sábado, 17 de janeiro de 2009

Mas em que país estamos nós?

A Praça do MFA (antiga Praça da Renovação, como ainda hoje é conhecida), no centro de Almada, foi ontem palco de um acontecimento insólito (insólito sim - porque, felizmente, nunca tinha acontecido nada parecido depois do 25 de Abril de 74) e a fazer lembrar o tempo da ditadura fascista (salvo, no entanto, as devidas distâncias).
Imagem retirada DAQUI

No coração da cidade, faz agora parte integrante da designada ZONA PEDONAL. Supostamente, um lugar para as pessoas passearem e conviverem...



Imagem tirada DAQUI
Todavia, quando um grupo de cidadãos resolveu, ontem a partir das 16h, manifestar-se contra o facto daquele ser um espaço bastante inseguro, devido a continuar a ser uma via de atravessamento automóvel (carros particulares, táxis e autocarros passam por ali, por vezes, a velocidades muito superiores às permitidas - dizem "eles" que é só a 10 km/hora... não é anedota não, está escrito no placar à entrada deste "parque de atropelamentos" ; fazem do local um parque de estacionamento e sei lá que mais...) o que é que acabou por acontecer?
Imagem tirada DAQUI
Pessoas agredidas gratuitamente, três das quais hospitalizadas (sendo que uma teve um traumatismo e ainda continua internada) e outras tantas encarceradas... SIM! Chama-se a isto repressão policial...
Imagem tirada DAQUI
E, afinal, o que é que estavam estas pessoas a fazer? Tirando uns cartazes como a primeira foto documenta, limitaram-se a fazer aquilo que muitos almadenses bem gostariam que fosse o uso a dar àquela praça: um local de reunião, de festa, de animação cultural com música e muita alegria... Um acto condenável, pois claro!
Fotografia tirada hoje, no mesmo local, às 9h30m
É que, ao que parece, estavam a impedir o trânsito de circular (??) e estavam a roubar espaço para os TST fazerem daquele lugar a sua garagem particular...
Fotografia tirada hoje, no mesmo local, pelas 11h30m
Regressados que são os autocarros à Praça do MFA, a tal que está na ZONA PEDONAL (será que pedonal quer mesmo dizer aquilo que todos nós pensamos que quer dizer?) a paz regressou à cidade, a polícia foi-se embora e os cidadãos andam de cabeça baixa (vergonha? medo? tristeza? o que será?). Mas que continuem com os olhos no chão é o que se quer, para que não vejam o que se passa à sua volta.
MAS, AFINAL, QUE PAÍS É ESTE?

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