Nós precisamos de ajuda, mas não da ajuda pedida à União Europeia e ao FMI.
Como buscar uma saída que nos restitua a nossa dignidade?
Não interessa quem nos venha a governar, mas isto terá de ser feito:
Realização de uma auditoria externa, que traduza a dívida real (descontem-se os efeitos de rating por contágio de que fomos vítimas nos últimos meses);
Resolução das necessidades financeiras de curto prazo contraindo empréstimos, sem as condicionantes do FMI, com países dispostos a acreditar na capacidade de recuperação do país, tais como a China, o Brasil e Angola;
Tomar a iniciativa de promover um diálogo entre os países do Sul da Europa, depois alargado a toda a EU, no sentido de refundar o projecto europeu, pois o actual está morto. Promover a criação de um mercado de integração regional transcontinental, tendo como base a CPLP e como carros-chefe Angola, Brasil e Portugal.
Usar, como recurso estratégico nessa integração, a requalificação da especialização industrial, em função do extraordinário avanço do país nos últimos anos nos domínios da formação avançada e da investigação científica.
(Resumo de Boaventura Sousa Santos, Folha de S. Paulo, que é, como sabemos um jornal diário de referência)
Continuo por aqui a escrever umas linhas de vez em quando, porque, como disse há algum tempo, temos de regressar à política a sério: Portugal exige-o.
Ao longo de mais de 8 séculos e meio tivemos várias crises e todas as superámos. Teremos de sair desta também, e será longa.
Relembro os 3 SSS (simplicidade, sobriedade, solidariedade), de que fala há muito tempo a minha amiga Maria Manuela Silva, economista. Se não fosse só em momentos de crise - mas SEMPRE - como ela diz ser necessário, talvez não tivéssemos aqui chegado. Porque esses 3 SSS têm um alcance enormíssimo, cada um é já um verdadeiro mundo de vertentes a ter em conta.
Almerinda Teixeira
Cacilhas, 21 de Abril de 2011
Cacilhas, 21 de Abril de 2011
34 comentários:
Não obstante a manifesta falta de modéstia de D. Almerinda Teixeira, que é capaz de citar Boaventura Sousa Santos sem a mínima advertência aos leitores de que é disso que se trata, identificando apenas bem no fim da tal citação de que se trata de um resumo de um texto daquele pensador publicado num jornal brasileiro, sendo que, ainda por cima, o jornal é que é de referência, não o pensador.
Não obstante, e provavelmente, D. Almerinda se ter como alguém muitíssimo mais importante que Sousa Santos, considerando que logo a seguir à “envergonhada” identificação da citação (que aliás poderá passar bem despercebida ...) tem a distinta lata de nos dizer que continua por aqui a escrever umas linhas porque temos que “regressar à política a sério” – sim senhor, o que esta srª faz é mesmo “política a sério”, e ainda no destaque que, sintomaticamente ou não, confere no final do post à sua própria assinatura (!!!), uma assinatura que, no fim das contas feitas, compromete apenas umas quantas banalidades sem qualquer interesse ...).
Não obstante estas duas realidades – e vá lá, venham daí agora dizer que eu só sei dizer mal... pois só, se quem por aqui anda merece que digam mal, que posso eu fazer? – e deixando de lado a pesporrência e a prosápia balofa de D. Almerinda, sempre direi que o que vale a pena reter são as palavras de Boaventura Sousa Santos. Tem razão o Professor: para recuperar a dignidade – como o fez em 25 de Abril de 1974, em 5 de Outubro de 1910, em 1820, em 1640, para citar apenas algumas datas de referência da História de oitocentos anos de Portugal e dos Portugueses – o nosso País e o nosso Povo (aqui reside a questão essencial, é que tem que ser COM o Povo, nunca em nome e muito menos contra o Povo) têm que centrar-se de uma vez por todas naquela que é, sempre foi e será no futuro, a sua vocação natural, histórica, cultural: o relacionamento amigo, solidário, cooperativo com o Sul, com África, com a América Latina (não apenas com Angola e Brasil, é bom notar), mas também com a Ásia.
Esta é, sem dúvida, a nossa vocação; a Europa foi-nos sempre algo bastante estranho, quer por razões que se prendem com a geografia e a orografia do território que ocupamos, quer por razões políticas, culturais e sociais. A opção de desenvolvimento passa pelo estabelecimento desses laços com outras realidades – que nos estão muito mais próximas em tudo, do que os alemães, os austríacos, os nórdicos, os eslavos e até mesmo os franceses e ingleses. Apenas a Espanha – ou melhor dizendo, as diferentes nacionalidades que constituem a Espanha (e aqui assumo plenamente o profundo interesse estratégico num entendimento ibérico, fundado na solidariedade e na cooperação que assegure em condições de igualdade e respeito por cada uma das partes, vantagens mútuas para todos os Povos da Península, para o futuro daquilo a que um dia José Saramago chamou a Jangada de Pedra) está, na Europa, numa posição semelhante à nossa e poderá acompanhar-nos, com vantagens, nesta redefinição estratégica do processo de desenvolvimento que o País, que o nosso Povo, exige.
Por isso, apenas discordo de Boaventura Sousa Santos num aspecto: a refundação da Europa é uma questão estranha a Portugal e aos Portugueses. Certamente que ela será necessária, o actual “modelo europeu” faliu, já demonstrou que não funciona nem sequer para os poderosos alemães, franceses e ingleses. É, obviamente, necessário refundar esta Europa, uma refundação que deve assentar na vontade dos Povos e não na vontade dos políticos como até aqui, mas que, reafirmo, será estranha a Portugal e aos Portugueses exactamente porque a nossa opção deve ser outra. Apenas nos interessará essa refundação da Europa na medida em que deveremos sempre manter com essa realidade as mesmas políticas de cooperação, solidariedade e amizade que defendo devem constituir as âncoras estratégicas essenciais do futuro desenvolvimento de Portugal.
Isto sim, D. Almerinda Teixeira, é “política a sério”! O resto é música celeste para os nossos ouvidos ...
Mindo
Se tratamos de política a sério vamos lá aos fundamentos.
Primeiro a referencia, o prof. Boaventura, ilustre e premiado pensador, que há muito tempo se dedica a elaborar estudos sobre actividades alheias, sempre muito apreciados por todos os que são de fora. Explico melhor, o homem sabe tudo sobre justiça, mas os que lá trabalham acham que é basicamente conversa da treta. Sabe tudo sobre co-incineradoras, mas confrontado com os especialistas desata a falar de sociologia, ficando uma espécie de conversa de surdos. E mais teria para dizer, pois como imagina acho a personagem um completo bluf.
Agora o assunto em questão.
O que nos levou a este ponto foi gastar muito mais do que produzimos, todos. O estado social tem pretensões nórdicas, mas hábitos de trabalho, de rigor, de seriedade, mais para o africano (nos piores casos). E é por todo o lado, desde o governo até às juntas de freguesia com meia dúzia de tostões de receita mas gastos ao nível da Lapa.
Depois anda por aí muita extrema esquerda equivocada. O FMI está cá porque foi chamado, e para isoo há concordância de partidos que em conjunto representam 80% da população. Por isso algum sentido democrático era o mínimo que se exigia dos partidos, esta arrogância revela tiques de outros tempos, assim uma espécie de orgulhosamente sós.
Temos ainda este hábito esquisito de querer estabelecer condições quando estamos sem capacidade negociai, assim uma espécie de jogador de poker que não tem cartas e mesmo assim quer fazer bluf. Isso só é possível por via da violência, e a rebelião que andam a fomentar além de antidemocrática pode vir a tornar-se criminosa.
Como em tudo na vida, tem razão nos excessos que também há, mas para serem ouvidos deviam ter uma posição de acordo com a quantidade de votos que representam, e não estar sempre com o peito cheio e essa mania que são doos da razão.
Como percebe, falo especialmente para quem defende o PCP e o BE.
Até logo
Os irmãos Dupont, Dupont e Dupont (Churchill, Roosevelt e Almerindo Simplício) cumprem primorosamente a função de que foi foram incumbidos.
Ah! Ah!
Estou estarrecido.
Ah! Ah!
Almerindo e WC seguidinhos um ao outro.
Com tanto para nos ensinarem...
Ah! Ah!
Que sorte a nossa. Que lições de filosofia, de política, de vida.
E de boa educação.
Obrigado amigos.
Muito obrigado.
Ehehehehehehe
(desculpem, mas não resisti a esta gargalhada)
Caro Churchill,
Já toda a gente percebeu (excepto o preclaro José Eduardo, ou Zé Du como você gosta de lhe chamar) que pensamos de forma diferente, diria quase diametralmente oposta. Isso, no entanto, não é motivo suficiente para nos agredirmos, como prova à saciedade o seu texto a que tenho todo o prazer em responder (discordando no essencial e contestando mesmo, naturalmente, alguns aspectos daquilo que diz e pensa).
Sabe, caro Churchill, tenho para mim, há muitos e muitos anos, que a vida devia ser mesmo isto: desencontros de opiniões, permanentes, sim senhor, mas no respeito integral pelas opiniões que se desencontram com as nossas. Por isso, o insulto não faz parte da minha maneira de estar. A zanga sim (o texto que escrevi relativamente a esta srª Almerinda Teixeira é disso exemplo), o insulto jamais!
Digo atrás que discordo no essencial de si. Discordo na apreciação de “bluff” que faz de Boaventura Sousa Santos pelo tom absoluto que lhe confere. Sousa Santos é um respeitado Professor Catedrático do nosso País, Sociólogo de origem, que tem publicado estudos e trabalhos de interesse e rigor científicos inquestionáveis. Se quiser, e para facilitar as coisas, penso que Sousa Santos é daquelas personalidades que não devia “meter-se” na política; porque aí sim, é um “bluff”. No entanto, excluindo a questão da refundação da Europa como tive oportunidade de referir anteriormente, no essencial tenho que concordar com ele – ideologicamente falando – no texto que D. Almerinda cita (sem citar, mas enfim) no que respeita à “vocação” de Portugal: é África, é a América Latina, é alguma Ásia. Não é, definitivamente, a Europa. Não tenho dúvidas disso.
O nosso problema – e aqui está outra divergência de opinião consigo – não é gastarmos acima do que produzimos, nem é termos uma “pretensão nórdica” ao estado social e “hábitos de trabalho, de rigor, de seriedade, mais para o africano”, mesmo que nos piores dos casos.
Esta ideia é falsa e injusta – para os portugueses e para os africanos! Quem impôs que “trabalhássemos” pouco (isto não é verdade, mas enfim ...) foi precisamente a Europa; quem impôs que gastássemos mais do que produzimos foi, também precisamente, a Europa! Impôs-nos que destruíssemos as infra-estruturas na agricultura, nas pescas, na indústria transformadora, em todas as actividades económicas, enfim, levando a que deixássemos de produzir aquilo de que precisávamos e passássemos a comprar aos outros aquilo que antes produzíamos. Este é, infelizmente, o balanço possível da nossa “aliança” com a Europa, e esta é a razão pela qual nos encontramos no estado em que nos encontramos. Por isso, concordo com Sousa Santos: é preciso (diria, é URGENTE) redescobrirmos a nossa “vocação”.
Finalmente, porque este espaço é curto, uma outra divergência consigo: o facto dos partidos que “chamaram” cá o FMI representarem 80% do povo português – e mesmo sobre isto tenho as mais sérias dúvidas – não significa que os outros partidos, que representarão então os restantes 20%, tenham necessariamente que “amochar” à maioria, sendo esse “amochar” – nas suas palavras – correspondente ao tal “sentido democrático” que todos deveriam assumir. Não concordo, em absoluto, consigo. Em democracia, uma opinião que seja é tão respeitável como todas as outras ou qualquer outra (desde que não seja uma opinião contra a democracia). Daí que não é legítimo acusar de falta “de sentido democrático” aqueles que recusam o FMI, que apontam alternativas, que não aceitam que seja o Povo Português, uma vez mais, a ter que pagar uma factura pela qual não é, manifestamente, responsável.
Não aceito ser acusado de falta de “sentido democrático” pelo facto de recusar a solução FMI. Mesmo que o FMI tenha sido chamado a Portugal por tão “ampla maioria” como a que refere. Estou a responder-lhe, como compreenderá, como alguém que defende o PCP (não tanto o BE) ...
Quanto aos anónimos que riem,ou gargalham, que lhes faça bom proveito. Já que são incapazes de algo mais construtivo ...
Mindo
Sendo certo que discordando de muitos pontos, também subscrevo algumas das opiniões que expressa, mas terá mais interesse debater as divergências.
Do prof. tenho de há muito alguma embirração, e isso tolda-me a objectividade, mas continua a pensar que ele trata assuntos que não domina com excesso de presunção.
Da utopia social, creio que devemos observar em redor, e nesta altura não conheço nenhum exemplo em que tenha corrido sequer razoavelmente. Mesmo que apenas como linha de horizonte, acho que já é altura de mudarmos de rumo, quando este não resultou.
Sobre a deriva africana, a minha comparação é com sociedades que têm por lógica a subsistência, apenas a satisfação das necessidades humanas básicas. Quando se começa a pensar em termos de acumulação de riqueza, de distribuição de recursos, é necessário produzir mais do que se consome no momento, e isso deverá se feito antes de distribuir. Acresce que quem consegue acumular mais antes de iniciar a distribuição fica em situação privilegiada, e nós temos sido muito maus nisso. Lembro a reforma agraria de 75, em que a Malta ocupou as herdades e começou por dividir as ovelhas, e passado pouco tempo ficaram sem nada.
Sobre a questão da democracia versus amochar.
Isto para mim começa por ser um problema filosófico. A democracia não é um sistema em que se defende a razão absoluta. Ninguém tem a verdade toda. A maioria faz as escolhas, e apenas tem de respeitar a integridade e os valores fundamentais (constituição ou outra forma) da minoria. Não é nem nunca será um sistema perfeito, pois nesse caso servia para tudo, por exemplo para andar de avião nos começávamos por votar em quem devia pilotar, e é evidente que o sistema que exige que seja piloto o mais preparado é mais fiável.
Nisto, a forma de luta que a esquerda utiliza tem por base uma chantagem inadmissível, que é obrigar pela força a maioria a seguir um caminho que não quer. Para mim as greves de transportes, por exemplo, deviam ser proibidas, pois condicionam totalmente as opções da maioria, mesmo que esteja contra. Para isso preferia de longe a iniciativa privada regulada, com concorrência.
Resulta disto que para mim a minoria não tem de gostar da opção pelo FMI, mas se aceita a democracia tem de aceitar a escolha, ou então torna-se inviável este sistema, e temos de começar a procurar outro. E deixo já que para mim o centralismo socialista tem muito mais desvantagens.
Até logo
Caros Simplício e W.C.: já toda a gente percebeu, que o vosso interesse é falar do "sexo dos anjos" e tentar distrair os munícipes do essencial: conhecer os desmandos, (des)governo e crimes perpetrados pelos Social Fascistas do PCP, na CMA/SMAS!
Aguardem, pela futura publicidade dos crimes aqui denunciados e praticados pelos Social Fascistas do PCP, na CMA/SMAS, em diversos formatos e suportes, pelo concelho todo!
Os munícipes merecem esse conhecimento e descansem, a Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada encarregar-se-á disso muito em breve...
Até lá, entretenham-se e aproveitem bem o tempo que vos resta com "cantar de galo"!
Ela tarda mas sempre aparece...ai, ai, ai ,ai!
O Almerindo Churchill finalmente fazem uma coisa útil, conversar entre si, monologar.
Só falta o Roosevelt para ser um trimonólogo.
Caro Churchill,
O seu comentário daria "pano para mangas", como se diz na gíria. Pegando ponto a ponto, teríamos seguramente aqui um debate muito interessante sobre coisas muito importantes.
Este espaço, no entanto – se calhar infelizmente –, não é o mais adequado para isso (arriscamo-nos a levar com a boa educação e elevação do sr. José Eduardo, que não hesita um bocadinho que seja em achincalhar logo isto tudo, igualzinho a si próprio e de forma como sempre mais que medíocre).
Vou resumir o meu comentário a dois aspectos do que diz. O primeiro tem a ver com essa ideia de que as sociedades fora da Europa, por exemplo em África, têm como única preocupação a “lógica da subsistência, apenas a satisfação das necessidades humanas básicas”. As sociedades a que se refere têm tanta ambição no bem estar e no desenvolvimento quanto a nossa. A questão essencial, e é necessário que não esqueçamos isso, é uma coisa chamada colonialismo que procurou, ao longo de séculos, reduzir essas sociedades a esse nível de ambição, e outra coisa mais recente, que se chama neocolonialismo, que pela via não da ocupação político-militar do território mas pela ocupação económica, tem conseguido perpetuar essa situação. Porquê? Porque são esses povos que detêm os extraordinários recursos que fazem falta ao “mundo civilizado” para que possa não apenas elevar as suas exigências bem acima das “necessidades básicas”, mas sobretudo continuar a acumular mais e mais riqueza. Simplesmente por isso.
A responsabilidade pela situação de subdesenvolvimento em África e noutros pontos do mundo não é dos povos que vivem nessas zonas, é de quem, ao longo de séculos e séculos, desrespeitando, violentando, roubando, usurpando as suas riquezas, os atiraram inexoravelmente para essa situação. É como a Europa fez connosco: impôs-nos a destruição do nosso aparelho produtivo para lhes comprarmos aquilo que podíamos produzir. Em África o que é imposto é um roubo e uma usurpação pura e simples!
Segunda divergência que quero assinalar. Em democracia respeitar não é sinónimo de aceitar. Isto é, pode respeitar-se uma decisão sem, necessariamente, a aceitar. É disso que se trata quando contesto o FMI. Não aceito essa decisão, não me identifico com ela, não a quero. Mas isso não significa desrespeitá-la. Não tenho que me calar, não tenho que calar a minha razão, pelo facto de não concordar com a opinião da maioria? Ou terei? Tenho a certeza que você, Churchill, reconhece que tenho razão.
E é precisamente por essa razão que convictamente acho que é a minha, que não aceito a crítica, genérica, por isso mesmo injusta, que dirige à forma de actuação da esquerda. Não é verdade que a esquerda utilize uma forma de luta que tem por base a chantagem. Não, a História ensina-nos que quando não há luta não há vitória. A luta da esquerda, que é a luta dos povos, não assenta na chantagem, mas na afirmação coerente, permanente, sem vacilar dos seus ideais de progresso e de desenvolvimento, de bem estar, de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais igualitária para todos os seres humanos. E isto não é conversa; isto é sentido!
Por isso, caro Churchill, a luta da esquerda não é inadmissível; é indispensável! Todas as conquistas humanas tiveram na sua génese a luta de minorias, que não aceitaram a imposição da força da maioria apenas porque era uma maioria. A solução para a chamada “crise” que vivemos não será excepção. E descanse, ninguém está a falar de centralismo socialista. A História também nos ensina que não há modelos imutáveis, não há soluções únicas, não há caminhos de um só sentido. A construção do futuro é e será sempre dinâmica, multifacetada, democrática no sentido mais puro e genuíno do termo.
É muito estimulante que este anónimo venha aqui dizer que o diálogo que vimos mantendo, eu e o Churchill, é alguma coisa de útil. Muito estimulante, mesmo.
Pela minha parte, obrigado anónimo. Sinceramente.
Zé Du
Tenho lido por aqui que anda Doutorar-se, em ciências de comunicação. Espero que seja mentira, pois hoje, qualquer estudante médio tinha percebido 2 ou 3 tópicos habituais a quem gosta de pensar nestas coisas.
Alias, naquilo que a mim me diz respeito, é precisamente o que ainda me prende por aqui, demonstrar que a pequena política feita de casos e de irregularidades é fácil, muito fácil. Dá votos, mas é o grau zero de uma civilização que se queria desenvolvida. É voltar a política para antes da Grécia antiga, para a soca dos Faraós.
Apesar de não querer entender, a minha opção partidária fica longe do partido que gere a CMA, em termos de modelo de gestão não gosto desta coisa dos politicos terem poder executivo, preferia que tivessem o poder estratégico, legitimado pelomvoto, mas que a gestão pura fosse realizada por profissionais preparados.
Agora entre o que está e a malta que anda por aqui a seguir a GT não tenho grandes duvidas. Da mesma forma que entre um partido com doutrina consistente, como o PCP, e um aglomerado de oportunistas com agendas próprias e muito marketing de casos e piadolas, como o BE, prefiro de longe o primeiro.
Mindo
Tem razão, isto não é o espaço indicado para estes temas. Confesso que fui levado pelo prazer do debate.
Só duas pequenas correcções.
Eu quando me referia às sociedades que pensam na subsistência, e menos na acumulação, estava a pensar numa perspectiva positiva, pois o capitalismo selvagem também não tem dado grandes provas. Acho que se deve criar mais do que o necessário, para garantia de futuro, e menos para poder pelo poder. Gosto da ideia liberal que defende que os melhores sejam beneficiados, e que os piores sejam penalizados, desde que isso tenha por pressuposto garantir condições parecidas à partida. Não gosto de uns viverem descaradamente à custa do esforço dos outros. Conciliar isto tudo não será fácil, e das doutrinas conhecidas encontro pontos fortes e fracos um pouco por todo o lado.
Da luta não posso concordar. Aceito obviamente que se possa fazer, o que me incomoda é a extensão. Permitir que um piquete (outra coisa que devia ser abolida) faça pressão sobre trabalhadores é antidemocrático. Se quiser, devia existir uma comissão com a finalidade de garantir as condições da greve, regulada e representada por todas as partes (sindicato, trabalhadores, dirigentes, gestores e patrões).
Nos serviços essenciais, como a saúde, a água, a energia, os transportes, a alimentação, a educação, e eventualmente alguns outros, o direito à greve devia ter restrições fortes, garantido que as consequências se limitem aos próprios. Percebo que a ideia de muitos é causar impacto, mas isso feito à custa de prejuízos de terceiros é uma forma de limite de liberdade, em que a de uns começa onde termina a de outros.
O mesmo se passa com as manifestações de rua, com violência (como temos visto na Grecia), que provocam uma pressão insuportável nos outros cidadãos.
Muito mais teríamos para debater, de facto.
Até já
«Da mesma forma que entre um partido com doutrina consistente, como o PCP, e um aglomerado de oportunistas com agendas próprias e muito marketing de casos e piadolas, como o BE, prefiro de longe o primeiro.»
Olhe a convergência, meu caro Churchill. Não diga mal dos parceiros que, agora, até se julgam os únicos capazes de acabar com a crise do país: formar um governo patriótico e de esquerda (PCP e BE)... como se os eleitores lhes fossem conceder tal hipótese.
Ah, e quanto a doutrina consistente, tem razão. O PCP sonha (felizmente sonha, apenas!) implantar em Portugal uma ditadura social-fascista... se é isso que você quer, eu e a larga maioria dos portugueses dizemos um rotundo NÂO!
E transportar para o governo da nação o que se passa aqui em Almada - com os crimes que têm vindo a ser conhecidos - qualquer partido de direita governa de forma mais democrática do que o PCP (que se fingem muito amigos da liberdade e da democracia enquanto não têm o poder nas mãos, em o agarrando... nem queiram vir a provar do que eles são capazes... olhem só para os óptimos exemplos que aconteceram nos países de leste, em Cuba, na China...)
Precisava que a maria imilia e a filha não fossem tão milionarias
José Eduardo não dê troco a essa corja dos mindos e wc. deixe-os a falar para a sanita. andam aqui para chatear- aprenderam com a pide
O tópico de hoje é: De que ajuda precisamos?
Seguia-se:
Nós precisamos de ajuda, mas não da ajuda pedida à União Europeia e ao FMI.
Como buscar uma saída que nos restitua a nossa dignidade?
No entanto o Mindo/WC(Churchill), ao vir cumprir a sua função militante e diária de verborrear no Infinito’s, envergonha-se, e nem sabe como é que há-de defender um governo patriótico e de esquerda(?). Assim fica a dialogar com ele próprio, e a tentar desviar as atenções, o que diga-se em abono da verdade consegue.
Já agora deixo esta questão:
Qual será melhor:
a)Um governo patriótico e de esquerda – solução PCP ou
b)Um governo de esquerda – solução BE, em que só o BE e o PCP são de esquerda?
Bardo
Pode repetir à exaustão essa palermice, que ela não passará a facto. Não sei onde foi buscar essa ideia que eu e o Mindo somos o mesmo, mas não.
Anónimo
Onde é que leu que eu defendo o PCP?. Acho que é consistente, assim como era o Salazar (o único que conseguiu um crescimento consistente nos ultimos séculos), apenas isso.
O BE é que não, é uma miscelânea onde cabe tudo, desde bombistas a terroristas, passando por uma classe media que acha piada a isto do voto de protesto.
O que eu quero é muito diferente, infelizmente em Almada podia ser representado pelo Pena, mas vou de decepção em decepção.
Bye
Senhor Simplício,
Para expor as suas ideias era necessário ofender a autora do artigo?
Como quer que o respeitem a si se o senhor não respeita os outros?
Onde é que a senhora Almerinda se dirigiu a si nesses moldes?
O que é que no texto dela pode ser considerado como ofensivo?
Apenas o senhor pode expressar uma opinião pessoal?
Francamente, o senhor é mesmo muito mal educado e, ainda por cima, não se improta de deturpar a verdade para justificar um juízo de valor que quer seja negativo.
Acaba por ser tão ridículo mas tão rídiculo que é bom que seja anónimo pois assim não passará pela vergonha de sabermos quem é...
Ou, se calhar, não será bem assim. (há tiques de linguagem escrita, apresentação gráfica do texto, expressões specíficas, etc. que ajudam a identificar quem stá do outro lado).
Vá escrever as suas doutas opiniões lá para o seu blogue e deixe de vir chatear.
Então é pela nossa “queda” para o relacionamento “amigo” com África que o 25 de Abril em Almada é só para “negros” e os nossos jovens tem que ir ao Seixal para comemorar o 25 de Abril com o espírito que só os Portugueses conseguem dar a esta data?
Não tarda os Almadenses é que precisam de ser reentregados nesta “Almada/Angolana”.
Isto também a propósito de amigos e de “politica a sério”.
Caro W.C e Simplício.: a menos que eu esteja próximo da loucura, venho aqui, contrariar as vossas pseudo-objectividades: fiquei nos primeiros cinco (5)lugares no acesso público na Universidade Nova de Lisboa e terminei o mestrado como uma das cinco melhores notas da universidade, na qual concluí o mestrado (15 valores!)! Será que do júri que me outorgou o título académico de mestre, são todos estúpidos? Só valerá a opinião dos técnicos superiores da CMA/SMAS? Quem são estes senhores e do que se arrogam estas bestelências?
Não: Basta vir aqui o famigerado Simplício e o "ultra" inteligente W.C. (destilando o seu mau cheiro a Kms!) e dizer que são os melhores do mundo (atentem a imodéstia!) !
Quem será válido para justificar estas “pseudo- licenciaturas” destes nobilíssimos “comentadores”? Talvez o “operário” Jerónimo?
No entretanto, todo o "bicho" aqui apregoa as suas atoardas cada um mais douto que o próximo!
Quem são estas excelsas sumidades tão anedóticas que lhes apraz o juízo de quem lhes beneficia e tão escorreitamente se encarrega de denegrir quem se lhes oponha?
Resta uma pequeníssima observação: não valem nada e são SOCIAL FASCISTAS NA CMA/SMAS!
UMA PANCADA NA TESTA FAZ VER E O POVO DE ALMADA VAI VER
VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974!
Sou filho de pais proprietários, tenho inquilinos que ainda pagam 25 euros de renda (no centro da Cova da Piedade e não vivem em barracas ,não têm a mínima reclamação!)! Assumo que sou um desfavorecido pela revolução de Abril mas, não é por isso que deixo de lutar por uma sociedade mais justa!
Gostava de vos ver...:Têm de ter muitos "tomates" para me dizerem que são DEMOCRATAS!
Sr. Anónimo (dos bons, daqueles que se o não fosse não teria vergonha nenhuma que todos soubessem quem o anónimo é ...) das 22:09 de 23 de Abril,
Se não fosse a sua profunda hipocrisia, garanto-lhe que não me dava ao trabalho de lhe dar troco. Mas a hipocrisia chateia-me, entende? E ofende-me ...
Então eu ofendi a autora do texto? Em quê, sr. anónimo? Chamei-lhe imodesta? Isso é ofensa? Disse que ela não respeita os outros? Isso é ofensa? Disse que teve o cuidado de destacar a sua própria identidade em desfavor de quem entendeu citar? Isso é ofensa? Disse que ela só assina banalidades? Isso é ofensa?
A verdade, às vezes, dói não é D. Almerinda? A srª (ou anónimo?) pode atropelar as regras todas do bom senso e da seriedade; os outros ... têm que comer e calar? Certo? Não, errado!
Quanto a ser mal educado, ficamos conversados. Agora deturpar factos? Isso é uma acusação muito grave da sua parte, srª Almerinda. Grave porque mentirosa. Que factos é que eu deturpei? Parece que aqui quem tem necessidade de deturpar alguma coisa são a autora do blog e os seus apaniguados, onde D. Almerinda se inclui. O seu texto é um excelente exemplo de deturpação; assim como o sr. José Eduardo, que próximo ou não da loucura, não sabe fazer outra coisa senão mesmo deturpar tudo quanto diz.
Com a deturpação do sr. José Eduardo este anónimo (ou srª Almerinda?) não se incomoda. Assim como não se incomoda com a deturpação – esta absolutamente reles, baixa, torpe, fascistóide, entre outros adjectivos estes sim objectivamente ofensivos – do anónimo das 00:08 de 24 de Abril que vem aqui com um discurso absolutamente lamentável que tresanda a racismo e xenofobia por todos os poros. Sintomático que estas deturpações não incomodem a srª Almerinda. Muito sintomático, mesmo ...
Mas eu tinha adivinhado. Esta conversa haveria de aqui vir. As "flores de estufa" haveriam de sentir-se ... ofendidas. Paciência. Continuem lá a ofender-se com estas coisas. Fazem bem!
Sr. José Eduardo,
Há bastante tempo que o sr. não toma o cházinho que lhe aconselhei há uns posts atrás, depois dá nisto.
Tenha calma, o sr. parece que está mesmo a atingir o estado que você próprio se atribui (como possibilidade, é certo, como mera possibilidade ...).
O que é que o enfureceu assim tanto, sr. José Eduardo? A conversa nem sequer estava a ser consigo. Você é (ou foi) o 5º não sei em quê e teve a 5ª nota não sei também em quê, mas a verdade é que não tinha nada a ver com a conversa que eu estava a ter com o Churchill.
Porque é que ficou assim tão nervoso? Também gostaria de ter participado nessa conversa? Oh homem, bastava ter aqui vindo e participar. Simples. Só que você disso não é capaz. Veio cá, de facto, mas para achincalhar, como é seu hábito. Entende-se, e eu então entendo-o perfeitamente ... você não passa do 5º ...
Não! Já sei, descobri, o que o enfureceu assim tanto. Foi eu ter-lhe chamado preclaro - deve estar convencido que é um insulto como os que "dirigi" a D. Almerinda ... - e afirmar que você era o único que ainda não tinha percebido que eu e o Churchill pensamos de forma quase diametralmente oposta. Sim, de certeza que foi isso que o enfureceu, não vejo que possa ter sido outra coisa.
Mas acalme-se lá, homem. O sr. tem uma tarefa imensa para realizar até 2013. Não se afogue em minudências deste calibre; dedique-se de alma e coração à extenuante tarefa que o aguarda. Senão chega lá com os bofes de fora e aí a coisa piora ... ai piora, piora!
Caro Churchill,
Ultrapassados estes desvios a que por vezes somos forçados, gostava de retomar o diálogo construtivo que vinha mantendo consigo sobre matérias bem mais importantes para todos nós. Isto mesmo correndo o risco – que assumo – de ter por aqui não tarda nada os “quintos” todos a achincalhar a conversa. Mesmo assim, vale a pena pelos momentos de maior elevação que este diálogo tem vindo a traduzir.
Vai ter que ir por duas vezes, porque é longa a reflexão que as suas palavras me suscitaram.
Quero centrar-me num aspecto que julgo central relativamente à questão da luta dos povos, e que por isso mesmo tantas vezes é utilizado de forma deturpada para tentar desmobilizar essa mesma luta. Falo da questão do exercício do direito à greve.
De facto, reduzir a luta histórica dos povos ao exercício de um dos direitos alcançados no quadro dessa luta, e no concreto do direito à greve, é uma posição minimalista, objectivamente assumida por aqueles que detêm o poder, que visa tão-somente aproveitar uma (suposta) predisposição daqueles que não se encontrando naquele momento específico envolvidos em processos de luta são de alguma forma “afectados” por aqueles que se encontram num processo desse tipo e recorrem à greve, e que são susceptíveis, por isso, de deixar emergir sentimentos de contestação – que classificaria como egoístas – relativamente àquele processo específico de luta, potenciando assim a divisão e a desmobilização mais geral e mais ampla da luta.
É uma estratégia conhecida: dividir para reinar. Mas a verdade é bem distinta. O exercício do direito à greve é apenas um dos aspectos concretos da luta histórica dos povos pela melhoria das suas condições de vida, que é muitíssimo mais larga, mais ampla, do que essa realidade. Diria, utilizando uma metáfora, que a greve está para a luta dos povos, como a árvore está para a floresta, mal comparado, é evidente.
[Continua]
[II Parte]
O direito à greve, aliás, inscreve-se nas múltiplas conquistas que os povos, e os trabalhadores em particular, foram alcançando no quadro da sua luta mais ampla: como o direito à jornada de oito horas de trabalho; como o direito ao descanso semanal; como o direito a férias pagas; como o direito à maternidade (e à paternidade, mais recentemente); como o direito à contratação, e posteriormente à contratação colectiva; como outros direitos que hoje a nossa Constituição e as nossas Leis consagram como direitos sociais e individuais fundamentais.
Estes direitos não foram “ofertas” dos detentores do poder, dos capitalistas, dos donos dos meios de produção. Muito longe disso; forma conquistas, arduamente alcançadas com muito sangue, muito suor, muitas lágrimas e muita determinação de milhões de cidadãos, milhões de seres humanos, que vêm nessa luta a única via, o único caminho, para reduzir num primeiro momento, eliminar totalmente no futuro, a exploração de que são vítimas, e serão sempre vítimas, por parte daqueles que acumulam riqueza que esses mesmos trabalhadores produzem. Porque a incoerência está aqui: quem produz a riqueza neste nosso sistema não são aqueles que a acumulam.
Esta é a mais profunda distorção do sistema capitalista, que nem a tão ingénua (falsamente ingénua, digo eu) quanto eufemística visão liberal que você cita poderá, alguma vez, resolver de forma positiva. Jamais os detentores da riqueza acumulada irão abdicar dessa sua condição. Como jamais os trabalhadores irão abdicar da sua luta, essa também é, obviamente, uma realidade.
Por isso, a luta dos povos decorre e decorrerá muito para além do exercício pontual de cada um dos direitos adquiridos ao longo desse processo de luta.
Por isso, também, não posso concordar consigo quando defende a limitação do direito à greve para alguns. Isso corresponderia a considerar que existem cidadãos e trabalhadores de primeira e cidadãos e trabalhadores de segunda. O direito à greve é um direito universal, conquistado pelos povos e não apenas por alguns, por isso não é limitável.
Importa, aliás, registar que foram as operárias de Nova Iorque que no 8 de Março lutaram, e por isso foram massacradas a sangue frio, mas as condições de trabalho que reivindicavam e que acabaram por alcançar foram consagradas para todas as mulheres (e homens, também) em todo o mundo (a sua aplicação ou não na prática, depois, é um outro problema. Que leva, precisamente, à necessidade permanente de prosseguir e aprofundar a luta). Foram os operários de Chicago que fizeram greve no 1º de Maio, e por isso foram também chacinados a sangue frio, mas as conquistas que acabaram por alcançar foram consagradas para todos os homens e todas as mulheres em todo o mundo!
Porque a luta dos povos não pode, de facto, ser confundida com movimentos pontuais, os quais traduzem obviamente, naquele momento específico, essa luta, mas que não a esgotam, estão mesmo muito longe disso. Podemos não concordar com as reivindicações dos que em determinado momento lutam e optam pela greve. Podemos ter posições diferentes, ou porque não os entendemos ou porque a nossa vida se inscreve e decorre em territórios opostos ao daqueles que não têm alternativa senão a luta. Mas não teremos nunca o direito de defender como direito nosso o limite aos direitos de outros a lutarem, pelas vias e formas que as próprias leis fundamentais consagram como invioláveis, no sentido de poderem ver respeitado o seu direito a viver melhor, a viver com mais dignidade e com melhores condições de vida.
Almerindo e Churchill são, como facilmente se depreende, duas ilustres figuras anónimas incumbidas de desviar a atenção dos assuntos que a Ermelinda resolve partilhar connosco.
Pegando em aspectos menores, sem interesse algum para o diálogo, a maioria das vezes completamente a despropósito, empolgando aspectos colaterais e dando-lhes a importância de tema principal, conseguem orientar os comentários posteriores para aquilo que, afinal, é o seu objectivo: conversas ocas, sem sentido, centradas no carácter de quem escreve e não na essência das suas palavras.
Nesse aspecto estão a conseguir cumprir os objectivos. Quase todos vão atrás da estratégia definida por estes dois, e aquele que bem poderia ser um exemplar espaço de debate acaba diminuído pela participação destas duas personagens que, atrás deles, provocam uma série de comentários defensivos e troca de insultos.
Bom seria que, apesar de reconhecer que, às vezes, é mesmo preciso dar-lhes troco pela vileza que as suas palavras encerram, criticando tudo e todos como se isso fosse um direito inalienável de cada um deles (Churchill e Almerindo) e a ofensa um exclusivo que só eles podem usar como se fora um elogio, ninguém lhes desse troco, que simplesmente os ignorasse.
É este o meu conselho. A indiferença é o melhor remédio para tratar com gente deste nível. Porque no debate cara a cara, na realidade, eles decerto são bem pequenos. E será o complexo de inferioridade que sentem, junto com a provável falta de coragem do seu carácter, que só lhes permite vir aqui às escondidas invectivar quem está, arranjando desculpas para poder verter o ódio que sentem de si próprios por o não conseguirem fazer de viva voz.
Serão pessoas insatisfeitas, frustradas e invejosas. Valerá a pena ligar ao que escrevem? Sobretudo quando não se atrevem a afirmá-lo pessoalmente?
Não meus amigos, não vale.
E não se deixem levar por estas supostas conversas muito instrutivas que sua excelência o senhor Almerindo resolveu vir para aqui apresentar, num suposto diálogo com o Churchill. Não sei porquê mas cada vez se parecem mais um com o outro, muito embora se pretendam fazer passar por pessoas de ideologias diversas.
Ao fim e ao cabo, este diálogo tão supostamente construtivo entre ambos, com tanta prosápia à mistura, com demasiada parra e pouca uva, é apenas uma tentativa de mostrar que quem o escreve é uma pessoa superior aos que por aqui passam. Resta saber se o texto é mesmo seu, ou um qualquer copy/paste de outras opiniões mais credenciadas eu não a sua… porque se assim fosse, tão expedito na conversa e na exposição temática, teria com certeza a ousadia de se identificar como autor.
Por que será que me faz lembrar uma certa pessoa que na blogosfera se julga um grande letrado e no seu blogue gosta de calcorrear ideias, embora a fonte de inspiração pareça seca há uns quantos meses?
Aí temos como a inteligência de Joaquim Mendes não é suficiente para, ele prórpio - será mesmo Joaquim Mendes? Será? Mas isso que importa ... - não se deixar enredar nos objectivos que, nas suas próprias palavras, aqui me tras.
De qualquer forma, agradeço o elogio - ainda que velado - que aqui deixa, D. Ermelinda Toscano! Duvidar que os textos que aqui vou publicando são meus, vindo da sua parte, é um tremendo elogio. Que contrasta, violentamente, com o pensamento do seu dilecto discípulo José Eduardo, que pensa precisamente o contrário. Mas já sei, você são pluralistas ...
O almoço ainda não aconteceu e já o Almerindo está com as ideias trocadas.
Dirige-se ao Joaquim e depois diz que ele é a Ermelinda.
Que barafunda vai nesta cabecinha.
Quem fala assim a esta hora ainda leva mas é com os paulitos em cima e cala-se logo.
Oh Almerindo!
Então você é vitima de violência doméstica, leva com os paulitos em cima e cala-se logo, como diz o anónimo das 12:53 ?
Oh homem queixe-se á APAV!
Isso tem que acabar.
Ò Almerindo, o que é isso dos "Paulitos"?
Fala-se em 'paulitos' e o Simplício põe-se logo em sentido!
É que a qualquer momento pode levar com os mesmos!
Quando se lhe acabar o tacho e sem influência para poder oferecer é que vão ser 'elas': Lá vai 'paulitos'!
Este tal e qual Almerindo Simplicio parece ser um bom observador cheio de reflexos de candeias às avessas consigo.
Penso eu de que...
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