Oposição em Almada: por que se calam?

No passado dia 26 de março de 2012 o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada proferiu mais uma sentença muito pouco abonatória para o executivo da CDU liderado por Maria Emília Neto de Sousa (aqui em pose durante a inauguração da Mostra do Ensino Superior, Secundário e Profissional 2012 no Fórum Municipal Romeu Correia ontem de manhã).

Trata-se da anulação de um despacho da senhora Presidente da Câmara Municipal de Almada que homologou a lista de classificação final de um concurso de pessoal.

E porquê?

Por terem sido cometidas graves irregularidades, entre as quais, alteração dos parâmetros de avaliação da prova escrita de conhecimentos já depois da revisão das provas, violação do princípio da imparcialidade, incumprimento da audiência prévia e falta de fundamentação da entrevista.

É óbvio que a autarquia irá recorrer. E o trânsito em julgado vai ser protelado por mais uns bons meses, adiando a denúncia pública do caso e a divulgação dos envolvidos. Mas a seu tempo iremos apresentar aqui o resultado de mais esta novela.

Por ora limitamo-nos a perguntar:

Como é possível que os partidos da oposição continuem em silêncio e, através da inércia, acabem por dar o seu aval a esta política de gestão de recursos humanos que prima pelo favorecimento descarado de uns quantos em claro prejuízo de muitos outros, mais capazes mas sem os "conhecimentos e as ligações familiares e/ou partidárias adequadas"?

Onde estão os valores da JUSTIÇA que todos dizem defender?

Por que se calam?