Mil léguas de distância percorreste,
em mil espelhos enfrentaste
a imagem de que fugias,
mas em tua alma vias
mil cores que te abraçavam
que em mil danças te lançavam.
Contra mil lobos lutavas,
Mil vidas tu tiravas.
Sobre mil mares navegaste
em mil mundos procuraste
as mil faces que vestiste
sobre a face que não viste.
Em mil sonhos que não sonhaste
foi-se a vida que perdeste!
Sentir o toque do mar imenso
inundar o espírito,
purificar o ser,
como se de água fosse feita a alma.
Descer às profundezas
de um abismo de cor,
deixar de pensar,
exorcizar a dor,
deslizar lentamente
sobre um céu de mil prantos
e ser um só com o mar.
em mil espelhos enfrentaste
a imagem de que fugias,
mas em tua alma vias
mil cores que te abraçavam
que em mil danças te lançavam.
Contra mil lobos lutavas,
Mil vidas tu tiravas.
Sobre mil mares navegaste
em mil mundos procuraste
as mil faces que vestiste
sobre a face que não viste.
Em mil sonhos que não sonhaste
foi-se a vida que perdeste!
Sentir o toque do mar imenso
inundar o espírito,
purificar o ser,
como se de água fosse feita a alma.
Descer às profundezas
de um abismo de cor,
deixar de pensar,
exorcizar a dor,
deslizar lentamente
sobre um céu de mil prantos
e ser um só com o mar.
Este foi o primeiro poema do meu amigo António Boieiro que tive o privilégio de o ouvir declamar. Não sei explicar porquê, mas identifiquei-me, de imediato, com estas palavras e, confesso, emocionei-me tanto que até as lágrimas espreitaram dos meus olhos.
Com votos de um resto de bom fim-de-semana, aqui fica o poema Mil faces. A imagem é de uma obra de arte pública numa rua de Aveiro.
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