quarta-feira, 19 de maio de 2010

Que mal fizemos nós?




Congelam-nos o vencimento (não vão haver aumentos nos próximos tempos).
Cortam-nos no salário (através da subida da taxa de IRS levam-nos mais 1 a 1,5%).
Impedem-nos de receber prémios (estamos a falar do equivalente a uma remuneração mensal que pode ir de uns míseros 500€ - arredondando números – no caso dos assistentes operacionais a cerca de 3.000€ no caso dos dirigentes intermédios de 2.º grau, num universo de possíveis beneficiários que será sempre inferior aos 5% do total, pois nem todos os dirigentes os atribuem).
Mas que mal fizeram os funcionários públicos ao país? Será que fomos nós que provocámos esta crise?
E as “mordomias” que muitos políticos recebem (extra ordenado, como despesas de representação e outros subsídios)? Será que também as vão cortar?
E os salários e prémios milionários dos gestores públicos? Não sendo considerados trabalhadores do Estado ficam de fora. É justo?
E os senhores da “alta finança” e os “operadores bancários”, principais responsáveis pelo descalabro da economia, quem os penaliza? Que contribuição vai ser a sua para pagar a crise que originaram? Nenhuma! Mas que raio de justiça é esta?

2 comentários:

Anónimo disse...

Esqueceu-se (de propósito?) dos figurões que recebem altas reformas, digo, aposentações(!!!!) e continuam na vida activa.
Se já está aposentado, fique quieto e dê o lugar a quem não tem nenhum e bem precisa.
Se acha que pode ainda fazer alguma coisa, deixe ficar a "reforma" até se aposentar definitivamente.
Se gosta de trabalhar e já está reformado, faça-o em regime de voluntariado.
Fica-lhe melhor!
Assim será seguramente mais justo!

Minda disse...

Caro anónimo:

Este artigo é um muito breve apontamento sobre uma notícia de jornal. De modo algum pretendeu ser uma reflexão profunda sobre o tema em causa.

Por isso, não me esqueci de coisa nenhuma. Apenas não citei todos os exemplos, porque não era esse o objcectivo da chamada de atenção.

Além disso, existem muitos mais casos a acrescentar do que esses que acaba de citar, será que também os esqueceu de propósito????

Como, o dos pretensos prestadores de serviços que recebem chorudas quantias para executarem determinadas tarefas quando existem funcionários que as poderiam realizar (quiçá com muito mais qualidade e, com toda a certeza, por muito menos dinheiro... o seu vencimento, apenas).

Quanto ao resto do conteúdo do seu comentário, sinceramente, não o percebo: reformada, eu? Ainda me faltam muitos anos... por isso, "fica-me melhor" o trabalho voluntário? Mas que grande confusão... pretende que me retirem o ordenado? Será essa a sua ideia de justiça? (coisa estranha esta). Bem, alguns já pensam ficar-nos com o subsídio de Natal, mas chegar a esse ponto de "ordenado zero" só se me pagassem a casa, a alimentação, as deslocações para o emprego, as despesas de saúde, a roupa e o calçado, os encargos com a faculdade das miúdas, enfim...

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