sábado, 3 de março de 2012

Que quer a CDU afinal?


Criaram a Plataforma 235. Organizam manifestações.
Andam em campanhas inflamadas, em particular aqui no concelho de Almada, colocando faixas negras contra a extinção nas juntas de freguesia cujos executivos lideram.
Dizem-se uns acérrimos defensores da democracia local que está ameaçada por este "golpe constitucional" que é a reforma proposta pelo Governo.
Em várias Assembleias Municipais e de Freguesia os seus autarcas aprovaram as moções que o BE apresentou a favor dos referendos locais nesta matéria da delimitação das freguesias.
No entanto, na Assembleia da República, PCP e Verdes votaram ontem (sexta-feira) contra a proposta do BE de se realizarem referendos locais e a possibilidade de termos, de facto e de forma efetiva (vinculativa) as populações a participarem no destino da sua terra (manutenção, agregação, fusão, extinção, criação... seja lá o que for, que se queira fazer aos limites geográficos da sua comunidade).
Afinal, o que quer a CDU? Quer por uma "elite" (eles... ou seja, o Partido) a decidir sem a participação dos interessados? Porque temem o resultado da efectivação da verdadeira democracia local?
Parece que passar da teoria à prática é um passo que a CDU não consegue dar... Porquê? Que tipo de democracia local defendem, então? Era bom que se explicassem…

3 comentários:

Anónimo disse...

O que eles querem é fazer em tudo o mesmo que estão a fazer com a água.
Por um lado trazem as tropas na rua a combater a privatização, por outro estão nas costas a criar uma empresa intermunicipal para "plantar" a malta do aparelho em lugares de gestão (quem sabe os próximos desempregados!).
A lógica vai ser "uma empresa privada com comunistas na administração já é publica !". Faz algum sentido?, não, excepto na cabecinha de otários depois de sujeitos a sessões continuas de lavagens cerebrais.

Anónimo disse...

querenseguialdrando.pt

Churchill disse...

Anónimo
Realmente não se compreende como é que a AIA está há alguns anos a preparar uma revolução na produção de água da península de Setúbal, através da criação de uma empresa (de direito privado) intermunicipal, onde vão colocar na administração e direcções os autarcas em final de mandato, assim como as clientelas que os acompanham (Ramiros e afins), e a maioria das pessoas acha que está a defender a água pública!
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Não será preciso ser muito iluminado para perceber que o PCP já interiorizou que as próximas autárquicas vão ser uma razia, e antes disso querem já assegurar alguns lugares, e o domínio da gestão de um recurso essencial.
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Nos próximos meses vão concerteza acelerar a manipulação do fantasma da privatização, como se a agua fosse aumentar para o dobro do custo (isto em câmaras que cobram sempre o máximo de IMI e IRS possível!), ou se fossem cortar o abastecimento.
Não vai ser difícil ter tropas, pois pelos serviços camarários não faltam penduras agarrados aos tachos, cuja utilidade só é compreendida pelos próprios.
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Cavalgando a onda da crise, a solução CDU de deixar tudo como está ou então fazer ainda mais divida e não pagar, é uma jóia.

Até já

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