quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sobre o dia de hoje...

Vamos lá pôr os pontos nos iis.

Toda esta crise foi causada pelo Capital, nomeadamente o capital financeiro.

No entanto, andam-nos a convencer que só o Trabalho é que tem de a suportar e resolver.

Aumentando o tempo dos descontos e prolongando a idade para a reforma.

Reduzindo os salários da Função Pública.

Reduzindo os subsídios sociais.

Aumentando os impostos sobre os trabalhadores e nunca sobre o Capital.

Ou seja, o capital pôs isto de pantanas e quem tem de pagar é o Trabalho.

Esta greve geral não foi uma revolução.

Esta greve geral não foi uma reivindicação.

Esta greve geral foi um grito de revolta contra esta situação.

Os defensores do statuo quo, como é evidente, arranjam desculpas para não contestar a situação. Vão lançando umas bocas num blogue que pensavam que só contestava o poder local…

Mas não, aqui no blogue também é contestado o poder central e o statuo quo, embora alguns anónimos não tenham reparado nisso, talvez porque se sintam do lado desse poder central, quer seja este ou o que venha a seguir…

Mas ao povo, saltou-lhe a tampa, e veio à rua. E o poder, seja este ou o que vier a seguir, tem que pensar nisso.

Manuel Barão

10 comentários:

Anónimo disse...

Este texto é da Ermelinda Toscano a fazer-se passar por Manuel Barão, ou do Manuel Barão a fazer-se passar por Ermelinda Toscano? Espelha a ideia de um, ou do outro? Ou dos dois? E este blog, passou a ser colectivo?

Só para todos sabermos. Nada mais ...

Anónimo disse...

eu não aderi à greve. é uma forma de luta. obrigar a CMA a pagar-me o dia. não devo não temo.

Somos 7 naquele serviço:
2 estão de férias;
1 de baixa medica;
3 aderiram à greve;
1 não aderiu (e foi trabalhar);

Qual é a percentagem de adesão?
acho que nem atinge os 50%, mas como não tenho licenciatura, mestrado ou doutoramento com toda a certeza não sei fazer contas...

Minda disse...

Anónimo das 8:25h

Para mim a greve é um direito mas deve ser assumido em total liberdade de escolha (optar por fazê-la ou não).
Embora eu tenha aderido, não o posso criticar por ter ido trabalhar.

Quanto à % de adesão, na minha óptica é de 75%. Porque apenas se devem contabilizar os trabalhadores que nesse dia deveriam estar ao serviço (logo, fica de fora os que estão de férias e de atestado). Assim, temos quatro trabalhadores. Sendo que três fizeram greve e um não, o que dá 75%.

Minda disse...

Anónimo das 7:08h

Realmente a sua inteligência é fenomenal.
Deve ser sobredotado... perguntas pertinentes as que apresenta! E fundamentais, atendendo ao conteúdo do texto.
Manuel Barão é Manuel Barão.
Ermelinda Toscano é Ermelinda Toscano.
Nem um nem outro precisam de se mascarar como outros que passam por aqui, em particular vossa excelência.
E neste blogue, meu caro, publica-se o que a Ermelinda Toscano quer e não o que a si lhe apetece. No seu blogue faz o senhor o que bem entende, que eu também não vou lá mandar em si.

Anónimo disse...

Fico esclarecido. Quanto mais baralhar melhor. Desde que corresponda ao que "a Ermelinda Toscano quer"!

Tem piada, eu também escrevo aqui o que quero. Só que você não gosta.

Eu apenas quis fazer piada ... você não entendeu. Paciência, se o seu sentido de humor anda tão por baixo, a culpa não será seguramente minha. Ou será?

Cristina Venâncio disse...

Para o senhor anterior que "quis fazer piada":

É assim que entende questões sérias como esta de fazer ou não greve? para si é tudo uma brincadeira? as coisas resumem-se a ter ou não ter sentido de humor? onde está a piada, afinal?

O ter ficado em casa com uma qualquer justificação, fingir que fez greve e ganhar o dia de ordenado? Será que é essa a sua piada?

Minda disse...

Cristina:

Pois é.

Por aqui há uns quantos senhores (e senhoras) que gostam de brincar ao carnaval. Mascaram-se a rigor e gostam de dizer umas piadas (sem piada nenhuma) e ainda querem palmas.

O melhor mesmo é não lhes ligar nenhuma. E eles que fiquem com o seu notável sentido de humor.

Anónimo disse...

Mas alguma vez passou pela cabeça de D. Ermelinda e de D. Cristina Venâncio que eu quisesse, melhor, tivesse algum interesse por menor que fosse, em discutir a greve geral com quem não percebe nada do assunto? Porque V. Exªs não percebem nada desse assunto. Absolutamente nada!

Nem o Manuel Barão, quanto mais! Não tinha mesmo mais nada que fazer, santa paciência!!!

O que me parece sério, mesmo a sério, é que D. Ermelinda não tenha ido fazer a ronda pelos portões fechados a cadeado nos serviços da Câmara Municipal de Almada durante a última Greve Geral, à qual fez questão de anunciar publicamente que aderia - portanto não foi por falta de tempo livre para fazer essa ronda, seguramente, que a não fez -, mas tenha ido fazer essa mesma ronda na Greve parcial anterior, à qual D. Ermelinda também fez questão de anunciar publicamente que não aderiu!

Isto é que é sério D. Ermelinda e D. Cristina Venâncio. Porque a questão é esta: se D. Ermelinda fala verdade quando diz que não aderiu à anterior Greve parcial - e quem sou eu para duvidar dessa verdade? -, então temos todos que acreditar que foi trabalhar para o seu local de trabalho que é em Lisboa.

Como D. Ermelinda tem isenção de horário de trabalho na qualidade de dirigente que é, é óbvio que até podia não aderir à greve, não pôr os pés no serviço, que nós pagar-lhe-íamos na mesmo o ordenado para ela ... poder ir ver portões fechados a cadeado na CM Almada. Não estaria a roubar nada a ninguém, como é óbvio ...

Mas o estranho - quiçá a incoerência - é que D. Ermelinda não tenha tido precisamente a mesma preocupação de procurar os cadeados às portas dos serviços municipais de Almada durante a última Greve Geral. Quando não tinha mesmo horário nenhum a cumprir.

Reparem bem: não coloco a questão da legalidade de coisa nenhuma. Coloco apenas a questão da honestidade intelectual da atitude de D. Ermelinda.

Cá para mim o que aconteceu foi que nem num caso nem no outro, D. Ermelinda foi ver o que quer que seja. A diferença é que na primeira greve interessou-lhe afinar pelo diapasão dos traidores aos trabalhadores e vai de publicar as ofensas e calúnias que publicou. Na segunda, como ela própria aderiu, obviamente não lhe ficava nada bem esse tipo de atitudes. A isto eu chamo total desonestidade intelectual!

E depois venha lá dizer que os meus comentários são provocações. Pois são, mas também são a verdade!

Anónimo disse...

Chegou a sumidade.
Licenciado em greves.
Com Mestrado em protestos populares.
Dotourado em manifestações de rua.
Todos na especialidade PCP/STAL, que os outros são traidores da classe trabalhadora.
Nem sei como é que a CGTP conseguiu estar ao lado desses facínoras.
Sua excelência reverêndíssima não aconselhou o coitado do Carvalho da Silva a não se chegar a essa gente? Ainda apanha o vírus da traição e depois é que vão ser elas.
ahahahaah
Mas que triste figura.

Minda disse...

Anónimo de dia 26, das 21:23h

Gostei imenso desse percurso académico. Trata-se, portanto, de um especialista. Claro que ao pé de alguém com este currículo ninguém pode falar de greves.

Mas era bom esclarecer algo que para quem diz falar a verdade foi um lapso imperdoável, abrindo uma brecha na sua suposta credibilidade: que no dia 20 de Setembro a greve foi parcial e apenas decretada pelo STAL pelo que os sócios do SINTAP não tinham de aderir (como é o meu caso), ao contrário da greve geral de dia 24 de Novembro à qual aderiram as duas centrais sindicais (CGTP e UGT) e, como é óbvio, teve a adesão do STAL e do SINTAP.

Também seria interessante essa personagem explicar se fazer greve deve ser encarado como um projecto de vida, um objectivo profissional, banalizando o seu efeito. E se a greve de dia 20 de Setembro tivesse sido convocada pelo SINTAP se ele, como sócio do STAL, a faria. É que ter dois pesos e duas medidas para analisar esta questão e esconder os dados principais é, de facto, um erro imperdoável para um especialista na matéria.

Tal como, para quem passa o tempo a fazer greves (para as estudar, obviamente) não pode entender que há quem mesmo tendo isenção de horário cumpre horário de trabalho e até com mais horas diárias do que aquelas a que está obrigado, em virtude de a entidade empregadora ter escassez de recursos (humanos e financeiros) e, por isso, há que ser polivalente e desempenhar várias funções. E que, para um serviço que funciona ininterruptamente das 8h às 18h tem de haver jornadas de trabalho diferenciadas (de manhã e de tarde) e quando um colega da tarde falta, para que o serviço não encerre tem de alguém da manhã ir assegurar o respectivo horário, e não havendo outra possibilidade essa tarefa cabe ao dirigente.

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