«A vivência em
sociedade surgiu devido às necessidades de sobrevivência humanas. Para além
disso, os homens só podem ser felizes vivendo em sociedade.
A cidade faz
parte do Homem, porque ele é um ser de natureza social. O insocial ou está
muito acima do Homem (Deus) ou muito abaixo (animais). O Homem é diferente dos
animais que também vivem num determinado sítio em comunidade, porque é capaz de
comunicar muito mais do que apenas a dor e o prazer. Só ele tem o sentido do
que é justo e do que é injusto, do que é bom e do que é mau.
A sociedade
está na base da família e do indivíduo, porque as pessoas só se constroem e se
tornam autónomas na relação com os outros. As pessoas só surgem dentro da
própria comunidade. O homem é um animal político, porque é da sua natureza
viver em sociedade. O que distingue a sociabilidade humana da sociabilidade
animal é a linguagem, esta permite a identificação do bem e do mal, do justo e
do injusto.
A sociedade e a
política tem como função aplicar a ética, portanto é óbvio que é essencial que
respeitem os valores éticos, visto que se isto não acontecer não será possível
as pessoas serem felizes. Eles permitem aos indivíduos realizar-se e viver como
pessoa
O Direito é o
conjunto de regras, normas ou leis que regulam a convivência social dentro do
Estado; ele é, em suma, o ordenamento jurídico do Estado. E a sua existência
justifica-se pela sua finalidade: dirimir e tentar resolver pacificamente os
conflitos entre os indivíduos e os grupos sociais e promover o bem comum da
sociedade. As normas jurídicas têm de possuir as seguintes características, que
as diferem das normas sociais: racionalidade, reciprocidade, universalidade,
publicidade, validade e coercibilidade.
O Estado de
Direito é inseparável dos regimes democráticos: os únicos que respeitam o
homem, a pessoa humana e os seus direitos fundamentais.
A política é a
ciência (porque exige o uso da inteligência e de um método, exige conhecimento)
e a arte (porque requer sensibilidade e imaginação) da governação e direcção
dos Estados. Tem um carácter profundamente realista: o regime político (mais
desejável) é aquele que, procurando servir a totalidade das áreas relacionadas
com o ser humano e todo o homem, melhor se adapte, aqui e agora, às realidades
de um povo ou de uma comunidade. A política deve ser parte integrante da
realidade do dia-a-dia.
Por isso ela
exige necessariamente uma reflexão filosófica, uma ética, visto que apenas ela
pode indicar os princípios racionalmente válidos e universalizáveis susceptíveis
de fundamentar a razão humana. Inclusive os filósofos gregos não distinguiam
ética de política.
É a política
que cria o Direito e este deve ser justo: por isso exigimos regimes políticos
legítimos, eticamente fundamentados e orientados. Apenas os regimes
democráticos, e mais especificamente os regimes democráticos participativos,
preenchem esta condição. A democracia é o governo do povo, pelo povo e para o
povo.»
Patrícia
Silva, estudante da Escola Secundária Domingos Rebelo - S. Miguel, Açores
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