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Tudo está preso por um fio
Não sei se é já amanhã que quebra
Como não sei se é de seda ou pedra
Ou se de alguma Força anda ao arrepio.
Se quebrar, que seja noite fora
E que eu não esteja a dormir
Não para não ter tempo de fugir
Mas para ver tudo como agora.
Haja o que houver, estarei lá
De pé, mesmo sozinha, nessa arena
E cantando o último dos versos.
Na segunda linha, clave de fá,
Escrita a azul com delicada pena
Pauta de muitos sons dispersos.
Não sei se é já amanhã que quebra
Como não sei se é de seda ou pedra
Ou se de alguma Força anda ao arrepio.
Se quebrar, que seja noite fora
E que eu não esteja a dormir
Não para não ter tempo de fugir
Mas para ver tudo como agora.
Haja o que houver, estarei lá
De pé, mesmo sozinha, nessa arena
E cantando o último dos versos.
Na segunda linha, clave de fá,
Escrita a azul com delicada pena
Pauta de muitos sons dispersos.
Almerinda Teixeira, em A solfa no sótão, Multinova – União Livreira e Cultural S. A., 1ª edição, Novembro de 2008
Nota da minha amiga (a autora) que a acrescentou em complemento do seu bonito soneto que hoje aqui vos deixo:
Poema escrito há cerca de 3 anos, mas na minha mente já desde "os loucos anos 90" que ele andava por lá.
Não percebo: muito se dorme, parece que a crise foi de geração espontânea, que caiu entre os pingos da chuva tendo-se formado de repente.
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