segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quinta do Almaraz / Ginjal

Recebi, e aceitei, o convite para ir assistir ao 3.º Fórum de Participação sobre a apresentação da "Visão Estratégica para a Quinta do Almaraz" que decorreu no sábado passado (dia 20) no auditório dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas.



Escutei com atenção a intervenção do Arq.º Samuel Torres e, na parte do debate, após me ter identificado como Ermelinda Toscano, residente em Cacilhas e membro da respectiva Assembleia de Freguesia, perguntei à Mesa da sessão, a qual era composta por, da esquerda para a direita, Arq.º Veríssimo Paulo, Vereador Jorge Gonçalves, Maria Emília Neto de Sousa (Presidente da Câmara Municipal), Arq.º Samuel Torres e Arq.º Paulo Pardelha:

Sendo esta uma visão estratégica, ela carece, necessariamente, de um plano que a concretize. Para quando está previsto o início desta segunda fase? Quantos mais anos teremos de esperar e continuar a assistir à degradação, nomeadamente, do Ginjal?

Todos sabemos que apesar desta ser a vontade do município, ela depende da intervenção dos privados para ser implementada o que torna impossível estabelecer um cronograma de execução da obra, que poderá levar décadas até à finalização desejada. No entretanto, não poderá a autarquia encetar algumas acções concretas, mesmo que provisórias, no sentido de possibilitar, por exemplo, o usufruto turístico do "campus arqueológico" da Quinta do Almaraz, uma importante valência cultural, única na área metropolitana, que se encontra completamente desaproveitada?



Qual terá sido a resposta? Vejam AQUI o que por lá se passou: resumo das intervenções do público, crónica de imprensa (no day after) e o discurso de encerramento da senhora Presidente da CMA.

Observem como Maria Emília fala, fala, fala, fala e pouco diz sobre o projecto da Quinta do Almaraz / Ginjal, afinal aquilo que levara algumas dezenas de pessoas a deslocarem-se até ao auditório dos BVC. Mais parece um comício de propaganda do regime onde tudo serve para enaltecer o papel do executivo municipal e mostrar como a razão só pode estar do lado de lá (do deles, como é óbvio).

E oiçam com muita atenção o "take" número oito: nele reside a chave do enigma… isto é, aí se desvenda o mistério de a partir de quando poderemos ver, no terreno, a concretização plena desta visão, como pensa a CMA actuar e de qual será o cenário de Cacilhas para os próximos anos. Se precisarem de ajuda basta deixar um comentário pedindo esclarecimentos que, ao contrário do que fizeram comigo, eu respondo a todos.

A terminar, ofereço-vos este slide-show com imagens da Quinta do Almaraz, capatadas a partir da varanda da minha casa. A par da beleza das imagens, oiçam a música: é de um grupo almadense, os In Tempus, um projecto de David Reis, e foi retirada do seu álbum Luna Sapiens.

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