Não resisto a trazer aqui, mais uma vez, este assunto. Ele é demasiado grave para deixá-lo ficar adormecido, agora que estamos a dar início ao período de férias propício a tornar insignificantes factos importantes por ausência de notícias. Por isso, periodicamente voltarei a este tema, com perspectivas de análise diferente, em particular no que concerne à divulgação de informação relevante para a compreensão dos factos.
Vejamos, então, como tudo terá começado.
Na génese do problema estão os reiterados comportamentos da Câmara Municipal de Almada que, com atitudes injustas, sectárias e nada imparciais, tem vindo a discriminar os seus trabalhadores. Dois deles, ganharam coragem e pensaram “perdidos por cem perdidos por mil” e arriscaram fazer denúncia dos seus casos, ao Provedor de Justiça.
Veja AQUI a queixa por eles elaborada, e leiam-na com atenção.
Na sequência deste acontecimento, saiu um artigo no jornal Notícias de Almada alegando que havia “discriminação política” na Câmara de Almada e, por isso, os trabalhadores se sentiam lesados. Como terá chegado o jornalista a esta conclusão? Tão só e apenas pelas afirmações do próprio Vereador dos Recursos Humanos que não se coibiu de dizer que alguns deles até haviam participado em lista da oposição no último acto eleitoral.
Perante o teor destas declarações os trabalhadores sentiram necessidade de ir à Assembleia Municipal de Almada apresentar o seu caso e solicitar os devidos esclarecimentos a quem de direito.
Veja AQUI a intervenção em causa.
(de notar que os trabalhadores, gastando dinheiro dos seus parcos ordenados, mas em nome da transparência, entregaram nos serviços de apoio cópias suficientes para serem distribuídas a todos os deputados municipais. Todavia o Presidente da Mesa, numa atitude autocrática, apenas autorizou a entrega de um exemplar por grupo municipal – veja AQUI a notícia)
E foi precisamente nessa reunião do órgão deliberativo que a Sr.ª Presidente da Câmara, em resposta ao trabalhador, resolveu humilhá-lo tentado fazer crer aos presentes que durante os oito anos que ele fizera trabalho na área da comunicação fora, apenas, como “carregador do equipamento do operador de câmara”, um trabalho menor e sem significado relevante, portanto. Mais disse, ainda, que a CMA era uma autarquia magnânima e por isso permitira que o coitado do outro queixoso fizesse o estágio na DIRP, como se este fosse um incapaz.
Sentindo-se ofendidos na sua dignidade, os trabalhadores voltaram a intervir na reunião seguinte da Assembleia Municipal dando conhecimento aos presentes dos seus currículos académicos e profissionais. Porque as fotocópias custam dinheiro, e o seu ordenado é pequeno (um é assistente administrativo e o outro motorista), desta vez apenas levaram cópias para serem entregues aos três membros da Mesa, a todos os vereadores e uma por grupo municipal.
Violando um princípio fundamental da nossa Democracia, o Presidente da Assembleia Municipal, contudo, preferiu não autorizar a sua distribuição a ninguém, à excepção de uma cópia à Sr.ª Presidente da Câmara (pois claro! O “caldo entornaria” se assim não fosse!) e, mais uma vez, os documentos foram parar ao caixote do lixo, como afirmou a funcionária dos serviços de apoio (resta saber de que forma, pois os mesmo continham dados pessoais e que, agora, não se sabe, na posse de quem poderão estar… mais uma declarada violação da lei).
Veja AQUI a segunda intervenção e leiam-na com atenção.
Estranhamente, a Presidente da Câmara nada argumentou, mantendo um gélido silêncio sobre o assunto. Assim como o Vereador dos Recursos Humanos que, na primeira reunião ainda se atrevera a defender a política de gestão dos recursos humanos da CMA (numa cópia do conteúdo do seu despacho de indeferimento do pedido de mobilidade interna inter-carreiras por nós já divulgado).
E, a bancada da CDU que costuma pronunciar-se sobre tudo e, em particular, quando considera que a CMA está a ser atacada, apresentando sempre justificação para todos os actos da autarquia, por mais indefensáveis que sejam, não se importando de ofender a esmo a oposição mesmo quando esta apresenta críticas justas, também nem uma palavra pronunciaram sobre o assunto… até parece que houve instruções superiores (do “comité central”, será?) para se manterem calados… não fossem cometer mais deslizes comprometedores já que há demasiadas ondas no horizonte e convém não agitar ainda mais as águas.
E na ânsia de cumprir as ordens acabaram por exagerar… o excesso de zelo levou o Presidente da Assembleia Municipal a vetar a distribuição da documentação em causa. Num acto precipitado, acabou por ser mais nefasto para a CDU do que deixar que todos tivessem tido acesso àquela intervenção e verificado, in loco, que a senhora Presidente mentira.
Como se esconder aquele documento naquele dia à noite fosse suficiente para impedir a divulgação da informação nele contida. Que ingénuos! Ainda bem que não conseguem dominar a blogosfera nem as redes sociais... Ou acham que, perante um acto desta natureza, os trabalhadores iam ficar quietos? Depois de terem arriscado o que já se viu, obviamente que não iriam cruzar os braços e fariam chegar aquela intervenção ao maior número de pessoas possível. E eu, pela parte que me toca, estou com eles e, daí, denunciar a situação e divulgar o texto em causa, chamando a atenção para a arbitrariedade cometida.
Porque há situações em que o silêncio não é de ouro: é, antes, pintado com as cores da vergonha. Calar é ser conivente! Por isso, eu não me calo.!!
Vejamos, então, como tudo terá começado.
Na génese do problema estão os reiterados comportamentos da Câmara Municipal de Almada que, com atitudes injustas, sectárias e nada imparciais, tem vindo a discriminar os seus trabalhadores. Dois deles, ganharam coragem e pensaram “perdidos por cem perdidos por mil” e arriscaram fazer denúncia dos seus casos, ao Provedor de Justiça.
Veja AQUI a queixa por eles elaborada, e leiam-na com atenção.
Na sequência deste acontecimento, saiu um artigo no jornal Notícias de Almada alegando que havia “discriminação política” na Câmara de Almada e, por isso, os trabalhadores se sentiam lesados. Como terá chegado o jornalista a esta conclusão? Tão só e apenas pelas afirmações do próprio Vereador dos Recursos Humanos que não se coibiu de dizer que alguns deles até haviam participado em lista da oposição no último acto eleitoral.
Perante o teor destas declarações os trabalhadores sentiram necessidade de ir à Assembleia Municipal de Almada apresentar o seu caso e solicitar os devidos esclarecimentos a quem de direito.
Veja AQUI a intervenção em causa.
(de notar que os trabalhadores, gastando dinheiro dos seus parcos ordenados, mas em nome da transparência, entregaram nos serviços de apoio cópias suficientes para serem distribuídas a todos os deputados municipais. Todavia o Presidente da Mesa, numa atitude autocrática, apenas autorizou a entrega de um exemplar por grupo municipal – veja AQUI a notícia)
E foi precisamente nessa reunião do órgão deliberativo que a Sr.ª Presidente da Câmara, em resposta ao trabalhador, resolveu humilhá-lo tentado fazer crer aos presentes que durante os oito anos que ele fizera trabalho na área da comunicação fora, apenas, como “carregador do equipamento do operador de câmara”, um trabalho menor e sem significado relevante, portanto. Mais disse, ainda, que a CMA era uma autarquia magnânima e por isso permitira que o coitado do outro queixoso fizesse o estágio na DIRP, como se este fosse um incapaz.
Sentindo-se ofendidos na sua dignidade, os trabalhadores voltaram a intervir na reunião seguinte da Assembleia Municipal dando conhecimento aos presentes dos seus currículos académicos e profissionais. Porque as fotocópias custam dinheiro, e o seu ordenado é pequeno (um é assistente administrativo e o outro motorista), desta vez apenas levaram cópias para serem entregues aos três membros da Mesa, a todos os vereadores e uma por grupo municipal.
Violando um princípio fundamental da nossa Democracia, o Presidente da Assembleia Municipal, contudo, preferiu não autorizar a sua distribuição a ninguém, à excepção de uma cópia à Sr.ª Presidente da Câmara (pois claro! O “caldo entornaria” se assim não fosse!) e, mais uma vez, os documentos foram parar ao caixote do lixo, como afirmou a funcionária dos serviços de apoio (resta saber de que forma, pois os mesmo continham dados pessoais e que, agora, não se sabe, na posse de quem poderão estar… mais uma declarada violação da lei).
Veja AQUI a segunda intervenção e leiam-na com atenção.
Estranhamente, a Presidente da Câmara nada argumentou, mantendo um gélido silêncio sobre o assunto. Assim como o Vereador dos Recursos Humanos que, na primeira reunião ainda se atrevera a defender a política de gestão dos recursos humanos da CMA (numa cópia do conteúdo do seu despacho de indeferimento do pedido de mobilidade interna inter-carreiras por nós já divulgado).
E, a bancada da CDU que costuma pronunciar-se sobre tudo e, em particular, quando considera que a CMA está a ser atacada, apresentando sempre justificação para todos os actos da autarquia, por mais indefensáveis que sejam, não se importando de ofender a esmo a oposição mesmo quando esta apresenta críticas justas, também nem uma palavra pronunciaram sobre o assunto… até parece que houve instruções superiores (do “comité central”, será?) para se manterem calados… não fossem cometer mais deslizes comprometedores já que há demasiadas ondas no horizonte e convém não agitar ainda mais as águas.
E na ânsia de cumprir as ordens acabaram por exagerar… o excesso de zelo levou o Presidente da Assembleia Municipal a vetar a distribuição da documentação em causa. Num acto precipitado, acabou por ser mais nefasto para a CDU do que deixar que todos tivessem tido acesso àquela intervenção e verificado, in loco, que a senhora Presidente mentira.
Como se esconder aquele documento naquele dia à noite fosse suficiente para impedir a divulgação da informação nele contida. Que ingénuos! Ainda bem que não conseguem dominar a blogosfera nem as redes sociais... Ou acham que, perante um acto desta natureza, os trabalhadores iam ficar quietos? Depois de terem arriscado o que já se viu, obviamente que não iriam cruzar os braços e fariam chegar aquela intervenção ao maior número de pessoas possível. E eu, pela parte que me toca, estou com eles e, daí, denunciar a situação e divulgar o texto em causa, chamando a atenção para a arbitrariedade cometida.
Porque há situações em que o silêncio não é de ouro: é, antes, pintado com as cores da vergonha. Calar é ser conivente! Por isso, eu não me calo.!!
14 comentários:
Creio existirem algumas semelhanças entre a assembleia municipal de Almada e a assembleia da Madeira.
Porque será que os extremos se tocam?
Oliveira
No inicio deste mandato começaram por lhes dar o beneficio da dúvida, agora têm o resultado.
Vai ser dificil, muito dificil , o pcp mudar, e nós aqui em Almada tínhamos a obrigação de saber o que a casa gasta.
Cara Ermelinda, a CMA optou por silenciar-se.
É natural.
O Presidente da Assembleia resolveu nao distribuir as comunicações.
Entende-se (?).
As folhas foram para o lixo.
Pois para onde haveriam de ir?
Uma palavra para a funcionária que faz o seu trabalho e da forma como a mandam...
Resta saber quanto tempo mais o pessoal vai consentindo calando.
O medo das represálias é enorme. Nunca se sabe de onde e quando surgem.
Se é um chefe a presionar, se é um colega a provocar até ao limite.
Não se sabe o que andam os sindicatos a fazer.
Não se sabe (?) porque a comissão de trabalhadores insiste em ignorar um facto importante: pela primeirta vez a CMA foi confrontada publica e frontalmente por funcionários.
E agora?
Que vão os deputados fazer quanto a isto?
E os vereadores da oposição, já agora?
Já tenho ouvido comentários de que o Bloco está a facilitar a vida à CMA.
E aqui e notros sítios que a minha amiga deveria filiar-se no PS (ignorantes, certamente).
Não será altura de ambos, O BE e a amiga, de darem uns pontapés a sério, nomeadamente nas reuniões de Câmara? Demarcarem-se desta imagem?
Talvez fosse interessante fazer um estudo sobre o número de trabalhadores de todas as áreas que recorrem a psicólogos e psiquiatras por motivos laborais na CMA.
É a única Câmara que tem este comportamento?
Claro que não.
Mas nós estamos é aqui mesmo não é?
Um abraço
Ant
Então as Vozes do Dono + os Estetoscópios e outos que tais não comentam?
Estão no tal estado de não saber se cagar ou dar corda ao relógio?
Pois é, suster a Maria Emília custa a engolir a quem tenha estômago, mas os Cães de Fila e as Vozes do Dono virão. Há que defender (e esconder) o que tem acontecido...
Até este regabofe se acabar!
Será que o PCP defende esta atitude fascista da madrinha,e da CDU de Almada para com os trabalhadores do seu munícipio. Será que existe alguma comissão de trabalhadores na Câmara de Almada?
Oliveira:
Que os extremos se tocam é uma máxima muito antiga.
Razões? Também não sei. Mas que se tocam, tocam.
Anónimo das 12:13
Pena é que os eleitores, mesmo sabendo o que a casa gasta, teimem em optar pela abstenção.
O mandato ainda está no início e muita coisa vai mudar... à excepção deste PCP que, concordo consigo, muito dificilmente mudará.
Caro ANT:
O silêncio da CMA, apesar de expectável, não acho que seja natural.
Porque é um silêncio comprometido.
Agora, esperado? Isso sim.
Não estavam à espera de serem confrontados, em público, com provas irrefutáveis, por trabalhadores da autarquia.
Se até a Comissão de Trabalhadores e o STAL se calam.
Foram apanhados de surpresa…
Também já me tinham chegado notícias, contadas em discurso directo, de que o ambiente na CMA, em particular nalguns sectores, é denso, de “cortar à faca”, que as perseguições existem, nomeadamente quando em dia de greve, por exemplo, há trabalhadores que não a querem fazer mas a isso são obrigados, literalmente.
As provocações são quase diárias e partem, sobretudo, dos colegas que temem perder as “boas graças” dos chefes, queixam-se.
Mas há mais, infelizmente, muito mais.
E agora? Além de estar atentos, continuar a denunciar todas as irregularidades que se vão conhecendo e esperar pelo parecer do Provedor de Justiça.
E, depois, recorrer ao Tribunal.
Politicamente falando, há que continuar a intervir na Assembleia Municipal. A levantar questões e a apresentar requerimentos, obrigando a CMA a responder (sendo que o silêncio é, também, uma forma de resposta). E, havendo matéria para tal, denunciar a situação à IGAL.
De resto, pouco ou quase nada se pode fazer.
No executivo, as hipóteses podem ser diferentes se os vereadores da oposição se unirem para, por exemplo, definir os princípios de uma nova política de gestão de recursos humanos, com indicação de regras claras e objectivas ao nível da racionalização de efectivos, aproveitando a reestruturação dos serviços que terá de estar pronta até final do ano.
Mas, infelizmente, temo que vão deixar passar esta oportunidade… porque, sejamos realistas, mesmo que os vereadores da oposição aprovassem uma nova proposta, nenhum deles tem funções executivas e os dirigentes estão quase sempre “às ordens” de quem está no poder.
Alterar este estado de coisas só mesmo com um controlo regular e permanente, o que é muito difícil se considerarmos que nenhum vereador da oposição tem oportunidade de o fazer pois todos têm uma vida profissional autónoma e as suas atribuições na CMA são limitadíssimas.
Apesar deste negro cenário, não se pode baixar os braços. E é urgente arranjar formas alternativas de desmascarar o que se passa na CMA. “Água mole em pedra dura tanto dá até que fura”…
Se não desistirmos, havemos de conseguir. E eu não desisto, pode crer!
E não são parvoíces do estilo daquelas que refere que me incomodam. Sabe que mais? Se “vozes de burro não chegam ao céu” a que propósito chegariam as “bocas foleiras” de gentinha anónima e cobarde?
Um abraço
Satanaz:
Apesar do nome “diabólico” tem acertado na leitura crua que faz dos acontecimentos.
E se nos esforçarmos (eu por mim falo, tudo farei do que estiver ao meu alcance) havemos de conseguir acabar com este regabofe.
Anónimo das 19:37
Sinceramente, custa-me a crer que o verdadeiro PCP alinhasse nestas situações. Só que, em Almada, o PCP já não é o de outrora. Mudaram-se os tempos e as vontades, agora os interesses são outros…
Comissão de Trabalhadores? De nome, existe. De facto? Não!
A anómima vereadora do Bloco de Esquerda, o que anda a fazer na assembleia? Essa senhora tem medo da madrinha. Louça corre com este cromo e coloca outra pessoa mais corajosa.Essa helena nem no faceboobk faz o alerta a situações de injustiça aos trabalhadores da Câmara.
Caro Anónimo:
Os vereadores não podem intervir na Assembleia. A não ser que a Presidente da CM lhes dê autorização. Se nem os que têm pelouros abrem a boca, salvo raríssimas excepções, a que propósito falariam os outros?
Apelos ao Louçã, devem ser feitos directamente a ele e não através do meu blogue, até porque duvido que ele saiba sequer da sua existência.
Mas deixe que lhe diga, nem smpre o silêncio significa inércia. Há muitas formas de agir. E nem a tudo temos de dar publicidade.
Oportunistas no PCP: O ferrujento Maia, a velha Emilia, Mendes, O Carreiras a viver a sua bruta reforma no ALLgarve.Pensava que era só para os burgueses. Há o povo de almada acreditava que o carreiras era comunista AH!!AH!!. Parece-me que um irmão dele lá para os lados do Seixal até é Soarista do PSJá meteu o filho e a nora a trabalhar na Câmara
CGTP anuncia manifestações, greves e plenários para quinta-feira
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