terça-feira, 7 de junho de 2011

Não há duas sem três!



E como “não há duas sem três”, lá acabei por receber mais uma carta da CM de Almada (já começa a ser rotina).
Mas, caramba! (perdoem a expressão)… está difícil de os Serviços municipais entenderem que os(as) munícipes têm direito a ser esclarecidos de forma clara e objectiva.
E a “novela do acesso à informação” lá continua com novos capítulos… e tudo tem de ser feito por escrito, para que se possa provar (é que a tendência da CMA em mentir, até ao Tribunal o fez, leva-nos a ter de assumir todas estas cautelas).
Desta feita tivemos de explicar, mais uma vez, pormenorizadamente, qual é a nossa pretensão e elencar, um a um quais são, afinal, os documentos que pretendemos (parece que existe uma certa dificuldade em lerem os nossos requerimentos).
Mas o que mais nos espantou, para lá do fino recorte literário da frase que a seguir transcrevemos, foi a explicação que nela subjaz:
«… a documentação que se encontra disponível para entrega nesta Divisão se encontra em suporte papel, suporte no qual se encontram os originais da mesma”.
Ou seja, na óptica da CMA:
Documentos em papel obrigam a reproduções exclusivamente nesse formato;
Documentos em papel não podem ser digitalizados pois esse não é o seu formato original.
Brilhante conclusão. Não acham?
Todavia, é interessante verificar como pelo menos um dos documentos por nós requerido, até já está digitalizado e disponibilizado na página electrónica da Assembleia Municipal (em anexo a um requerimento do CDS/PP) sendo, portanto, de acesso público generalizado e gratuito.
Afinal em que é que ficamos?
Além da falta de coerência nas justificações apresentadas, a CMA não consegue esconder o sectarismo com que trata os(as) munícipes o que, para uma autarquia que se diz de esquerda, deixa muito a desejar.

3 comentários:

Almerinda Teixeira disse...

Já percebemos há muito tempo:
A CMA pensa que é a sua presidente e &; a presidente da CMA e & pensam que são a CMA.

A confusão conceptual nestas hostes leva à perversão completa da vida democrática.

Onde é q eu ouvi "L ´Etat c ´est moi!"? Há analogia...

Almerinda Teixeira

Almerinda Teixeira

soliveira disse...

"Além da falta de coerência nas justificações apresentadas, a CMA não consegue esconder o sectarismo com que trata os(as) munícipes o que, para uma autarquia que se diz de esquerda, deixa muito a desejar."

Só uma autarquia comuna se porta desta maneira, falta de coerência e sectarismo são caracteristicas de pessoas que abominam o capital mas constroem um valente pé-de-meia ao mesmo tempo que desejam casa com piscina onde pobre não entra.
Se isto não é incoerência e sectarismo, então o que é?

Fernando Antolin disse...

"...
«… a documentação que se encontra disponível para entrega nesta Divisão se encontra em suporte papel, suporte no qual se encontram os originais da mesma” ..."

isto deve estar escrito de acordo com o novo Acordo Ortográfico.

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