domingo, 1 de junho de 2014

A minha pequena livraria


Acabei, agora mesmo, de ler este livro. Simples na escrita, mas eficaz na mensagem, ele transportou-me através do meu próprio desejo.
As palavras de Wendy tiveram o dom de me fazer sentir parte daquela livraria, como se eu integrasse, também, a comunidade de leitores que constituem a sua essência.
Através da leitura de cada parágrafo, viajei até aos Estados Unidos e ao virar de cada página encontrei-me no meu sonho, como se aquele espaço fosse o "Café com Letras" cujo projeto cultural eu idealizei na década passada mas que, por não ser a sua proprietária, não consegui implementar e transformar à minha imagem, terminando abruptamente em 2006.
Vivo rodeada de livros, o meu bem mais precioso (tenho centenas, quiçá milhares). Trabalho numa biblioteca há quase trinta anos rodeada de mais de 60.000 espécimes. Não sei viver sem estes que são, efetivamente, os meus melhores amigos.
Por isso, me senti tão bem nesta livraria. Obrigada Wendy. Obrigada Jack.
E estando eu a atravessar uma tão difícil situação profissional, sem receber vencimento há mais de sete meses consecutivos, farta da hipocrisia dos políticos que permitem o arrastar infindável desta injustiça (que a ineficácia dos tribunais acaba por permitir também), quem me dera poder abrir uma livraria como esta, retomar o projeto "Index Poesis", dinamizar os "Poetas Almadenses" e as suas sessões de "Poesia Vadia", e, finalmente, sentir-me feliz e realizada. 

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