quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Afinal vai ser pública!

O Partido Socialista, em "boa hora", protestou contra o secretismo com que a CDU pretendia discutir a adjudicação, por ajuste direto, da conclusão das obras da Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, como aqui noticiámos.
Perante a aparente aceitação tácita dos restantes partidos da oposição à realização de uma reunião extraordinária da Câmara Municipal à "porta fechada" (não pública, portanto) o PS reagiu (e bem) com a emissão de um comunicado que circulou via correio eletrónico e assim chegou até nós.
De imediato nos  questionámos: o que é que a Câmara Municipal de Almada tem a esconder para proceder dessa forma tão pouco transparente? e publicámos o artigo de 22-01-2012.
E, atentos às declarações da senhora vereadora do Urbanismo (Amélia Pardal) no início de Dezembro de 2011, estamos bastante curiosos sobre quais vão ser as explicações para o que sucedeu com esta empreitada.
Congratulamo-nos por, afinal, a CDU ter recuado naquele intento e a reunião ir ser pública: realiza-se hoje (4.ª feira), pelas 18h. E se a divulgação que fizémos, na blogosfera e nas redes sociais, ajudou... ainda bem!
Não sabemos se vai haver discussão séria (útil), alguma explicação adicional, informação complementar ou coisa que o valha. Ou sequer se entre a provável troca de argumentos entre a CDU e a oposição (com, quiçá, muita demagogia à mistura, algumas imprecisões e omissões quanto baste por parte dos vereadores executivos), o público irá mesmo perceber o que se passou com a empreitada anterior e ficar a saber os meandros desta adjudicação. Pena é que nada disto fique registado em ata pois ao que tudo indica este é dos poucos municípios do país que neste campo (entre outros que não importa agora referir) não cumpre a lei das autarquias locais (aliás, nunca cumpriu - a este propósito leiam os artigos de 28-05-2010, 30-05-2010 e 02-06-2010).
De lamentar a passividade dos vereadores da oposição que, pese embora algumas posições pontuais, foram sempre deixando passar "em branco" esta questão (de o executivo não dispor de atas elaboradas conforme a lei)  por a considerarem de menor importância esquecendo-se, todavia, que além de este ser um procedimento ilícito, ficam assim "branqueadas" todas as intervenções, em particular as do público. A quem convirá esta situação? 

3 comentários:

soliveira disse...

" A quem convirá esta situação? "

A quem convém a dependência?
A quem convém a pobreza?
A quem convém o desemprego?
A quem convém a ignorância?
A quem convém o sigilo?

A dependência convém a quem tem o poder de disponibilizar a cunha.

A pobreza convém a quem tem o poder de disponibilizar o assistencialismo.

O desemprego convém a quem tem o poder de cedência de habitação social.

A ignorãncia convem a quem pretende continuar no poder.

O sigilo convém a quem não quer prestar contas sobre o uso dos meios públicos.

Anónimo disse...

E isso tudo convém ao PCP, porque assim tem mais adeptos

Anónimo disse...

Miséria total. Logo no início da obra, quando ainda se tinha feito apenas a parte de acesso à Rua Carvalho Freirinha, cedo se percebeu que a empresa (Artemisia do grupo Edifer) não tinha condições para continuar com a obra. Porque é que nesta altura não se tomou a medida que se está a tomar agora? Porque é que os responsáveis da obra, C.M.A, sempre falaram da necessidade de um novo concurso público em vez da adjudicação directa especial que vão fazer agora?! Enganaram todas as pessoas, moradores e comerciantes! E agora quem vai indemnizar as perdas resultantes do atraso das obras? Desta vez o único dono de obra é a C.M.A. Esperemos que o Deputado Bruno Dias, também seja tão pro-activo em culpabilizar o dono de obra agora como foi em relação ao dono de obra do MST...Ou se calhar agora já não interessa...

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