segunda-feira, 23 de outubro de 2017

E em Almada qual irá ser a disponibilidade do BE?

 A propósito do comunicado do BE – Seixal de dia 18 de outubro, escrevi no Facebook:
«Em Almada, no mandato 2009-2013, em situação semelhante, o BE optou por, publicamente, não apoiar a CDU.
Todavia, nos "bastidores" acabou sempre por viabilizar não só os vários planos e orçamentos como todas as outras propostas apresentadas nas reuniões do executivo.
Foi, à época, uma atitude algo "desonesta" e que ninguém compreendeu (face ao que tinha sido a campanha eleitoral e aos objetivos preconizados) e por isso, no mandato seguinte (2013-2017), sofreram as consequências: perderam o mandato na vereação...
Pelo menos este é um comportamento mais transparente, muito embora devessem ter colocado essa hipótese previamente, prevendo um cenário deste tipo, para que os eleitores votassem em consciência.
Cá por estas bandas (de Almada) a CDU sempre preferiu acordos pós-eleitorais com o PSD (houve vários em mandatos anteriores ao nível das freguesias, com partilha de cargos nos executivos respetivos) nunca tendo mostrado qualquer vontade de se "coligar" com o BE.
Não conheço a realidade do Seixal (isto da política autárquica, por vezes, tem mais a ver com pessoas do que com ideologias), tão pouco se, como já acontecia em Almada, a população dava indícios de estar farta da forma prepotente como a CDU vinha a governar o concelho, negligenciando certas práticas de boa gestão... mas esta predisposição do BE para facilitar a vida à CDU, sobretudo depois do que Jerónimo de Sousa disse do BE nos últimos tempos (considerando-o como um dos principais culpados pelo desaire eleitoral sofrido pelos comunistas), deixa-me apreensiva e, confesso, também desiludida.»


E sobre o conteúdo deste segundo comunicado, de dia 20 de outubro, voltei a escrever o seguinte:
«Mas do que é que estavam à espera?
Depois do resultado das últimas autárquicas, sendo o BE o "bode expiatório" que a CDU utilizou para limpar as culpas próprias e o PDS o aliado preferencial dos comunistas (e de longa data a julgar pelo exemplo de Almada com os acordos pós-eleitorais nas freguesias que duraram vários mandatos), pensar que se manteriam as condições do mandato anterior ao nível da distribuição de pelouros foi mesmo ingenuidade dos bloquistas...
Não aprenderam nada, de facto: nem CDU nem o BE.
Mas existe algo que me intriga: estaria o BE a pensar estender o acordo à entrada nos órgãos colegiais das freguesias? É que, com o nível concelhio só existem dois órgãos autárquicos: a câmara e a assembleia municipais. Ora se a CDU aceitava a participação do BE nesses órgãos, o que é que fez gorar a negociação?
E no mandato anterior, o que é que foi o BE para a CDU no Seixal? A flor na lapela que agora se recusa a ser? Terá havido acordo escrito? Ou a exigência atual é o resultado de "gato escaldado..."?»


Pouco mais haverá a acrescentar ao que acima fica dito embora muito possa ser lido nas entrelinhas. Como “para bom entender meia palavra basta” e estas são muito mais do que uma metade, fico-me por aqui, não se antes deixar a pergunta:  E em Almada qual irá ser a disponibilidade do BE?

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