sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A super-mulher!




No passado dia 27 de Julho do corrente ano, foi publicado no Diário da República, II Série, n.º 144, o Aviso n.º 14.818/2010, de 16-07-2010, da Câmara Municipal de Almada, para divulgação pública das “listas unitárias de ordenação final dos candidatos aos procedimentos concursais” para os postos de trabalho na categoria de técnico superior nas áreas de Antropologia, Comunicação Social, Filosofia, História de Arte, entre outros.

Até aqui nada de mais, não fosse ter acabado por reparar que a única candidata aprovada no concurso para provimento de um lugar de técnico superior de comunicação social, fora também admitida aos concursos atrás citados (ou seja, considerada pelo júri como satisfazendo todos os requisitos de admissão – presume-se que um deles fosse o habilitacional).

Mas, a capacidade desta super-mulher não se fica por aqui. Se consultarmos a “relação de candidatos admitidos” ao procedimento concursal para técnico superior (botânica), lá está ela, considerada apta ao desempenho das referidas funções pelo júri que a admitiu.

Resumindo: esta candidata consegue ter habilitações suficientes para exercer actividade em áreas tão distintas como a botânica, a antropologia, a comunicação social, a filosofia e a história de arte, o que não deixa de ser um fenómeno.

Analisemos, agora, mais em pormenor, o concurso para técnico superior de comunicação social, aquele em que a super-mulher foi a única candidata aprovada e que virá, portanto, a ocupar o lugar disponível.

E quais foram as causas da exclusão dos restantes candidatos? Terem faltado ao “exame escrito” ou terem obtido classificação inferior a 9,5 valores. E, todos eles, à excepção da única vencedora, a super-mulher claro!, tiveram notas entre 0 e 8 valores.

Uma desgraça completa, apesar de entre aqueles que “chumbaram” na prova escrita haver um Mestre em Ciências da Comunicação, e que foi só o melhor aluno do seu curso tendo sido até aconselhado a frequentar um doutoramento numa universidade no estrangeiro (para o qual possui carta de recomendação) como forma de reconhecimento do seu mérito.

Mas, evidentemente, em competição com a super-mulher, só poderia mesmo ter sido ultrapassado, como veio a acontecer. Não concordam?

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E que fique aqui publicamente expresso que nada me move contra a senhora (que não conheço de lado nenhum) e nem sequer é ela o alvo desta minha ironia. Apenas pretendo colocar em dúvida, isso sim!, a capacidade de avaliação dos júris destes concursos, que fique bem claro, e lançar a suspeita, legítima face aos elementos apresentados (que são factos e não invenções), sobre a seriedade com que estas selecções são feitas.

10 comentários:

Satanaz disse...

Caros leitores do Infinito's em rigoroso exclusivo vou deixar aqui a formação dos júris para cada concurso:
Prsidente: 1ª Voz da Dona
1º Vogal: 2ª Voz da Dona
2º Vogal: 3ª Voz da Dona
1º Vogal Suplente: 4ª Voz da Dona
2º Vogal Suplente: 5ª Voz da Dona
A 2ª Voz da Dona substituirá o presidente em todos os seus impedimentos.

Anónimo disse...

Inacreditavel, so pode ser a Emili

Patrícia disse...

Cara Ermelinda: na CMA não existem só super mulheres em procedimentos concursais, também têm super homens! Inclusive jovens recém formados, sem nenhuma qualificação profissional, que ultrapassam sempre os funcionários da autarquia que adquiriram formação superior enquanto funcionários, mesmo os que já detinham experiência profissional no sector privado e altamente qualificados nas funções em causa! O que não se entende é porque é que os Partidos Políticos de Almada receiam levantar estas questões publicamente! Os escândalos e atropelos são de variadíssima ordem e índole (ligações familiares e outras)! Vejam o processo do IGAL à CMA e avaliem mais uma super mulher chamada Catarina Freitas, com ligações muito próximas à Presidente de Câmara (diríamos…familiares)! Informem-se e façam as vossas avaliações (como poderão ver, dura há muitos anos este regabofe)! E Tribunais não existem (aguardam que a Justiça se exerça e acabam por arquivar) a não ser o que a Presidente da Câmara de Almada quer e manda!
Não concorda? Vá para Tribunal!
E Oposição na CMA, nada... Comissão de trabalhadores da CMA, nada e trabalhadores da autarquia com os seus futuros amordaçados... pior do que no tempo da “outra senhora”…

Anónimo disse...

Bom, parece que D. Minda me “condenou” a ter que dividir em duas partes os comentários que aqui deixo ao que ela escreve. Mas assim tem que ser ...

Parte I

D. Minda está a ultrapassar todos os limites do admissível! Agora já nem sequer hesita em usar a manipulação mais grosseira da informação disponível para intentar atingir os seus objectivos de autêntica perseguição de características e contornos profundamente pidescos à CM Almada.

O post que D. Minda intitula “A super-mulher” é uma pura mistificação da realidade, maldosa e mal intencionada. Mentindo com quantos dentes tem na boca, D. Minda insulta, calunia e difama de uma só penada Directores Municipais, Directores de Departamento, Directores de Projecto e Chefes de Divisão da Câmara Municipal de Almada, e naturalmente a própria administração municipal, com uma desfaçatez e um à vontade que, de facto, cheira mal, muito mal!

Vamos então demonstrar como D. Minda é mentirosa e não olha a meios para tentar atingir os seus objectivos mesquinhos:

1. A “super-mulher” do título do post é uma cidadã que concorreu a cinco procedimentos concursais comuns lançados pela Câmara Municipal de Almada, a saber: Técnico Superior (Comunicação Social e Cultural), Técnico Superior (Antropologia), Técnico Superior (Filosofia), Técnico Superior (História de Arte) e Técnico Superior (Botânica). Esta cidadã logrou classificar-se em primeiro lugar num desses processos concursais – o primeiro que refiro. Com ela, mais 55 candidatos concorreram aos cinco procedimentos – por isso temos mais 55 “super-mulheres” e “super-homens” (não é difícil confirmar que são 55 super candidatos na tese de D. Minda. Basta percorrer as listagens de candidatos disponíveis em http://www.m-almada.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=conc_pub_detalhe&concurso_titulo_qry=BOUI=18871331&conc_pub_desc_qry=BOUI=18871331&lista_concursos_qry=categoria=18871331&lista_concursos_page=1. Esta a primeira mistificação de D. Minda. Aliás, D. Minda esqueceu-se injustamente (porque terá sido?) que haverá outra “super-mulher” neste conjunto de procedimentos concursais: a cidadã que ficou classificada em primeiro lugar no procedimento para Técnico Superior (Antropologia) também apresentou candidatura aos cinco procedimentos concursais. A D. Minda, no entanto, ignorou essa “super-mulher”... (continua)

Anónimo disse...

Parte II
(continuação)

2. A segunda mistificação assenta numa absoluta falsidade, que constitui o tal insulto gratuito e reles aos dirigentes municipais que integraram os júris dos procedimentos a que nos referimos, insulto que refiro atrás. Os júris não aceitaram nem deixaram de aceitar os candidatos que se apresentaram. Os júris, nos termos do aviso de abertura publicado em Diário da República e na Bolsa de Emprego Público (http://www.m-almada.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=conc_pub_detalhe&concurso_titulo_qry=BOUI=18871331&conc_pub_desc_qry=BOUI=18871331&lista_concursos_qry=categoria=18871331&lista_concursos_page=6) limitaram-se a observar os procedimentos determinados por esse aviso oficial. É que para todas as situações, as habilitações literárias exigidas eram a licenciatura, uma licenciatura qualquer em qualquer dos casos. Apenas se refere como preferencial a licenciatura na área de estudos específica do respectivo procedimento (ponto 9.3 do aviso de abertura). Ora preferencial não significa eliminatória. A selecção dos candidatos mais habilitados ao exercício concreto das funções a que se candidatavam era feita, sempre nos termos daqueles avisos de abertura, pelas três provas as que os candidatos teriam que se submeter no âmbito do procedimento, todas elas também eliminatórias. Por isto, D. Minda mente, deturpa, mistifica e insulta gratuitamente muitos dirigentes responsáveis e competentes do Município de Almada, e lança suspeições inaceitáveis sobre o funcionamento em geral dos serviços da Câmara Municipal de Almada.

3. Terceira mistificação: a classificação da prova de conhecimentos específicos do procedimento concursal para Comunicação Social e Cultural. Aqui a D. Minda é mesmo rasteirinha de todo, qual cascavel venenosa. Utilizando um estratagema de manipulação pura, D. Minda esconde a verdade para chegar ao que a preocupa: ao candidato, pelos vistos esse sim, protegido mas de D. Minda. A prova de conhecimentos específicos, a primeira das três provas previstas para todos os candidatos, teve as matérias que seriam objecto das questões a responder publicadas em Diário da República, como determina a lei (ponto 6.1. do aviso de abertura). Todos os candidatos sabiam – e basta consultar o aviso de abertura do procedimento – que não bastavam os seus eventuais conhecimentos científicos na área a que se candidatavam, por muito profundos que fossem, para ter êxito garantido naquele procedimento concursal. Não, porque as matérias a abordar não se resumiam a esse conhecimento científico. Por isso, o argumento de que um dos candidatos até é mestre, até foi o melhor do seu curso, até tem carta de recomendação para fazer o doutoramento no estrangeiro, é absolutamente falacioso, e só serve para suportar a calúnia e a difamação que D. Minda aqui vem fazer. Ou D. Minda é tão elitista ao ponto de pensar que ser doutor, como antigamente, é passaporte seguro para tudo e mais alguma coisa? Será que é assim, D. Minda?

4. Última mistificação (porque já estou cansado e enjoado de tanta irresponsabilidade, falsidade e mentira): aquilo que D. Minda aqui nos vem dizer, ela própria qualifica como factos a terminar o seu escarro. Serão mesmo factos? Não me quer parecer. São, isso sim, elaborações mentais maliciosas e delirantes da D. Minda, que toma a ficção em que se deixou cair por despeito e ódio puro e simples contra a CM Almada pela realidade, e depois vem aqui e faz esta figura tristíssima. Se fosse comigo, aquilo que D. Minda escreve neste post ia parar aos tribunais. Ai se ia! Porque como já disse em anteriores ocasiões, estes espaços têm que ser espaços de liberdade, mas não podem ser espaços de impunidade.

Anónimo disse...

O cachorro (Anónimo) de serviço late muito esganiçadamente...falta-lhe ar?

assim, se v^ disse...

Este cachorro que não tem outro nome, fala assim tão bem, comunista não pode ser, porque comunista no meu tempo ia trabalhar cedo,é um menino burguês, que se assume agora como comuna, para defender o tacho que tem de 3000 aerious. Vá dar banho ao cagado. Vá trabalhar, deixe a Minda em Paz. A Câmara de Almada, ao nível de técnicos superiores são familias inteiras,e no seu caso sabe muito bem....

Minda disse...

Satanaz:

Se não é assim, fazem tudo para que pareça que seja.

Minda disse...

Anónimo de 6-8, 18:57

Essa é outra, sim.

Minda disse...

Patrícia:

Compreendo, perfeitamente, a sua revolta.
E concordo consigo quando se admira por não haver envolvimento dos partidos da oposição, nomeadamente ao nível da vereação.
O que, contudo, não é bem verdade, na medida em que o BE tem vindo a denunciar uma série de situações, inclusive à IGAL. E eu própria, como pode verificar nos arquivos deste blogue e n’ “O meu diário na Assembleia Municipal de Almada” tenho tido uma intervenção activa nesta matéria.
Mas permita-me que pergunte também: e os sindicatos? Qual é o papel deles? O que têm feito? Parece-me que, infelizmente, que se saiba, NADA!

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