Em novembro
de 2017 o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) escrevia no
seu boletim Ideias e Estudos sobre Legislação Laboral, n.º 1 um artigo
sobre a aplicação do SIADAP do qual retirámos os excertos que a seguir
comentamos:
«(…) Insistindo na necessidade urgente de
erradicar as injustiças e discricionariedade do processo de avaliação, o STAL
alerta que a avaliação é um direito dos trabalhadores e uma obrigação à qual as
autarquias não devem nem podem fugir. [Exceção
feita aos executivos municipais da CDU]
Infelizmente sabemos que um número
substancial de autarquias [Entre
as quais se encontra a de Almada] não procede
à avaliação dos trabalhadores, pondo em causa os seus direitos. [Mas esta sonegação de direitos só
é condenável se for cometida nas autarquias lideradas pelos partidos que a CDU
considera de direita: PS, PSD ou CDS]
Muitos desvalorizam esta questão [Tal e qual o fizeram os
responsáveis políticos da CDU nos SMAS de Almada] com o argumento de que, com ou sem avaliação,
as progressões e outros direitos relacionados estão congelados há anos, em
particular desde 2011 [Uma
das possíveis razões para nos SMAS de Almada o SIADAP ter deixado de ser
aplicado a partir de 2012, inclusive]. (…)
Mas se nenhuma avaliação tiver sido atribuída
ao abrigo do SIADAP, então, na falta dessa referência, resta o recurso à
ponderação curricular, prevista no artigo 43.º do mesmo SIADAP. (…)
Em todo o caso, voltamos a sublinhar que a
avaliação é uma obrigação das entidades empregadoras [Esqueceram-se de referir que
excetuavam-se desta obrigação todas as autarquias lideradas pela CDU], cabendo a estas resolver eventuais falhas e
lacunas passíveis de lesar os trabalhadores [Em
Almada cabe agora à entidade resolver a situação, mas apenas porque houve
alteração de liderança política. Como em 01-10-2017 foi o PS a ganhar a câmara,
eles que resolvam o problema deixado pelo anterior executivo. O STAL cá está
para lhes exigir o cumprimento da lei cuja aplicação dispensaram a CDU de
aplicar durante os últimos oito anos].»
As provas
sobre a atuação parcial desta comissão sindical do STAL não se ficam pela
contradição entre o que escrevem e a prática no município de Almada. Há casos
concretos de outras delegações do STAL em municípios liderados pelas tais
forças políticas que classificam como de direita (PS e PSD) onde o
comportamento do sindicato em relação a este tipo de matérias é o oposto à
tolerância subserviente com que sempre pactuaram no caso de Almada evidenciando
o total menosprezo pelos direitos dos trabalhadores.
Veja-se, por
exemplo, os processos que o STAL intentou em Tribunal contra os municípios de Tomar, de Coimbra e do Porto
relacionados com avaliação de desempenho de alguns funcionários seus associados
por considerar haver reflexos negativos no direito à progressão na respetiva carreira,
à categoria e à remuneração.
Sorte a
destes trabalhadores não exercerem funções num município CDU porque aí, tal
como em Almada até outubro de 2017, o STAL nunca intentaria quaisquer ações
judiciais para reposição de direitos mostrando assim que o seu caderno
reivindicativo tem, sobretudo, objetivos políticos e a agenda de atuação é
programada consoante os interesses do PCP na luta contra o Governo central
relegando as questões laborais locais para um plano secundário.
Um sindicato
agrilhoado por dogmas partidários (como acontece com o STAL em relação ao PCP)
nunca será livre de atuar na defesa exclusiva dos interesses laborais dos seus
associados como lhe compete pois a ação a assumir contra quem prevarica (seja a
entidade patronal ou o trabalhador) terá sempre uma avaliação política prévia que
condiciona tudo o resto a partir daí. Nestes moldes, um sindicato que age
segundo orientações partidárias (sejam elas de esquerda ou de direita) jamais
conseguirá ter um comportamento isento e as promessas que faz aos associados
deveriam ser antecedidas de um enquadramento de intenções para que quem adere
não se sinta depois enganado – como possivelmente se sentirão, nesta data,
alguns trabalhadores dos SMAS de Almada, associados do STAL.
A este propósito
não posso deixar de partilhar convosco a mensagem que me enviaram acompanhada
da convocatória do STAL para um plenário a realizar amanhã nos SMAS de Almada.
«Como previa, a guerrilha vai ser constante.
Hoje [12-03-2018] brindaram todos os
trabalhadores com a marcação de um plenário, antes mesmo de o terem acertado
com a Administração.
A dois dias de distância, ocupam instalações
e incitam todos a ir reunir.
Não estando em causa o direito dos
trabalhadores se organizarem e defenderem os seus interesses, parece-me
extemporânea esta reunião numa altura em que não se está a discutir nada
relacionado com a "situação social e reivindicativa".
Aliás, a própria ordem de trabalhos é no
essencial uma manifestação que pretendem organizar na sexta-feira (que noutros
tempos era autorizada e apoiada pelo vereador, que aliás costumava estar na
cabeça!). Apostaria que o Joaquim Judas e o José Gonçalves estarão presentes.
Se ainda fosse para discutir o SIADAP,
problema atual e premente!
Subscrevo a
opinião deste trabalhador. E faço minhas as suas palavras. Mais uma vez fica demonstrado
que acima dos interesses dos associados a nível local está a agenda política nacional
do PCP que o STAL cumpre com rigor (aquele que falta à sua comissão sindical nos
SMAS de Almada na defesa dos direitos dos associados).
Ainda assim,
agora que a Câmara Municipal de Almada é governada pelo PS / PSD, não me
admirava nada que o STAL viesse a instaurar procedimentos judiciais contra a
autarquia pela não aplicação do SIADAP desde 2012 estar, no presente, a prejudicar
os trabalhadores na progressão da sua carreira e a impedir as consequentes melhorias
salariais.
Porque
apesar de isso significar a imputação de responsabilidades aos seus camaradas
da CDU (como
o anterior comunicado já indicia) – o que pode travar algumas ações ou
diminuir a força dos argumentos de sustentação – certo é que dificilmente
conseguirão ficar calados sem que isso os venha a prejudicar em termos de
imagem pública.
Assim, entre
o nada fazer para não prejudicar os camaradas do anterior executivo e o fazer
qualquer coisinha para “limpar a face” e segurar os sócios desiludidos, talvez o
STAL venha a fazer algo mais do que acirrar ânimos em plenários desfasados do
contexto laboral local e esqueça, por momentos que seja, aquelas que parecem
ser as suas únicas preocupações: a desacreditação da atual governação PS /PSD em
Almada, a recolha de dividendos políticos futuros para a CDU / PCP em termos
autárquicos e a demonstração de força em relação ao Governo de António Costa.
17 comentários:
stal cabanda de calões, u pedro rebelo e a palitos dois incompetentes
a luisa paulitos é mais o tempo que estava em casa do que a trabalhar
A Paulitos tem o cú cheio o Geraldes ganha 2800 outOu falso comunista.
Não esquecer a Tal Teresa Coelho que já foi membro PSD vivem em casas luxo
"Por outro lado, considerando que os principais responsáveis técnicos pelas ilegalidades cometidas no setor do pessoal ... continuam em funções, ..., dificilmente se mudarão as velhas práticas de favorecimento até porque muitas delas resultam também da elevada dose de incompetência..." E digo eu, de oportunistas, se verificarem bem há dirigentes sem licenciatura nomeados com batota, tal como muitos dos nomeados foram no seu concurso os menos habilitados ou de áreas menos adequadas ao cargo, ou menor experiência ou vindos de outras Câmaras onde houve redução de dirigentes e tiveram de ser encaixados à "força" de batota claro.
da camara de loures veio umaa para o turismo que não é comuna, e uma gameiro
então o suino Helder Viegas, é mais um que já passou por várias empresas e agora vem para aqui ofender as pessoas e fazer crer que é um grande comuna. mandrião
artur cravo mais um oportunista. reformouse e estve á frente da urpica
E parece anda no Tinto
Urpica,Aipica onde levava comida para casa quando o banco alimentar la ia , parque campismo foi corrido as notas que recebia extra.
Bombeiros voluntários de Almada outro local deste ,os bilhetes vips que a amiga Clara Correia lhe dá.
clara correia ganhou muito em horas extraordinárias na dmds . só dava bilhets a quem ela queria, como se fosse uma patroa
E os benefícios de um escultor e seu filho e posto grande á filha da mulher na Ecalma.
O antigo presidente deixou bem os amigos agora os favores estão visíveis.
mas a cardeira melosa sempre lambeu bem os comunas.
Essa Clara dava nas marchas bilhetes amiga professora uma tal Leonoe, ao Artur Cravo entre outros.
A Cardeira, Ana Borges amigalhaças da Pardaleca esta Ana Borges mudava de serviços sempre que lhe apetecia a amiga fazia o favor
Já para não falar do próprio STAL nacional: esse Brás há dezenas de anos que é Presidente. A mulher é funcionária do próprio Sindicato...
Pardaleca, Palitos ,Geraldes, Lunas e marido , Judas , Olaio, Rui Jorge ricalhaco e sua Teté , Ana Telim ou Borges , Pedro Rebelo ,irmaos Carneiros , Allans , Cabral, Tiago cabaram com o PCP em Almada.
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