«A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro-me logo da frase, que hoje se tornou absolutamente clara.
Se eu fiz bem o meu trabalho, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me venha acusar de desamor, preciso de explicar o que significa isso.
Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque o vício e a dependência dos filhos, como uma droga, ao ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar o seu próprio rumo, fazer as suas escolhas, superar as suas frustrações e cometer os seus próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lídia Aratangy no artigo 'maternidade, liberdade, solidariedade'.
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é de ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe solidários - criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser 'desnecessários', transformamo-nos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.»
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro-me logo da frase, que hoje se tornou absolutamente clara.
Se eu fiz bem o meu trabalho, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me venha acusar de desamor, preciso de explicar o que significa isso.
Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque o vício e a dependência dos filhos, como uma droga, ao ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar o seu próprio rumo, fazer as suas escolhas, superar as suas frustrações e cometer os seus próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lídia Aratangy no artigo 'maternidade, liberdade, solidariedade'.
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é de ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe solidários - criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser 'desnecessários', transformamo-nos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.»
Autor desconhecido
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