sábado, 21 de agosto de 2010

Palavra de Presidente... As inspecções!

«…quando chega uma inspecção à Câmara Municipal, nós entendemos que as Inspecções têm, devem ter uma função pedagógica, devem ter uma função no sentido do aperfeiçoamento dos serviços que os trabalhadores põem em prática, é assim que entendemos. E naturalmente também sancionatória quando encontram motivo para sancionar.

Portanto, a Presidente da Câmara quando é posta perante um Relatório sistematicamente faz um despacho para os serviços onde diz: “tenham-se em consideração, recomendações do ponto de vista da execução administrativa”, e é isso que se coloca, também pode colocar questões sancionatórias, na nossa Câmara nunca houve, mas questões administrativas, naturalmente podem-se colocar, mas também as Inspecções não são senhoras da razão absoluta.

Também há pontos de vista diferentes entre técnicos, inspectoras e técnicos profissionais da própria Câmara que também entendem que a Inspecção por ser Inspecção não tem a razão absoluta em todas as matérias. E por isso também há questões que não se aceitam, e há questões que se diz “vejam, aperfeiçoem, etc.” e é disso que se trata nesta Inspecção.

(…)

Portanto, meus queridos senhores, naturalmente nós temos muito respeito pelas Inspecções, nós não pomos em causa o trabalho das Inspecções, nós políticos dizemos aos serviços: meus senhores analisem, aperfeiçoem, etc., mas também aceitamos que os nossos serviços tenham pontos de vista diferentes e têm-nos, e não são obrigados pela Inspecção a fazer de outra maneira, porque não são. Nem a Inspecção pode obrigar, a não ser que hajam questões de ilegalidade


Palavras da senhora Presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, na reunião da Assembleia Municipal de Almada de dia 28 de Setembro de 2007, a propósito do Relatório da acção inspectiva realizada pela Inspecção-Geral de Finanças ao município.

4 comentários:

EMALMADA disse...

É corrente a Presidente da Câmara, quando as coisas não lhe agradam, insultar tudo e todos, colocar-se acima de todos. É caracteristico nos ditadores/as.
Viu-se nos fóruns de convocação MST e vê-se nas Assembleias municipais ou em qualquer lugar onde usa do verbo e prega grandes secas ao pessoal, quando têm pachorra para a ouvir.
Ler as intervenções dela nas actas da Assembleia Municipal é ler uma antologia do "melhor" português.
Debita palavras que não constroem frases mentalmente estruturadas.
Daí serem as suas intervenções estilo "pescadinha-de-rabo-na-boca".

Anónimo disse...

Quem não sente vergonha é porque não tem vergonha. É mau, mesmo muito mau, para a democracia e para todos nós.
Este o tema da crónica de opinião de Luís Campos e Cunha, publicada no jornal “Público” do passado dia 20.
Transcrevo algumas passagens:
“Há muita gente com vergonha da falta de vergonha que por aí impera. A vergonha é um dissuasor de comportamentos sociais pouco éticos. A falta dela conduz ao “vale tudo”, e cada um de nós fica a saber que a simples chamada de atenção pública para um problema não é suficiente. Ou seja, ficamos impotentes perante a falta de vergonha, pois não basta denunciar as situações”.
“Penso que Portugal era menos corrupto há dez ou quinze anos do que é hoje em dia. Aliás os indicadores internacionais de percepção da corrupção colocam neste momento Portugal numa situação vergonhosa. Por falta de vergonha de muitos agentes políticos”.
“A justiça e a comunicação social têm um problema sério. E nós temos um problema grave. O poder, em sentido lato, é dominado crescentemente por pessoas que não sentem nem têm vergonha. Os que ainda têm vergonha terão vida política curta, no actual estado de vivência democrática”.

Minda disse...

EmALmada:

Tem toda a razão.
Vou fazer uma compilação dos melhores momentos... ainda vai sair uma obra-prima.

Minda disse...

Anónimo de 21-8, 14:53

Exactamente.
No caso da Presidente da CMA falta-lhe mesmo a vergonha. Assim como aos responsáveis políticos da CDU e a muitos dos dirigentes da autarquia.

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