(cliquem nas fotos para aumentar o tamanho)
Todas estas imagens foram captadas ontem num passeio a pé da Praça S. João Baptista até Cacilhas.
Com as obras do MST, o principal eixo viário de Almada está transformado num estaleiro. Apesar de terem garantido (autarquia e concessionária), quer aos residentes quer aos comerciantes (que enfrentam uma das piores crises do sector), que o avanço do projecto no interior da cidade seria por fases/troços delimitados pelas rotundas existentes (ou seja, primeiro a Av.ª 25 de Abril, depois a Afonso Henriques e a seguir a D. Nuno Álvares Pereira) o certo é que, embora não tenha começado tudo em simultâneo, é verdade, não foi respeitada esta informação/promessa e a confusão está instalada no coração urbano de Almada.
Não sou contra o MST como alguns podem julgar. Considero-o um meio de transporte bem mais confortável e amigo do ambiente do que os autocarros e gostaria de ter uma cidade menos poluída, com espaços para os peões passearem à vontade. E tenho consciência de que qualquer mudança deste nível implica custos (não só económicos) mas, também, arrasta incómodos físicos. Há que ser compreensivo e perceber que, findas as obras, existem condições para uma real e significativa melhoria da qualidade de vida da população. É preciso perceber que as vantagens a obter valem os sacrifícios do presente, etc. e tal... Mas para que tal fosse encarado como uma certeza tinha sido necessário prevenir uma série de situações que não foram devidamente acauteladas, ou foram-no de forma deficiente, como o caso dos estacionamentos ou os reflexos no comécio local.
Por isso a contestação cresce, sobretudo junto daqueles que se sentem mais atingidos e prejudicados (moradores e comerciantes das ruas afectadas), não querendo com isso significar que estejam contra o MST. Estão sim, revoltados com a maneira como todo o processo tem vindo a ser conduzido e, em particular, com a desinformação constante e a inexistência de alternativas que minorem os efeitos colaterais.
Como sabemos, alterar hábitos e mudar mentalidades é um desafio difícil de concretizar e precisa de muita diplomacia, além de uma gestão autárquica transparente e que não use a demagogia e a mentira como instrumento de poder, para que os cidadãos arrisquem confiar num futuro que não se conhece e acreditem que não são as amarras do passado que lhe trazem segurança mas sim a capacidade de ousar ir em frente.
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