quarta-feira, 2 de maio de 2007

A cidade do lixo II

E porque não há duas sem três, não resisti a, mais uma vez, vos trazer aqui as imagens da freguesia de Cacilhas, mais conhecida como a "lixeira de Almada". É triste, mas é esta a realidade, a "porta de entrada" para quem atravessa o rio, no nosso concelho. Um convite turístico de mérito, não acham? Com perfume e tudo, como devem calcular...


No Largo Alfredo Diniz, entre as 7h 20m (hora a que foi captada a primeira foto) e as 18h (no caso da segunda imagem) o lixo duplicou, o que quer dizer que era este o cartão de boas-vindas que os turistas tinham a recebê-los.


Na Rua Trindade Coelho, a situação melhorou um pouco em relação à dos últimos dias. Fez-se a recolha esta madrugada mas, por razões que desconheço, às 7h 15m os contentores já estavam, novamente, cheios. Como se os tivessem despejado e voltado a encher com o lixo que se encontrava nas imediações em vez de o carregar para o camião, também. Consequentemente, às 19h30m os sacos acumulavam-se no exterior.


Como vinha bastante cansada do trabalho, não fui percorrer todas as artérias da freguesia para ver o estado de limpeza destes contentores. Mas não resisti a passar pela Rua Comandante António Feio, a escassos metros da sede da Junta de Freguesia para ver como estaria o local. E o aspecto era o que se pode ver na fotografia acima.

Até pode ser a AMARSUL a responsável por esta deplorável degradação ambiental. Mas as autarquias (Câmara Municipal e Junta de Freguesia) não se podem demitir das suas funções de legítimas zeladoras da qualidade de vida da população como parece que, até aqui, tem vindo a acontecer.

E os cidadãos de Cacilhas quando é que começam a abrir os olhos? A cidadania constrói-se, nomeadamente, com a participação nos órgãos deliberativos autárquicos (assembleia municipal e de freguesia) para fazer ouvir as respectivas reivindicações. Porque "quem cala consente". Ou será que os cacilhenses já se habituaram a viver no meio do lixo?

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