tenho a honra de pertencer: a ATAM (Associação dos Técnicos Administrativos Municipais). Estive presente desde a abertura ao encerramento e não perdi um único painel. Quatro dias que valeram a pena e dos quais sai mais enriquecida em termos profissionais.

Este XXX Colóquio decorreu na belíssima península de Tróia, no concelho de Grândola e, como seria de esperar, tratou de temas pertinentes para a gestão autárquica e teve um elenco de excelentes oradores, como podem verificar pela foto reportagem que a seguir se apresenta.

Apesar do interesse e oportunidade de todos os temas, não posso deixar de destacar alguns deles (obviamente, os que mais gostei):
A governação das autarquias locais – qualificações e competências dos trabalhadores” pelo Prof. Dr. João Bilhim (do ISCSP), que salientou a importância da formação profissional, o veículo fundamental para a indispensável mudança de cultura que é necessário implementar na Administração Pública;
A prevenção de riscos de corrupção e infracções conexas – a avaliação do plano e o código da boa conduta administrativa”, em particular a intervenção do Dr. João Tavares (Director-geral do Tribunal de Contas e, por inerência, Secretário-geral do Conselho de Prevenção da Corrupção), que nos brindou com uma comunicação de nível superior e nos deixou um alerta: a necessidade de sermos cada vez mais exigentes com a afectação dos recursos financeiros das autarquias (pois eles vêm, sobretudo, dos nossos impostos);
O SIADAP nas autarquias locais: a sua aplicação prática”, pelo Dr. Mário Tavares da Silva (da IGAL), uma intervenção simples, objectiva e muito esclarecedora no que concerne a uma série de dúvidas interpretativas da legislação vigente.





Na sessão de encerramento, pela importância das informações prestadas (que gravei em vídeo e espero poder vir a disponibilizar em breve), tenho a destacar a intervenção do Sr. Secretário de Estado da Administração Pública, Dr. Gonçalo Castilho dos Santos.

Nota final:
A fotografia que ilustra este artigo foi retirada do blogue GOTA DE ÁGUA. As que integram o slideshow são da minha autoria (à excepção de duas, onde apareço que foram captadas pelo fotógrafo da Foto Síntese).

44 comentários:

Anónimo disse...

Dona Ermelinda
Pensava que a ATAM era apenas para funcionários Municipais?.
Então e que conclusões tira do SIADAP?

Minda disse...

Caro Anónimo:

1.º) os trabalhadores das Assembleias Distritais têm o mesmo estatuto dos trabalhadores da Administração Local;
2.º) as Assembleias Distritais são, para efeitos da lei da tutela, equiparadas a autaqruias locais;
3.º) as Assembleias Distritais são órgãos supramunicipais, compostos exclusivamente por autarcas.

Concluindo (e peço desde já desculpa se o vou ofender): "a pensar morreu um burro".

Quanto ao SIADAP, poderá ver as conclusões do que se falou no XXX Colóquio da ATAM na respectiva página online da associação, as quais partilho inteiramente.

Anónimo disse...

Dona Ermelinda
Não ofende nada, isto cada um põe o barrete que quer.

As conclusões ainda não estão online, mas para não perder o "timing", podia ir dando uma ideia.
É a favor da implementação do SIADAP?, acha que é melhor que o sistema anterior?, ou defende a mesma ideia do seu partido e da CGTP?

Fui claro,, ou vai fazer como normalmente não respondendo e passar logo a chamar-me dromedário ou outro mimo do tipo?

Minda disse...

Caro Anónimo das 11:33h

Se o “barrete” anterior não lhe serviu, outro lhe servirá com certeza. Há vários tamanhos e para todos os gostos. E, já agora, continua por explicar a sua “piadinha” sobre a ATAM ser apenas para funcionários municipais…

Afinal, aquilo que quer saber não são as conclusões do Colóquio da ATAM, mas a minha opinião sobre o SIADAP. Uma espécie de teste… ora diga lá: é a favor ou contra? Como se tudo se resumisse a essa simples questão.

Meu caro senhor. Ao contrário do que V.ª Ex.ª afirma, não tenho por hábito escusar-me a responder a esse tipo de perguntas, quando são feitas com correcção. Voto à indiferença, isso sim, comentários que, entre acusações cobardes (pois que não identificados os seus autores) colocam umas quantas dúvidas para, supostamente, eu as esclarecer. A esses, o meu silêncio é a resposta adequada.

Assim como entre a miríade de anónimos que por aqui passam vomitando impropérios, como pretende que eu saiba se entre eles já não esteve V.ª Ex.ª? Por isso, vir aqui dizer-me que eu é que tenho por hábito ofender e chamar-lhe nomes, não deixa de ter a sua piada. Mas enfim…

Em curta linhas:

“É a favor da implementação do SIADAP?” – SIM. Concordo com a gestão por objectivos. Embora considere que o processo se encontra demasiado burocratizado e precisa de ajustes. Não sou a favor das quotas.

“Acha que é melhor que o sistema anterior?” – SIM. Apesar de o principal problema das notações fossem os dirigentes e a sua parcialidade na atribuição das notas. O que, diga-se em abono da verdade, pode perfeitamente continuar com o SIADAP.

“Ou defende a mesma ideia do seu partido e da CGTP?” – defendo a aposta na formação estrategicamente orientada para a qualidade dos serviços; defendo que se deve premiar o mérito; defendo uma avaliação de desempenho justa, equilibrada e imparcial; etc…

Muito mais haveria para dizer. Mas as explicações adicionais dá-las-ei a quem eu considerar que as merece ouvir.

Anónimo disse...

Dona Ermelinda
Vejo que continua a destilar fel, é lá consigo.

SIADAP
Concorda com objectivos mas é contra as quotas. Mas isso ia dar ao mesmo de antes, não lhe parece?. Mais ano menos ano eram todos excelentes. Podia ter ouvido bem o Prof. Bilhim, ou então ler o que ele tem sobre o assunto.

O problema das notações e mesmo do SIADAP são os dirigentes!. Que linda opinião tem dos seus colegas.
Mas então o que propunha, que as avaliações fossem feitas pelos colegas?, por pessoas de fora?, ou o quê precisamente.
Ou isso é um discurso pró-stal, que acha que os dirigentes são todos uns bandidos.

Defende uma premiação do mérito. Maravilha. Só é pena o seu partido e o seu sindicato dizerem o contrário, e preferirem defender os parasitas (isto é obviamente opinião minha).

Vamos lá então às AD.
Então e como é que fazem agora com o SIADAP 1?, têm algum objectivo que se possa conhecer?
E com o SIADAP 2, deve ser complicado ter quota sendo apenas um dirigente?
E com o SIADAP 3, são todos avaliados pela mesma pessoa?

Bom feriado

Minda disse...

Caríssimo Anónimo

Custa-me a entender essa sua animosidade contra a minha pessoa e em relação às Assembleias Distritais… Assim como não percebo essa de afirmar que a minha anterior resposta destila fel... mas, enfim, tão habituado estará a agir dessa forma que mede todos pela sua bitola. É desculpável!

Concordar com objectivos e ser contra as quotas é confundir o SIADAP com o sistema das notações? Mas antes havia avaliação por objectivos? Não! Então como é que a diferença entre ambos pode residir apenas nas quotas? Enfim…

Ouvir o prof. Bilhim? Eu ouvi, e com muita atenção, pode crer. E já li o seu livro “A governação nas autarquias locais”, editada pela SPI. E o senhor?

Uma das ideias chave que o prof. Bilhim nos transmitiu durante o Colóquio foi, precisamente: a necessidade de se mudar de paradigma na Administração Pública – de passarmos do “interpretar e aplicar a lei” para o “gerir é medir, medir é comparar, comparar é melhorar”. Para tal é preciso apostar na formação estrategicamente orientada para a mudança e no desenvolvimento das competências emocionais.

Deve ler com um pouco mais de calma a minha anterior resposta e, sobretudo, deve abster-se de avançar com conclusões precipitadas e, perdoe-me a sinceridade, completamente ridículas (como essa dos bandidos e da avaliação pelos colegas).

Eu não me manifestei contra os dirigentes mas sim contra a parcialidade com que alguns davam as notas. E que no SIADAP (mesmo com quotas) pode acontecer… podem não ser todos excelentes (e antes também poderiam não o ser se os dirigentes tivessem coragem de avaliar de forma isenta e imparcial) ou muito bons mas isso não significa que tenha havido justiça na atribuição das classificações pois basta que tenha havido favorecimento na atribuição dos objectivos.

Fala no “meu sindicato”. Sabe, por acaso, qual é? E o facto de estar num partido e num sindicato não nos obriga a andar de “palas nos olhos” nem nos impede de ter opinião própria...

Assembleia Distrital de Lisboa:
SIADAP 1 – um dos objectivos dos Serviços de Cultura da ADL “investigação, inventariação e conservação dos valores locais e arqueológicos, históricos e artísticos visando a preservação e divulgação do folclore, trajos e costumes regionais”.
SIADAP 2 – segundo a DGAL há um valor mínimo para a quota que é 1. Havendo apenas um dirigente, isso significa que não há quota.
SIADAP 3 – sim, são todos avaliados pela mesma pessoa. Qual é o problema?

Retribuo os votos de um bom feriado.

Anónimo disse...

Dona Ermelinda
Há de facto várias coisas que não compreende.
Sim já li, e entendo quase o oposto do que diz (se me permite). Os objectivos sem métrica e medições não existem. E no final tem de existir consequências, daí as quotas (estáticas ou dinâmicas, mas têm de existir).

Ridícula é a sra., pois bandidos é ipsis verbis o que vem nos prospectos do stal (leia lá antes de chamar nomes aos outros).

A justificação sobre a opinião dos dirigentes não faz sentido. É uma espécie de Prof. Marcelo sobre o referendo do aborto. Diz uma coisa e o seu contrário.

SIADAP
Para objectivo deve ser do mais subjectivo que já vi. Cabe lá tudo. Medir isto deve ser bom.
Pois, o DGAL diz isso.
Qual é o problema de só existir um avaliador?, eu explicava-lhe, mas deixo-lhe antes uma pista (qual é a diferença entre democracia e ditadura?)

Resto de bom feriado

Minda disse...

Caríssimo Anónimo das 11:04h

Teima em não entender o que escrevo. Que hei-de fazer? Nada! O seu azedume fica para si mesmo, já que isso parece fazê-lo feliz...
Os seus dotes para deturpar aquilo que os outros dizem são notáveis. Mas procure fazê-lo com alguma contenção pois assim tem, precisamente, o efeito contrário àquele que pretende: é que quem ler a sua douta opinião percebe logo de que lado está a razão, sem mais explicações. Obrigada pela ajuda.

E depois sou eu que costumo chamar nomes às pessoas. Você não se enxerga mesmo. Limitei-me a dizer que “deve abster-se de avançar com conclusões precipitadas e, perdoe-me a sinceridade, completamente ridículas (como essa dos bandidos e da avaliação pelos colegas)”. Não dirigi epítetos à sua pessoa, ao contrário daquilo que, a si, lhe sai tão facilmente no discurso e aqui ficou registado neste último comentário. Enfim...

Explique-me lá em que parte daquilo que escrevi anteriormente está que eu defendo a existência de objectivos não mensuráveis? É que, sinceramente, não dou com essa parte…

Prospectos do STAL? Que prospectos? Se sabe quais são diga, com exactidão, onde os posso consultar, de preferência online…

Quanto aos dirigentes. Volto a insistir: falei na parcialidade com que alguns agem. Quer-me fazer crer que isso é dizer uma coisa e o seu contrário? Nem vale a pena pedir-lhe que se explique…

SIADAP na AD Lisboa:

Objectivo – mede-se através do n.º de artigos publicados no nosso Boletim Cultural ou em outras publicações congéneres, exposições itinerantes realizadas (nas nossas instalações ou nos municípios), protocolos de colaboração celebrados (com as autarquias do distrito para elaboração de trabalhos específicos), participações em seminários (nacionais e no estrangeiro), etc. etc.

Não é “o DGAL” mas a DGAL (é uma direcção-geral não um departamento).

Comparar a situação de haver apenas um avaliador na ADL com uma ditadura, bem… essa, então, é a piada do dia! Não resisto mesmo, a uma boa gargalhada e a deixar-lhe uma pergunta: mas o senhor sabe o que é a Assembleia Distrital de Lisboa? (e, já agora, saberá mesmo qual é a diferença entre ditadura e democracia?)

(Só uma nota adicional: o dirigente, único avaliador, é avaliado pelo Presidente do órgão. Mas como o senhor se referia ao SIADAP 3...)

No final, não posso deixar de lhe agradecer a excelente oportunidade que me tem dado… não percebe? Pois… pense. Se não chegar lá, um dia destes talvez eu tenha paciência e lhe explique…

Um resto de bom feriado para si, também.

Anónimo disse...

Caríssima
A sra. a falar do azedume de outrem é deveras divertido. E eu é que não me enxergo?

E não se preocupe com os "meus leitores ficarem com opinião", eu não tenho pretensões politicas de concorrer a nenhuma câmara (If You know what I mean).

Agora as explicações.
Defender objectivos mensuráveis, medir e depois não tirar consequências não faz sentido. É ter mais trabalho para ficar como estava antes. Há tantos anos a trabalhar no Estado já devia saber isto.

Não tem os prospectos do STAL?
Afinal as suas fontes devem andar a levar-lhe apenas uma parte da história. E assim lá vai formando as opiniões que forma, e que aqui traz destiladas.

Dirigentes.Então apenas se refere a alguns?. Quantos, 1 ou 2%, 25%, metade?
É que se considera que isso acontece apenas numa minoria, então pergunto-lhe desde já se conhece alguma avaliação perfeita (com excepção da Divina para os crentes!).

O objectivo parece bem medido. E com quem é que se comparam? com as outras AD?
E nesse caso, há umas melhores que outras?

Rir é bom, aproveite.
E depois também numa lógica de partilha, diria que há por aí ditaduras em que os dirigentes julgam genuinamente que fazem o melhor para o povo.
Depois há as democracias, em que todas as decisões têm o contraditório (que até pode estar errado), e mecanismos de contrapeso.
O que a sra. tem feito com o executivo de Almada é exercer a democracia. O que faz na sua AD não é.

E assim ficamos, porque felizmente não sou um dos seus avaliados.

Minda disse...

Caríssimo Anónimo das 13:26h

Quanto a fel e azedume estamos conversados. Você fica na sua e eu na minha. Quem ler estes diálogos cruzados entenderá o que quiser e fará o seu juízo de valor. Por isso, não me preocupo com o retrato que você quer pintar da minha pessoa… ele será sempre apreciado não com o seu pensamento mas com o olhar de quem aqui chega e com os dados que tem ao seu dispor.

O que você quer dizer, sabê-lo-á o senhor. Eu sei o que pretendo, também. Pode crer que sei! E já agora, deixe que o questione: a cidadania de intervenção política é algum crime?

E volto a perguntar-lhe: em que parte dos meus comentários anteriores está que eu defendo objectivos mensuráveis sem apurar consequências? É que não consigo ver a ligação…

Mas que grande admiração essa por eu não ter os prospectos do STAL! E deveria tê-los porquê? Se não sabe eu digo-lhe: deixei de ser associada há cerca de um ano… E o senhor tem-los? É que começa a parecer-me que, afinal, não os conhece…

Quanto aos dirigentes. A sua posição é, perdoe-me a sinceridade: risível. Acaba por admitir a hipótese de que nem todas as avaliações são perfeitas (tendo por base as potenciais falhas dos avaliadores) mas nega-se a admitir que podem haver dirigentes imperfeitos. Quer que lhe diga a percentagem. Deve estar a brincar, com certeza. Conheço casos, não tenho a pretensão de os conhecer todos (nem o afirmei tão pouco). Mas isso é importante para quê?

Assembleias Distritais:

Objectivo bem medido. Acabou por admitir. Então, passou a outra questão.

Comparar Assembleias Distritais? Pois! Se prestarem o mesmo tipo de serviço. Mas uma Biblioteca não se compara com um Museu ou com uma Colónia Balnear. Assim como um serviço editorial não se compara com um núcleo de investigação arqueológica. E por aí adiante…
Admitamos que há uma impossibilidade real de comparar AD entre si. Isso significa o quê? Quer chegar onde? Não é melhor dizê-lo logo?

“O que a sra. tem feito com o executivo de Almada é exercer a democracia. O que faz na sua AD não é.
E assim ficamos, porque felizmente não sou um dos seus avaliados.”

O que o faz afirmar que na minha Assembleia Distrital eu não exerço a democracia? Sou, portanto, ditadora (e depois sou eu que chamo nomes aos outros, sou eu que ofendo, sou eu que destilo fel e azedume… vê-se, claro!)… Por acaso o senhor conhece o meu trabalho? Tem provas daquilo que afirma? Porque não dá a cara e explica logo ao que vem?

Arma-se em paladino da ética e da moral e vem aqui lançar “bocas” sem fundamentar? Acha esse um comportamento digno?

Com o sectarismo que demonstra nas suas respostas, eu é que posso dizer com alívio: ainda bem que não é você que tem de avaliar o meu trabalho. Seria sempre uma má funcionária por mais que me esforçasse e apresentasse provas do contrário… pensamento típico dos tais dirigentes de que lhe falei… os tais que só dão boas notas àqueles que “caiem nas suas boas graças”!

Anónimo disse...

Boa noite cara Ermelinda

Cidadania de intervenção politica. Somos todos livres de a exercer, mas preferia que fosse para debater ideias, opções, visões, estratégias.

Objectivos. Quando diz que é contra as quotas, destrói a base do SIADAP. Medir assim de pouco serve.

Também saiu do STAL há um ano?
Sou só eu que percebo aqui um certo padrão?

Dirigentes.
Então expliquei-me mal. Eu acredito que existem muitos dirigentes imperfeitos. E que muitas vezes decidem por simpatia ou razões bem piores. Mas será sempre assim quando gerem o que não é deles.
Por isso mesmo é que as quotas são a forma menos má. Está a ver agora porque defendo isso?.

AD, objectivos. Vejo que já está a perceber para onde quero ir.
Não são comparáveis porque cada uma anda por si. E alguém isento que conclua.

Não aprecia as suposições baseadas em factos isolados?
Então pense lá bem no que anda há meses a escrever aqui sobre pessoas e serviços que não conhece. Não lhe parece similar?

até logo

Minda disse...

Caríssimo Anónimo das 20:20h

Interessante essa sua ideia de que a base do SIADAP são as quotas. Bem, será para si, para mim a base do SIADAP é a gestão por objectivos orientada para a obtenção de resultados tendo em vista a prestação de serviços de qualidade.

E perdoe o meu espanto. Mas essa das quotas serem a forma menos má de dirigentes incompetentes passarem a quê? a serem menos injustos? por não poderem beneficiar tantos e apenas uma % em cada ano? é uma justificação que mais parece uma anedota. Sinceramente…

Sair do STAL mostra um padrão? Mas que padrão? Saberá o que é um padrão? Que termos de comparação?

Assembleias Distritais:

Para onde você quer ir apenas o senhor saberá já que nada do que escreveu até agora indicia seja o que for e eu não tenho dotes de adivinha.

Não meu caro. As assembleias distritais não são comparáveis entre si porque as que ainda subsistem desempenham serviços muito diferentes umas das outras (apenas Beja e Setúbal têm ambas Museus e, portanto, poderiam ser potencialmente comparáveis).

Que suposições? Que factos isolados? Mas onde é que você quer chegar? De uma vez por todas era bom que fosse claro e objectivo…

O que eu ando aqui a escrever há meses é, apenas, o desmascarar de situações fundamentada em provas públicas (avisos publicados no Diário da República, informações na Base.gov e acórdãos judiciais disponibilizados no portal da justiça). Trata-se de interpretar os dados fornecidos pela própria CMA e desmontar as contradições procedimentais e as incongruências legais. Por outro lado pretende-se dar a conhecer decisões do Tribunal que a CMA perdeu e sempre escondeu.

Explique lá o que é que isso tem de similar com aquilo que você está a tentar fazer desde o seu primeiro comentário? Não brinque com coisas sérias…

Cumprimentos,

Anónimo disse...

Cara Ermelinda

Confesso que esperava mais de si, então agora confunde bases com finalidades?. As bases são os pressupostos do modelo teórico. Parece-me que leu pouco o Prof. Bilhim, ou então não entendeu.

Sim, é isso mesmo, não fique espantada. Grande parte dos dirigentes são incompetentes na avaliação. Por incapacidade própria em alguns, e estou em crer que por força da fraca motivação na maioria.

Não percebeu o padrão?, não se lembra de mais nada de onde tenha saído nos últimos tempos?
A sra. estudou geografia, acha que era uma comparação com o quê?

Então eu ajudo a solucionar a adivinha. Vá ler o seu post de 31 de Outubro às 22:17
Depois veja o 4º parágrafo.
E depois de sabermos por si que as AD não são comparáveis, diga lá como é que se podem gerir?.
Percebeu agora?

Provas são aquilo que um tribunal der como provado, depois de percorridas todas as instâncias.
O que a sra. apresenta são documentos no contexto que lhe apetece, desculpe lá.

Até logo

Minda disse...

Caríssimo Anónimo das 17:44h

Pois eu de si não esperava (nem espero) nada! Por isso, nem sequer posso dizer que me desilude com estes seus comentários tão, digamos, incoerentes…

Veja-se o que acaba de dizer dos dirigentes e a crítica que me fez por eu ter referido que um dos problemas do sistema anterior das classificações de serviço eram, precisamente, os dirigentes…

Afinal quem não leu o Prof. Bilhim parece-me que foi o senhor. Ou, então, tem de rever a lição. Não sabe que o preceito enunciado de gerir = medir = comparar = melhorar se aplica, também, à própria instituição e a cada um dos trabalhadores? Que a comparação pode (e deve) ser interna e não se reduz, apenas, à comparabilidade externa? Não sabe que o conceito da melhoria contínua (seja das entidades ou das pessoas) passa por um processo permanente de auto análise e comparação interna?

E para quem pretende ser um sábio conhecedor das teorias do Prof. Bilhim, diga-nos lá onde é que se encontrada plasmada essa opinião bizarra que lhe imputa? Em que livro, em que artigo, em que escrito ou em que palestra foi proferida?

E sobre o padrão que você quer à força encontrar (quiçá o seu que se percebe bem qual é), diga-nos lá o que é que tem a saída do STAL ver com a renúncia ao mandato autárquico?

Ai provas só são aquelas que o Tribunal valida “após percorridas todas as instâncias”? Mais uma excelente teoria, sim senhor. Pois está enganado caro amigo. Em termos genéricos, prova é qualquer evidência factual que ajude a apurar a verdade de determinada ocorrência e materializa-se de diversas formas (testemunhais, periciais, documentais, etc) e é com base nelas que o juiz formaliza a sentença independentemente da instância. Além disso as provas não são apenas aquelas que constam dos processos judiciais.

Perdoe se o vou ofender, mas não posso deixar de lhe recomendar: instrua-se primeiro e comente depois. Escusa de fazer figuras tristes…

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Olá dona Ermelinda

Já percebi que a sra. apenas espera alguma coisa dos seus seguidores. As opiniões diferentes da sua são obviamente erradas. As criticas são ofensas. O seu carácter é superior aos outros.

A comparação deve ser interna!
E diz que leu bem o prof. Bilhim?
Deve ser um livro novo dele, que escreveu só para si.
Melhoria a comparar internamente, isso é dos maiores disparates que já li. Mas acontece, nisso tem razão. E por isso estamos onde estamos.

Não vê um padrão? a sério.
Isso é quixotesco.

Bom, agora também já tem uma interpretação própria dos códigos, sobre o que são provas?. Pela sua lógica estamos perto da justiça de Talião.

Sobre o final, estarei sempre pronto para receber instrução. Mas não da Independente ou similar, tenho critérios mais exigentes. Desculpe também se a ofendi.

Minda disse...

Caríssimo Anónimo:

Afinal não respondeu a uma única das perguntas que lhe dirigi. Mau sinal…

Eu não disse que a comparação deve ser interna. Leia de novo o meu comentário, com mais atenção. Ajudo-o e transcrevo as minhas palavras:
“Não sabe que o preceito enunciado de gerir = medir = comparar = melhorar se aplica, também, à própria instituição e a cada um dos trabalhadores? Que a comparação pode (e deve) ser interna e não se reduz, apenas, à comparabilidade externa?”

Quanto a padrão, justiça e Talião… pode guardar os seus conceitos no lugar que achar mais adequado.

E como tem critérios de rigor e exigência no que toca à formação, veja se neles encontra um pouco de coragem e deixa de se esconder atrás da capa do anonimato. Para dizer o que diz.

E se não tem nada de construtivo para acrescentar, pode ficar no seu lugar e escusa de se incomodar .

Boa noite.

Anónimo disse...

Cara

Se quisesse esclarecer alguém criava um blog, um site, uma página de Facebook. Neste blog quem tem de esclarecer alguma coisa é a sra.
Ou pretende comunicar apenas com os seus seguidores?

Li de novo, e diz que "a comparação pode (e deve) ser interna, e não se reduzir à comparação externa".
E concluo eu, a olhar para o umbigo não saímos da cepa torta. Ou nos comparamos com os melhores, ou então com bitolas baixas o resultado vai ser sempre fraco.
Lá terá alguma concorrência interna, mas por aquilo que é a produção média conhecida é pouco, muito pouco.

Comentários a resvalar para o ordinário não respondo.

Boa tentativa de provocação. Mas diga lá o que pretende, saber a minha morada para enviar para cá umas ameaças?
Não gosta de discutir só as ideias? (isto não é um debate igual, um blog com comentários é isto mesmo)

E por construtivo será o quê, dar-lhe os parabéns?, fazer espionagem para lhe arranjar uns casos?.

Como gosta disso retribuo-lhe o favor. Não ouça só os apoiantes, do diálogo e das diferenças encontram-se muito melhores resultados.

Boa noite

Minda disse...

Caríssimo Anónimo das 19:54h

Se não quer esclarecer ninguém e vem aqui comentar, acusando-me de não aceitar o contraditório quando você é que demonstra uma estranha aversão em aceitar opiniões contrárias à sua, custa-me a crer que o faz pelo debate de ideias (como pretende dar a entender) e não traz atrás de si segundas intenções (já que nunca explica a razão das suas depreciativas intervenções).

Mas, sinceramente, fico-lhe grata por, pela primeira vez, ter mostrado alguma sinceridade ao admitir que, afinal, não pretende, de facto, esclarecer ninguém. Ou seja, terá qualquer outra intenção que não a do diálogo sério e construtivo. E com isto estamos conversados…

Anónimo disse...

Olá de novo

Então vou ser ainda mais claro.
Eu não tenho sequer a presunção de querer esclarecer ninguém.
Tenho as minhas opiniões, e as minhas embirrações.
E é só isto.

Segundas intenções também não. Deixe lá essa mania da perseguição.

Diálogo sério e construtivo, também não lhe reconheço autoridade para o apregoar a ninguém.

Aceitar o contraditório, onde e como é que não?. Não me tem contrariado, normalmente decreta a sua opinião como absoluta, e o resto é engano, falta de estudo, má leitura, etc.

até logo

Minda disse...

Anónimo das 21:45h

Perseguição??? Pois! Se calhar você é um dos tais que até subscreve atitudes como as que descrevo nos artigos de ontem e de hoje. Eu é que tenho a mania mas são os outros que andam a fazer-me ameaças anónimas.

Se não me reconhece coisa nenhuma (assim como eu a si, diga-se de passagem - já que nem a dignidade de se identificar tem!) o que é que vem aqui fazer? Claro, é evidente: vem debater ideias, então não se vê logo à distância... esqueceu-se foi de as trazer, pois então.

Anónimo disse...

Cara

Não, não sou.
Envio os comentários do meu computador, qualquer coisa de ilegal é facilmente rastreada.
A única ameaça que lhe faço é de a colocar em confronto com aquilo que diz, e faz (nos comentários políticos, profissionais e públicos). Não sei onde vive, com quem, e o que faz de privado, nem me interessa.

Não viu nenhuma ideia, então não se canse a responder, volte lá para a sua guerrilha particular, para a rapaziada que aprecia as ofensas pessoais e vive da inveja e dos rancores.
Talvez sejam muitos e venham a dar-lhe os votos para uma candidatura.

Anónimo disse...

Minda:

Não lhe ligue.
Este fugiu do circo.
Só está a fazer com que a Ermelinda perca tempo com ele, enquanto não volta para o ambiente dele...
Não alimente a conversa de treta dele, pois o que ele quer é mesmo audiência e público, tal como no circo...

Minda disse...

Anónimo das 23:09h

Desculpe, mas não resisto a dizer-lhe (já que admitiu, no comentário anterior, que além de opiniões tem as suas embirrações): pois vá embirrar para outro lado!

Aqui, será sempre bem-vindo desde que respeite a opinião dos outros, que é aquilo que não faz, ao contrário do que afirma.

Minda disse...

Anónimo das 11:34h

Se fugiu do circo não sei, mas também não é preciso ofender para nos defender (não acha?). Agora que aquela personagem vem para aqui embirrar e fingir que traz ideias para debater, e que isso só acaba por empatar e nada de novo traz ao diálogo, é verdade.

Por isso, numa coisa lhe dou razão a si: não vale a pena ligar a comentários desta índole. São pura perda de tempo.

Anónimo disse...

Olá Minda
Desculpe mas também não resisto.
Esta é uma das minhas embirrações, a trupe de debilóides que tem como seguidores.
Na nossa democracia o voto deles é igual ao de um cidadão com cérebro, mas é daquelas imperfeições insanáveis.

Tem razão quando diz que não é obrigada a aturar as minhas embirrações, mas é o risco de se expor desta forma.
É por isto também que muitas pessoas interessantes e capazes não se dedicam à causa pública.
Mas também não se faça (e perdoe-me algum exagero) de sonsa. A sra. nutre pela outra sra. da Câmara de Almada um sentimento parecido. Aquela coisa do carro velho para usar ao fim de semana é pura mesquinhez. Certamente sabe que os membros do executivo têm viatura atribuída.
Ainda se fosse ver os carros de serviço descaracterizados que servem funcionários, fora do serviço, sem para isso estarem autorizados pela Assembleia Municipal.

até já

Anónimo disse...

Ao "até já" (6 de Novembro de 2010 17:22):
De facto, pensei que o seu papel no circo fosse um, mas começa a convencer-me de que afinal o seu papel será mais básico....

Tente esforçar-se e trazer uma ideia nova, um tema original para discussão, um ponto de vista diferente e novo...

Deixe-se de representar a "voz da dona", porque isso não lhe será benéfico!

Tenho muita pena de si, sr. "até já" ...

Procure apoio psiquiátrico, que talvez se arranje!

Anónimo disse...

Caríssimo anónimo das 17h22 de 5 de Novembro: parece que sofre de défice de atenção...sugere-se uma ida ao psiquiatra! Entretanto tome uns drunfos, espete o dedo no rabinho e assobie, vai parecer um comboio!

Anónimo disse...

Caríssimo anónimo das 17h22 de 6 de Novembro: parece que sofre de défice de atenção...sugere-se uma ida ao psiquiatra! Entretanto tome uns drunfos, espete o dedo no rabinho e assobie, vai parecer um comboio!

Minda disse...

Anónimo das 17:22h

Não vale a pena continuar a embirrar por estas bandas.
Já lhe disse que é pura perda de tempo.

Minda disse...

Anónimo das 17:58h

Trazer ideias novas? Temas originais para discussão? Mas será que esse senhor saberá o que isso é? Desde que seja para embirrar…

Minda disse...

Anónimo das 18h e 18:03h

Sim senhora. Para quem considera a frase “quanto a padrão, justiça e Talião… pode guardar os seus conceitos no lugar que achar mais adequado”, um comentário “a resvalar para o ordinário”, como classifica esta sua resposta?
Correctíssima e educada, não tenhamos dúvida.
E a correcção é tanta que até resolve repeti-la. Certo?

Anónimo disse...

Cara Minda
Esta' a falar para outro anonimo.

Anónimo disse...

Olá Ermelinda às 18:34
Tenho estado a aguardar as suas desculpas, pois neste post imputa-me afirmações que não são minhas.
Aliás, se reparar, o outro palerma está é a ofender-me a mim.
Sendo tão defensora da verdade, nada como retratar-se.

Ao rapazola das 17:58
Acha mesmo que defender as quotas de SIADAP, o fim de organismos inúteis como as Assembleias distritais, é a "voz da dona"?
Isto na vida não somos todos da Ermelinda ou da Sousa, há mais opções, basta abrir os olhos.
Ideias, então aí vai:
- em vez de andarem ocupados com as propriedades de alguns, que até podem ser dividas aos bancos, não era melhor discutir as opções da gestão da CMA e dos SMAS, se podia ser melhor e mais barata? por exemplo.
- em vez de saberem se 1 ou 2 técnicos tem as habilitações correctas (e se não têm as autoridades resolvem isso facilmente), não era melhor analisar os erros técnicos que fizeram, e algumas opções danosas?
E se tiver vontade de debater apareça, mais ideias surgirão.

Até já

Minda disse...

Caro Anónimo das 11:28h,

Verifiquei que, de facto, aquelas afirmações não são suas. Mas, sinceramente, com tantos anónimos, apenas identificados pela hora, às vezes é confuso perceber a quem se dirige o quê.
Para evitar confusões no futuro, e continuando a ser anónimo como pretende, ao menos passe a utilizar um qualquer nome fictício.
Quanto às desculpas pelo lapso involuntário, evidentemente que a elas tem direito. Aqui ficam expressas.

E apesar de a sua restante conversa não me ser dirigida, não posso deixar de comentar:
Pode defender as quotas do SIADAP e até o fim das Assembleias Distritais, mas doravante peço-lhe que tenha um pouco mais de respeito pelos trabalhadores destas estruturas de génese autárquica, os quais nada têm a ver com a situação das entidades onde exercem funções.
É triste verificar a falta de solidariedade com que sindicatos, autarcas e políticos em geral olham para estes funcionários, tratando-os como se fossem de 2.ª ou 3.ª categoria e potenciais culpados pela inutilidade das entidades onde trabalham quando, na prática, tentam apenas sobreviver com a dignidade que lhes assiste (ou, também, essa, lhe tentam negar?).
Aconselho-o a ler dois textos disponibilizados no seguinte endereço:
http://assembleias-distritais.blogspot.com/search/label/Entrevistas. Lá ficará a perceber quais são as razões da nossa luta. E de como não andamos a defender o indefensável mas apenas a pedir que quem de direito se decida. Pela extinção das AD sem prejudicar mais ainda os trabalhadores e acautelando os seus direitos (que os têm, presumo, não?).

Ideias:
Pretende, então, que se feche os olhos aos sinais exteriores de riqueza que alguns dirigentes dos SMAS evidenciam incompatíveis com os rendimentos auferidos? Pois, é com essa atitude de tolerância passiva dos cidadãos que a corrupção alastra no nosso país.
Que opções de gestão já aqui discutiu? Eu, pelo contrário, já tenho apresentado muitas críticas, fundamentadas, a essas opções, em particular no que respeita aos recursos humanos e atribuição de subsídios, por exemplo.
Habilitações técnicas. Saberá com certeza, que além de não serem apenas um ou dois (infelizmente são muitos mais) trabalhadores, essa é a primeira razão para os erros técnicos que refere. E as autoridades só actuam se denunciarmos as situações. Certo? Se todos calarmos, além de coniventes, como podemos depois pedir contas e exigir justiça?
Além disso, eu analiso as matérias para as quais estou tecnicamente preparada. Neste caso, as questões de gestão de pessoal. Não tenho conhecimentos de engenharia ou arquitectura para avaliar os projectos subscritos por aquele pessoal. Se o senhor os tem, em vez de falar à distância porque não se chega à frente e avança? Ficamos à espera do seu contributo.

Um resto de bom fim-de-semana

Churchill disse...

Cara Ermelinda
Então doravante adoptarei o nickname em honra do Lorde Winston.

Agradeço a correcção.

Ainda não conseguimos acertar um ponto prévio na questão das AD. Eu não tenho nada contra os funcionários, dirigentes já não é bem assim, pois acho que têm de assumir a missão que lhes é atribuída.
Por exemplo, nada tenho contra os portageiros, mas a função é absolutamente dispensável hoje em dia, nada tem de valor acrescentado, logo eram melhor aproveitados os recursos noutra função.
Técnicos administrativos. Como é que com o avanço das tecnologias de informação se mantém ou até aumenta o número de pessoas nessas tarefas?
Não são as pessoas, é a organização que eu questiono.

Os sinais exteriores do que chama riqueza podem ser oriundos de cônjuges, heranças, ou até de investimentos bem feitos. Há quem goste de viajar, quem goste de bons restaurantes, de bons carros, e outros que preferem poupar.
Nada disto desculpa a corrupção, mas por um ou dois factos associar uma coisa à outra é um grande exagero, e tem sido uma das causas do afastamento dos melhores das posições politicas, pois não se querem sujeitar às invejas.

Opções de gestão, então vamos lá.
- Se assume que a gestão pública dos serviços prestados pela CMA e SMAS corre o risco de ser "controlada" por objectivos pessoais e políticos, então não é melhor que isso seja privatizado e apenas regulado pelo poder politico?
- E no âmbito da gestão pública, o que acha das empresas intermunicipais no distrito de Setúbal?, prestam um bom ou mau serviço aos utentes?
E sobre a organização do território, acha que se deve desenvolver o turismo de massas ou de elites?

Até logo

Minda disse...

Caro Churchill,

Belo nome (nick). Parece um regresso ao passado. :-)

Recomecemos, então, o “talvez diálogo”, agora que me posso dirigir a alguém em concreto, embora tão anónimo como o anterior. Mas sempre melhorou um pouco.

O ponto prévio na questão das AD passa tão só e somente por um único facto: o perceber que não são os trabalhadores os culpados pela sua triste existência enquanto órgãos previstos na Constituição mas votados ao ostracismo pelos políticos. Que são os autarcas, em particular, e de todos os quadrantes partidários. Que não se coíbem de deixar de cumprir a lei e permitir que, hoje, no século XXI, exista uma funcionária com seis meses de salários em atraso (como acontece, actualmente, em Vila Real e de forma recorrente) apenas porque não querem assumir uma posição sobre o assunto.

A partir daí, entendido esse princípio básico, podemos discutir o que quiser sobre o papel do Distrito no actual contexto de descentralização administrativa, fazer a sua ligação ao sistema de organização político eleitoral do país e ir parar às Assembleias Distritais e o que tem sido a missão de cada uma das ainda em funcionamento ou até, inevitavelmente, à prometida mas sempre adiada regionalização. Com seriedade, pode crer que debato todos estes temas, com frontalidade.

Embora para si o facto de eu ter feito a minha pós-graduação na Universidade Independente faça de mim uma idiota incompetente (ou quase), perdoe o abuso, mas se o tema o interessa, pode sempre ler o meu trabalho final de curso: «A descentralização administrativa: o paradigma da divisão do território. O que fazer com o Distrito?» (disponível no seguinte endereço: http://www.ad-lisboa.pt/administracao-geral/documentos-especificos/relatorios-e-estudos/o-que-fazer-com-distrito/view), pois lá tem muito do que penso sobre a matéria e, assim, escusa de vir para aqui embirrar desnecessariamente.

Retomando a questão dos “sinais exteriores de riqueza”. Meu caro, em primeiro lugar nunca iria afirmar o que digo se, além das certidões prediais, não tivesse outras informações que as completam e ajudam na leitura dos dados que contêm. Aliás, como acha que cheguei ao património em concreto? Adivinhei? Não! E não é por um ou dois factos isolados. São mais, muitos mais. Mas não é a si que tenho de o explicar e sim às autoridades judiciais a quem o processo irá ser entregue. Quando isso acontecer, aqui divulgarei os dados disponíveis, por enquanto fiquemos por aqui.

Opções de gestão:
Explique-me essa de querer privatizar o quê? A CM e os SMAS? Juro que não entendi. Mas se calhar é falha minha. Mas desde já adianto que sou contra a privatização de um bem público (se se estiver a referir à gestão da água, por exemplo).
Empresas intermunicipais do distrito de Setúbal. Confesso que sei muito pouco sobre o assunto. Mas não me venha dizer que seria minha obrigação conhecer de fio a pavio o assunto porque não é. Mas poderei sempre ir estudar o tema quando tiver oportunidade e poderemos voltar a falar de novo sobre a questão. Todavia, se essa é uma área que pretendia discutir, presumo que terá conhecimentos sobre a matéria. Certo? Então que tal responder às perguntas que faz? De preferência com exemplos concretos.
A sua última pergunta é bastante redutora. Coloca numa só frase a organização do território (Descentralização administrativa actual? Regionalização futura?) e aspectos económicos que podem ser de âmbito nacional ou local, consoante o impacto dos respectivos projectos, e tenta que tudo se resuma à opção pelo turismo de massas ou de elite. Ora, no meio dessa confusão toda, e num espaço como este apenas lhe posso dizer que tudo depende da visão estratégica adoptada para o município. Mas muito haveria para dizer esclarecidos que fossem os pontos atrás referidos.

Um bom início de semana

Churchill disse...

Cara Ermelinda

Assim que tiver algum tempo lerei atentamente e comentarei. Da introdução e do inicio das conclusões já me ficou uma critica, não entendo como é que após um referendo chumbado volta à questão da regionalização como um caminho. Isso já foi, agora é pensar no que ficou.
Logo no inicio, e na diagonal pelo meio fala muitas vezes na 1ª pessoa do plural. Aqui está algo onde o formalismo da Internacional peca por defeito.
Deixe lá as mágoas, eu aconselhava a deixar ficar apenas o curso da Nova. Depois de comer um croquete no Gambrinus não é normal vir apreciar um hamburger do MacDonalds.

Sobre os sinais exteriores, para mim o preocupante são os de pobreza, em especial quando afectam idosos e crianças.

Privatizar o quê?
- a gestão da água
- a gestão dos esgotos
- a gestão dos resíduos
- a gestão do parque escolar
- a gestão dos estacionamentos
- a gestão do urbanismo
- a gestão da cultura (fundações e e afins)
- etc.
E para nenhum destes casos se trata de privatizar o bem público, mas sim a sua gestão.

Empresas intermunicipais no distrito de Setúbal.
- já há para resíduos (Amarsul), para os esgotos (Simarsul), e pelas noticias está para breve para a água (veja http://www.aia-regiaosetubal.pt/?q=actividades).
As Câmaras ficam com a recolha do lixo, com a drenagem dos esgotos, com a distribuição da água (o que é complicado e dá prejuízo), e as EI ficam com o caviar.

Ordenamento do território.
Grande parte do território do concelho foi feito à toa, na inconsciência, e curiosamente não há culpados por isso.
Do que existe, há potencialidades, mas tem de se optar, ou hotéis de luxo ou praia para a classe baixa do distrito de Lisboa. E cada opção terá um custo politico.

Até logo

Minda disse...

Caro Churchill,

Presumo, pelo início da sua conversa, que é contra a regionalização.
Pois, eu não sou. Considero que deveria estar implementada há muito tempo. Ao fim e ao cabe anda a ser prometida desde 1976…
Quanto ao referendo, ele foi muito mal conduzido. E o que falhou, mais do que o conceito de regionalizar, foi o mapa apresentado então.
Ao fim e ao cabo, as actuais NUT II o que são? E sendo órgãos desconcentrados da Administração Central, porque não serem antes entidades efectivamente descentralizadas, com órgãos eleitos pela população? Não seria muito mais democrático?

E o que tem a Internacional a ver com o facto de eu falar na 1.ª pessoa do plural? Evidentemente que seria hipócrita se fingisse não estar envolvida. Trabalho na AD de Lisboa desde 1987, sou coordenadora da Comissão Nacional de Trabalhadores das AD desde 2000 e o senhor não quer que eu fala em “nós”?

Mágoas? Apenas não gostei da forma ofensiva como o senhor se referiu ao facto em causa. Ou não posso? Sempre fui uma boa aluna, com muito trabalho é verdade. Envolvi-me de corpo e alma em todos os programas lectivos e, com muita honra, consegui sempre os melhores resultados. A que propósito teria de me sentir envergonhada por aquilo que consegui com tanto esforço e lisura? Fosse na FCSH ou na UNI?

E privatizar porquê? Quais são os indicadores que garantem essa gestão privada é melhor do que uma gestão pública responsável? Bons e maus gestores, bons e maus profissionais, existem tanto no sector privado como no público. Sinceramente, ainda não encontrei vantagens objectivas na privatização dos serviços que indica.

Quanto às empresas intermunicipais, como as municipais, ao fim e ao cabo, tenho de concordar consigo… embora não seja bem perceptível qual é o seu pensamento, arrisco a dizer que é bastante crítico pelo menos no que toca à “distribuição de áreas de negócio”. Assim que tiver oportunidade irei ler a informação no link que indica.

Infelizmente o urbanismo no concelho de Almada é um caos que foi sendo construído com a passividade das oposições nos órgãos colegiais autárquicos. Apesar da sucessivas maiorias absolutas da CDU, o certo é que os autarcas da oposição sempre forma pouco interventivos. Cuidassem mais do cumprimentos fiscalizador das suas funções e, se calhar, muita coisa não se teria passado.

Almada tem uma vocação turística que sempre foi, infelizmente, negligenciada. Sem arquitectura monumental significativa, Almada tem, no entanto, paisagens costeiras e ribeirinhas de uma beleza extraordinária. O turismo dito de elite (como o empreendimento Aldeia dos Capuchos, por exemplo) não é incompatível com a existência de turismo de massas (nas praias urbanas). Tudo pode (deve) ter o seu enquadramento. Desde que as estratégias sejam correctamente definidas e integradas num ordenamento do território necessariamente abrangente.

Até logo, então.

Churchill disse...

Cara
Contra sou sem dúvida desta coisa estranha de fazer referendos até que uma votação dê o que uns querem, seja naquilo que for.
A Constituição de 76 é uma peça de utopia, própria do pós-revolução com palermices que ainda hoje subsistem.

Da regionalização, acho que temos de optar, ou temos municípios fortes e autónomos ou temos regiões administrativas. Num país com a nossa dimensão só faz sentido separar (e daí forçar uma concorrência interna) o que é totalmente distinto (como as ilhas), de resto a única diferença significativa é entre interior e litoral e fazer essa separação ia aumentar o problema.
A nossa tradição com as autarquias já é de receberem mais dinheiro se forem alinhadas com o governo, com as regiões ia piorar.
As NUTS são algo diferente, trata-se de separar o que é claramente diferente (os rendimentos médios), para depois se fazer a gestão técnica de acordo com as especificidades, como a atribuição de subsídios para actividades diferenciadas. Terão alguns desvios, mas que só provam o que de pior teriam as regiões administrativas.

Os indicadores ainda não estão a ser produzidos e publicados. Curiosamente os políticos foram muito rápidos a exigir indicadores às empresas privadas que prestam estes serviços, mas para eles próprios ficaram atrás da "legitimidade eleitoral" para não o fazerem. Se há ou não gestão pública responsável temos de acreditar com base em suspeitas.
Mas uma coisa é certa, dificilmente um empresário contratava para presidente executivo de uma empresa alguém cujo CV é alheio a qualquer competência na área. Mesmo que fosse da família, colocava-o a aprender algum tempo primeiro.
De resto como diz há bons e maus gestores em todo o lado, mas não há uma cultura pública de prestar contas(o tal "accountability").

As empresas municipais se for para uma lógica de mercado, em concorrência leal, reguladas, são como as outras, agora para gerir monopólios e colocar políticos "profissionais" não.
As intermunicipais quando o factor escala aumente a capacidade podem ter valor acrescentado, mas mais uma vez deviam ser geridas por quem sabe do assunto.

Compatibilizar turismo de elite com turismo de massas numa região como o Algarve já é complicado, quanto mais num concelho. Os Capuchos são uma coisa para classe média a custos de elite, por isso é que estão como estão.

Até já

Minda disse...

Caro Churchill

Ora aí está um ponto em comum.
Também sou contra os referendos sucessivos até darem o resultado que pretendemos. Mas atenção: se os referendos não forem vinculativos, existe toda a legitimidade para os repetir. Acontece é que o problema está na base: na falta de cultura de intervenção da população.

Que palermices são essas que refere na nossa Constituição?

Na minha opinião a regionalização não separa e pode, até unir. Um patamar intermédio entre o poder local e o Governo não impede que tenhamos municípios fortes. No fundo as associações de municípios são a demonstração de como há certos problemas que só se conseguem resolver no nível supra municipal.

Regiões e NUTS II não são assim tão opostas. A criação de umas eliminaria as outras e as competências seriam transferidas e teriam até outra legitimidade. Se estas desempenham bem essa função de equilíbrio (gestão técnica) que refere, porque não poderiam aquelas continuar a fazê-la? Porquê essa desconfiança?

A questão das empresas municipais (e intermunicipais) é, de facto, um problema que bem gostaria de poder debater consigo mais em profundidade. Não sendo a minha área de intervenção preciso, contudo, de estudar um pouco sobre o assunto para ter as bases mínimas para que o debate possa ser profícuo.

Prometo que o farei assim que tiver oportunidade. E se não for pedir muito, pedia-lhe que voltasse ao tema mais tarde. Pode ser?

Até à próxima.

Churchill disse...

Cara
Pois, mas o ultimo também não foi vinculativo e isso foi olimpicamente ignorado.

Palermices.
- Caminho para o socialismo (basta ver pelo mundo se há algum exemplo que tenha dado certo).
- Proibição de opções partidárias por extrema direita e permissão por extrema esquerda (como o BE e o PCP).
- Subjugaçao do poder económico ao poder politico, isto só na cabeça de líricos.
E mais alguns derivados destes.

Que os municípios tentem associações para defender os seus interesses pode ser bom para os próprios, mas jamais servirá para a solidariedade e coesão nacional. E vai dificultar muito a existência de mecanismos de compensação positiva dos mais desfavorecidos.
Além do problema evidente de termos falta de políticos competentes para mais estas estruturas.

Empresas municipais. intermunicipais e multimunicipais. Então comece por ver a constituição dos órgãos sociais. E depois considere que nas próximas eleições autárquicas vão chegar ao limite muitos autarcas. E se puder averigúe porque é que umas são malditas e outras benditas, apenas porque quem tem 51% do poder de nomeação fica de um lado ou outro (porque os objectivos estratégicos são iguais).

até mais

Minda disse...

Caro Churchill:

Quanto ao último referendo, para mim, nem sequer deveria ter existido. Sou contra a que se referendem questões de consciência! O facto de alguém optar pro um caminho não obriga que quem não concorda o siga.

E para quem considera o BE à extrema esquerda, como classifica o CDS à direita, por exemplo?
O que a CRP proibe é a existência de partidos e ideologias fascistas por na sua essência serem contrários à ideia de Democracia.

Quanto ao resto dos assuntos, ficam para discutir mais tarde pois que entre ontem e hoje não tive oportunidade de ir ler sobre a matéria (empresas municipais e afins). Agradeço as pistas para reflexão. E voltaremos ao tema mais tarde.

Boa noite

Churchill disse...

Cara Ermelinda

Para o assunto pendente, pode ver os decretos-lei 90/2009 e 194/2009.

Não sendo por referendo acha que devem ser os deputados a decidir questões de consciência?. Desculpe o desabafo mas venha o diabo e escolha.

O CDS é um partido do centro democrático, de cariz conservador.
Até à extrema direita ainda falta uma representação liberal.
Os partidos de cariz marxista-leninista são claramente não democráticos, com uma organização top-down. O BE defende a eliminação do capitalismo, logo ...

até mais

Minda disse...

Caro Churchill,

Agradeço a referência aos dois diplomas citados. Já fiz o download respectivo para mais tarde os analisar e estou em crer que é uma matéria bastante interessante para me debruçar sobre ela tão depressa tenha tempo disponível para o efeito.

A competência da AR é legislar. Por isso, mesmo em matérias dessa natureza considero que devem cumprir o seu dever. Sempre será mais equilibrado (na minha opinião). E refiro., mais uma vez: quem é contra pode continuar a agir segundo o seu pensamento.

Quanto ao BE.
1.º não é um partido marxista-leninista.
2.º defende o socialismo.
3.º é crítico do capitalismo, o que não significa que pretenda a sua abolição.

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