sábado, 13 de novembro de 2010

Vermelho Redundante!

Acabei de receber este texto (que publico na íntegra), de um leitor habitual deste blogue.
Lamento não ter conseguido colocar no blogue a música que ele solicita a acompanhar o artigo. Mas, sendo eu uma palmaníaca convicta e assumida, não resisti e, no final, fica o respectivo vídeo: "Vermelho Redundante", de Jorge Palma.



«Boa tarde Ermelinda,

Como este blogue está a ser seguido por pessoas interessadas pelo que se passa na Câmara de Almada (CMA), nomeadamente no que diz respeito à gestão de pessoal, peço-lhe que publique este texto.
Em anexo envio link para a banda sonora (Jorge Palma – Vermelho Redundante). Espero que possa incluir.

Vamos por partes:
A CMA é gerida há décadas pelo PCP.
Desde sempre que existe uma especial preferência por simpatizantes e/ou militantes deste partido no que diz respeito ao recrutamento de pessoal e, sobretudo, para lugares de chefia, INDEPENDENTEMENTE DA SUA COMPETÊNCIA.

Ora isto não é prática exclusiva da CMA. Acontece por todo o país (e arredores… permita-me a “gracinha”).

Não estou a falar de lugares de confiança política. Esses, logicamente, são ocupados por pessoas de confiança. Pena que alguns sejam de uma incompetência confrangedora.

Quem vive em Almada e quem trabalha na CMA (e não só), sabe que existem pressupostos para vencer concursos de admissão para a CMA, para subir na carreira ou mesmo ser integrado numa carreira ajustada às suas habilitações académicas e profissionais.
Pressuposto 1: Ser amigo ou familiar da Sra. Presidente, ou dos Srs. Vereadores “executivos”, como se chamam agora.
Pressuposto 2: Nunca, mas nunca mesmo, contrariar a Sra. Presidente. A Sra. Presidente lida muito mal com questionamentos.
Pressuposto 3: Ser lambe botas e/ou bufo.

Toda a gente sabe disto. Mesmo os filiados no partido. Mesmo os sindicalistas do STAL. De tal forma que alguns abandonaram a sua actividades sindical.
Exemplos disto são aquilo a que a Sra. Presidente chama reuniões gerais de trabalhadores.
Quando chamados a pronunciarem-se os trabalhadores ou se calam, ou se passam dos limites, são calados.

É que existem vários graus de partidários (mesmo a nível nacional, como sabemos).
Há funcionários da CMA (alguns já foram chefias de 1.º nível) que estão encostados à prateleira só porque se permitiram discordar desta ou daquela política ou projecto.
Aliás, algumas chefias tentaram, sem sucesso, que a actual gestão de recursos humanos fosse alterada. Alguns, mais insistentes, acabaram por encostar às boxes.

Como se prova isto?
É complicado. As pessoas têm rendas para pagar. Adquiriram estatutos que lhe permitem ter uma vida social e económica agradável e não querem, como é óbvio, prescindir dela.
Não apontar nomes porque as pessoas têm, apesar de tudo, o direito à privacidade.
A propósito disto quero dizer que, do meu ponto de vista, é absolutamente ridículo expor a sexualidade de pessoas (sabemos do que falo) para argumentar sobre políticas.
É ridículo baixar o nível de uma discussão séria, sobre assuntos sérios, com argumentações vazias de conteúdo que vão desde desmentidos sobre matérias que são objectivamente reconhecidas por todos.

A CMA é uma espécie de monarquia. A Sra. Presidente é a rainha e os vereadores existem para objectivar os seus desejos.
Os funcionários são a séquito que deve obedecer cegamente às suas ordens.
Os munícipes são o seu povo.

O que é triste é que as boas políticas (que também as há) acabam por se esvaziar nas más porque estas são, do meu ponto de vista, manifestamente em maior número.

O que a Sra. Presidente não admite é que alguns dos seus “amigos”, uns por incompetência, outros porque encontraram situações mais interessantes saíram e já a deixaram mal vista.

Exemplos?
Olhem bem para alguns eventos organizados pela Cultura da CMA.
Olhem as verbas exageradas na contratação de músicos e equipamentos de som para os festejos mais emblemáticos da cidade.
Olhem para a falta de planeamento e de promoção de eventos como o Almada Fashion ou a Semana da Mobilidade, entre outros.
Olhem a utilização e programação de museus, nomeadamente o Museu Naval.
E as esculturas urbanas?
Os autores são quase sempre os mesmos!?
Olhem os critérios de apoios às colectividades e associações.

E os espaços verdes?
Esta cidade está projectada em betão.
E espaços para os miúdos brincarem, sem ser dentro de parques infantis sem piada?
Jogam à bola ao pé de esplanadas, perto da estrada, etc.

E onde estão os parques de estacionamento e os valores de utilização?

Por tudo isto e muito mais é urgente repensar, reflectir, se é esta cidade que se pretende para quem por cá anda.
É interessante projectar o futuro com as cidades da água, nascentes e poentes.
Mas o presente é agora.
E eu, os meus amigos, muitos outros e até os meus filhos gostariam de gostar de viver aqui agora.

Os meus cumprimentos
Ant»


43 comentários:

Anónimo disse...

Os nossos "imaginativos" "discos riscados" ainda não acordaram, mas em breve vão encher este espaço de comentários, com o lixo que "tão rigorosamente" vêm despejando, para que este blog se torne enfadonho, e assim se evite a sua maior divulgação...

Churchill disse...

Caro autor do texto que a Ermelinda transcreve

Totalmente de acordo.
Vermelho, rosa, laranja, azul ou qualquer outro, se tiver mais de 2 ou 3 mandatos seguidos começa a instalar as bases, e os parasitas que habitualmente andam à volta.
E mudar isto vai levar uma geração.

Até logo

Anónimo disse...

Almada é uma "cidade" triste, preta, suja e morta, é o espelho de quem nos desgoverna tanto a Emilia como a oposição. Triste, muito triste o que sucede nesta terra, algum dia têm que pagar por destruir esta "cidade".

Anónimo disse...

Eu, estou convencido que todas as denúncias feitas pelo Observador à Emili e companhia lhe importam um ca...rrilhão.

Anónimo disse...

Almada é uma terra de ciência-fição. Só ver para crer. Não há palavras para descrever o que acontece aqui.

Anónimo disse...

Peço por favor que deixem de repetir comentários, se não têm nada novo que contribuir não escrevam.

Luís.

Minda disse...

Anónimo das 9:12h

O objectivo de alguns será esse mesmo.
Nomeadamente dos que insistem na mesma longa "estória" sem um único facto a provar as afirmações proferidas.

Minda disse...

Churchill,

Exactamente.
Por isso, sou de opinião que o limite de mandatos executivos consequtivos deveria ser de, apenas, oito.

Aqui em Almada, e noutros municípios onde acontece o mesmo (com outras forças políticas), vai ser muito complicado a quem venha a seguir mudar seja o que for, pois os que lá estão há décadas, já deixaram os "seguidores" bem instalados (chefias e técnicos) e, alguns bem disfarçados para poderem, depois, manobrar o aparelho mesmo com outros no poder.

Por isso a denúncia (pública e judicial) destes esquemas (desde que devidamente provados) é tão importante.

Minda disse...

Anónimo das 10:25h

O "estado opressivo" instalado na autarquia transferiu-se para o quotidiano da vida na cidade.

E em dias sem sol, como o de hoje, ainda se percebe melhor a tristeza que paira por estas ruas cinzentas, feias, sujas... Almada está, de facto, a ficar sem beleza alguma.

A tudo isto se junta, como diz e bem, a tristeza que é a Oposição em Almada que, por inércia ou conivência, acaba por pactuar com o poder instalado.

Salvam-se raríssimas excepções de posições de confronto, logo anuladas por incompreensíveis "acordos de bastidores".

Minda disse...

Anónimo das 10:28h

Olhe que não.

A Presidente da CMA & Companhia Lda, anda às avessas com aquilo que por aqui se escreve, no Observatório Autárquico e, aos poucos, na comunicação social.

Minda disse...

Anónimo das 10:31h

Aos poucos as palavras vão sendo encontradas e a descrição do que se passa em Almada vai sendo do domínio público.

Minda disse...

Luís,

Espero que os visados oiçam (leiam) o seu apelo.

Anónimo disse...

Obrigado Minda, acredito e confio em si e espero que todo este esforço de resultado e algum dia possamos voltar a ver o sol nesta cidade escura que apesar de que o falso, caro e contaminante pasquim da câmara queira colocar em cor ao que não tem, é tudo uma grande mentira parecida às escenações que acostumavam a fazer os paises comunistas e que ainda os que existem com esse regimem fazem.

Churchill disse...

Cara Ermelinda às 10:53
Oito anos, não mandatos, espero (só para não ficarem dúvidas).
Realmente se para Presidente da República isso foi logo assumido, como é que deixaram de fora os outros?
A lei actual já é melhor, mas parece-me que ainda vão existir deficiências.

Por exemplo, como é que justifica que para ser dirigente sejam necessárias uma licenciatura e experiência comprovada (eu sei que acha que alguns não têm, mas se for provado dará pelo menos perda de comissão), e para gestor executivo (sim, os nossos políticos têm o hábito de querer fazer a gestão diária, e não a estratégica) não seja exigido nada?

até logo

Minda disse...

Anónimo das 12:38h

Eles têm o poder (e que poder!) nas mãos.
Por isso, a sua "força" (que não é a da razão!) é infinitamente maior do que a nossa (que lutamos com os escassos meios à nossa disposição).
Mas, aos poucos, a verdade vai-se sabendo, e a máscara vai caindo... mostrando a face de uma gestão autárquica prepotente.
É difícil, mas não desistimos.
Obrigada pelo voto de confiança.

Minda disse...

Caro Churchill

Começo por pedir desculpa. A si e aos leitores. Com a pressa o meu comentário tem um erro ortográfico e falta-lhe uma palavra…
Obviamente que são oito anos (faltava a palavra anos), dois mandatos consecutivos (e não consequtivos).

A lei actual, na minha óptica ainda é muito permissiva. Acho 12 anos demais (oito eram suficientes). Além disso apenas se proíbe o exercício das funções de presidente (da CM e da JF). Ou seja, nada se diz sobre outros lugares na vereação. O que pode permitir certos esquemas que acabarão por deixar que tudo fique na mesma…

Penso que cada vez mais o desempenho de funções de cariz político exige conhecimentos técnicos àqueles que ocupam determinados lugares. Não precisam de ser especialistas em todas as matérias, como é óbvio (o que seria humanamente impossível) mas é evidente que há saberes básicos que são necessários, por exemplo: sobre gestão pública.

Custa-me a perceber que um decisor político possa definir estratégias de desenvolvimento adequadas e defendê-las com firmeza (mas sem prepotência) se, tecnicamente, nada souber sobre as matérias de que fala. Como pode ser um bom líder se não domina os assunto sobre os quais deve falar? Só se o seu poder for exercido pela força…

Churchill disse...

Cara Ermelinda
Também acho que o ideal seriam 2 mandatos de máximo, mas se alargar aos vereadores, todos chegariam a presidente directamente, e isso ainda era pior. Os esquemas, julgo que esteja a pensar em algo tipo Rússia, em que o presidente e o primeiro ministro trocaram de lugares, não deverá acontecer muito. Está a imaginar a sua presidenta a passar para 2º plano?

Totalmente de acordo, pelo menos uma formação (com critérios mínimos de acesso, razoavelmente exigentes) em gestão pública. Como está é ridículo, a maioria leva alguns anos a disparatar por ignorância e prepotência, e ainda pela inibição dos dirigentes de melindrarem as excelências.
Isto para cargos executivos. Para deputado já aceito maior tolerância.

Para definir estratégias deviam dar-se poderes a especialistas de planeamento e prospectiva, com uma decisão dos políticos em função dos caminhos possíveis. Assim uma espécie de optar entre a, b ou c, mas nunca em opções de birra ou gosto pessoal (se calhar não havia um certo metro que matou uma cidade!).
Mas não vejo nenhum partido a defender isto no Parlamento.

Anónimo disse...

Situações com a de Almada, levam bastas vezes a que se pretenda limitar tanto temporal como formacional o acesso aos cargos, (neste caso autárquicos), o que para mim sería sempre o limite declarado da igualdade de opurtunidades e consequentemente antidemocrático.
Não creio nem desejo que se vá por aí.
Todos temos conhecimento de excelentes gestores, empresários, autarcas, inventores, enfim, cidadãos que apesar de uma formação intelectual com algumas deficiências, desempenharam as suas funções com brilho, verticalidade, ética, e que grangearam respeito na sociedade.
Excluir à partida esta amalgama de gente só por não ter um canudo é diminuir a democracia, desrespeitar a dignidade do cidadão e finalmente, diminui-lo em termos civilizacionais.
É tambem por isso que, tendo conhecimento da possibilidade de utilizar o site da Procuradoria Geral da Républica para denunciar pretensas situações de ilegalidade, me faz lembrar uma sociedade onde até há poucos anos atrás alguns cidadãos eram portadores de um livro de capa vermelha ou então, mais velha ainda, uma inquisição de má memoria.
Oliveira

Lear disse...

É verdade, a Almada do presente não dá gosto: a do futuro, com a Maria Emília y sus muchachos ao leme não deverá ser melhor. Mas, tenho a esperança de que a velha senhora vá às urtigas a partir de 2013 e que deixe de fazer mal à nossa terra.
Mas, falando no presente, porque o futuro é intangível, agora, neste tempo, Almada é uma cidade (concelho) completamente deprimente. Como diz a Minda, e bem, nos dias de Sol a coisa ainda escapa, mas nos dias cinzentões como os de hoje, a sensação de degradação é ainda maior!

José Eduardo disse...

Almada já foi uma terra de esperança para muitos dos seus actuais habitantes! Migraram de muitos pontos do país em busca de uma vida melhor junto à capital. Almada era uma terra de oportunidades, geradora de trabalho e riqueza. As pessoas puderam melhorar as suas condições de vida (o que é o normal, puderam enviar os seus filhos à escola, mas, depois do 25 de Abril de 1974 os valores ideológicos de uma turba internacionalista (Social Fascistas do PCP) quiseram-se sobrepor aos interesses dos cidadãos (onde campeava a ignorância e usaram a Demagogia; veja-se o Hitler e o Salazar) em prol de uma luta que ainda não percebo qual e conseguiram arruinar o tecido industrial e social, que sempre gerou riqueza e diversidade aos seus habitantes, com manifestações selvagens contra todo e qualquer governo (sem olhar aos interesses dos almadenses), provocando a falência dessas empresas que tanto trabalho geraram por muitos anos! Almada era uma terra de operários e hoje não existem operários em Almada; só vive bem a clique Social Fascista do PCP que se apoderou da máquina da CMA/SMAS. Os interesses dessa gente que procurava uma vida melhor (a grande maioria iletrado) acabou e continua subvertido! Em contrapartida começamos a observar através da Plataforma de Cidadania de Almada o desgoverno e a Demagogia a que temos sido sujeitos estes anos todos! Almada é hoje uma "terra amada e pensada" para uns quantos que têm saqueado o que é de todos nós! Para os mais curiosos deixo um desafio: observem os indicadores de desenvolvimento socioeconómico do concelho de Almada em 1974 com os do concelho de Oeiras no mesmo período e comparem com a actualidade! Depois dissertem sobre o que é desenvolvimento humano e vejam o que estes criminosos Social Fascistas do PCP nos têm feito em Almada estes anos todos. Por hoje chega...

Churchill disse...

Anónimo das 18:20
Não se trata de limitar o acesso democrático aos cargos, apenas de criar condições para o desempenharem bem.
Ninguém está proibido de ser cirurgião, ou juiz, ou arquitecto, ou engenheiro, apenas tem de adquirir as competências necessárias. Até para nadador salvador na praia é preciso um curso especifico.
E não é natural que para quem gere um país, uma região, uma autarquia ou até uma Freguesia seja exigido um mínimo de conhecimentos?, ou então que se mude a prática, por exemplo que se adopte o sistema inglês, onde os ministérios são geridos por profissionais, e os ministros apenas tomas decisões estratégicas.

Os conhecimentos de pessoas que pela universidade da vida granjearam reconhecimento, quando muito será a excepção para confirmar a regra. Isso é a negação da necessidade da educação.

Ou seja, não é limitar o acesso a ninguém, desde que adquira os conhecimentos e competências. E já agora que não seja nas novas oportunidades!

Anónimo disse...

O interessante é constatar que os fascistas PCP e "amigos", depois de destruírem Almada e o seu tecido empresarial, como muito bem disse o Zé Eduardo, agora fazem-se de coitadinhos e vítimas, tentando dar uma imagem de ingénuos e que são os defensores das vítimas deles mesmos...
Hitler não faria melhor!
Salazar teria muito a aprender com estes aldrabões!
Espero que na política, morram rápido!!!

IRREVERENTE disse...

Assim se vê a força, Demagogia e Democracia dos Social Fascistas do PCP em Almada, tão fiéis que são aos seus valores:
"Qual a perspectiva política que, em termos de estratégia, orienta a
actividade do Partido?
Um dos primeiros documentos que conhecemos da FJCP, intitulado
Federação da Juventude Comunista (Secção Portuguesa da Internacional
Comunista da Juventude) e que parece constituir a sua primeira apresentação
pública como organização, responde a esta pergunta com meridiana
clareza ao defini-la como vanguarda da juventude trabalhadora, que
a organiza «em conjunto e nos mesmos objectivos do Partido Comunista,
para combater a burguesia em todos os seus sectores, desde as mais reaccionárias
e declaradas ditaduras fascistas e militaristas até aos socialistas e
anarco-sindicalistas, os nossos mais encarniçados inimigos e os mais sólidos
apoios do capital». Quanto ao programa de transformações económico-
-sociais, trata-se de lutar «pela socialização de todos os meios de produção
e de troca, pela transformação da propriedade privada em colectiva.»
Do ponto de vista da estrutura política, a realização de tal programa
apoiar-se-ia nos «sovietes de operários, camponeses, soldados e marinheiros,
como único caminho para a realização sucessiva do comunismo integral»." Fonte:João Arsénio Nunes * Análise Social, vol. XVII (67-68), 1981-3.º-4.º, 715-731
Sobre alguns aspectos da evolução
política do Partido Comunista
Português após a reorganização
de 1929 (1931-33)**
Agora vejam o que os Social Fascistas do PCP têm feito em Almada: Plenos burgueses! O Social Fascismo do PCP no seu melhor!

IRREVERENTE disse...

História do PCP em Portugal: sobre o mito propalado demagogicamente de antifascista em Portugal:
“Qualquer problemática duma definição de objectivos transitórios ou
realização de alianças temporárias, com vista a obter estes ou aqueles
ganhos políticos limitados, resulta, à luz deste manifesto, sem sentido.
A política revolucionária esgota-se na proclamação dos objectivos próprios
e na conquista, pela persuasão — que justamente a actividade de agitação
deve operar—, da maioria operária para esses objectivos. Dentro da
mesma linha de raciocínio se movem vários outros textos publicados no
Avante!, como, por exemplo, no n.° 5, de Junho de 1931, o intitulado
«O Partido Comunista perante a opinião pública. O terrorismo e a acção
revolucionária». Começando por definir o PCP, em paralelo com as outras
secções da IC, como «partido genuinamente de classe», conclui que não
existe nem pode existir «a mais insignificante colaboração com qualquer
outro partido político, o que daria lugar a uma degenerescência dos seus
princípios puramente classistas e revolucionários». Demarcando-se das
práticas de conspiração e opondo-lhes o esforço de organização do «exército
do trabalho», o Partido recusa o envolvimento nas lutas da burguesia
republicana contra a Ditadura, e especifica:
O fascismo, para nós, não constitui um perigo superior a qualquer
outro que parta da burguesia. A luta contra o fascismo não tem, para
nós, diferença da luta contra a burguesia, de um modo geral. Se o
fascismo não é mais do que um filho do capitalismo, combatendo-se
este combate-se aquele, implicitamente. Representa o fascismo a alta
burguesia, a reacção? Não nos interessa [...] A luta contra o fascismo,
portanto, é a luta contra a burguesia, seja reaccionária ou liberal.” Fonte: João Arsénio Nunes * Análise Social, vol. XVII (67-68), 1981-3.º-4.º, 715-731
Sobre alguns aspectos da evolução
política do Partido Comunista
Português após a reorganização
de 1929 (1931-33)**
Agora confrontem-se com a Burguesia reinante dos Social Fascistas do PCP na CMA/SMAS em Almada!

IRREVERENTE disse...

A história não engana mas os Social Fascistas do PCP sim:
"O problema das relações com o antifascismo «reviralhista» irá colocar-se para o Partido de forma muito concreta perante os preparativos do golpe de 26 de Agosto de 1931. A questão é analisada na reunião de» 24 de Agosto do Secretariado do Partido, em que se faz «um exame geral
da atitude de alguns filiados participarem na conspiração burguesa». «Raul Marques» propõe, e é aparentemente aceite, enviar um ofício ao Comité Regional de Lisboa do Partido «lembrando-lhe que se deve evitar a participação de filiados nessa conspiração». A decisão parece ser, portanto,
a acreditarmos na acta, e de acordo com os princípios doutrinários do Partido, a de rejeitar qualquer envolvimento na revolta. É interessante, entretanto, constatar que, na própria reunião do Secretariado, parecem exprimir-se opiniões mais nuanceadas" Fonte: João Arsénio Nunes * Análise Social, vol. XVII (67-68), 1981-3.º-4.º, 715-731
Sobre alguns aspectos da evolução
política do Partido Comunista
Português após a reorganização
de 1929 (1931-33)**
Dizem eles que lutavam contra o Fascismo...

Minda disse...

Churchill,

Limitar os mandatos apenas ao presidente do executivo é, para mim, insuficiente. Assim, sendo o mesmo partido a ganhar as eleições, o presidente tem de mudar ao fim de 3 mandatos mas os vereadores podem ficar eternamente. Ou podem passar de vereadores hoje, futuros presidentes amanhã e vão mantendo as funções executiva “ad eterno”… Não percebo onde impor limites temporais a todos os membros dos órgão executivos pode ser ainda pior do que ficarmos apenas pela proibição do presidente… Assim, até parece que se pretende dizer que esse é o único cargo potencialmente apetecível para à corrupção.

Pois, o esquema que estava a pensar era precisamente esse que indica. Embora não veja a Mª Emília nessa situação, muitos outros não se importarão. E tudo fica, afinal, na mesma.

Mesmo para deputado (municipal, por exemplo), é preciso que, no mínimo, estude o regimento do órgão ao qual se candidata e saiba quais são os seus deveres e obrigações, assim como os seus direitos para poder exercer a função para a qual foi eleito. E, infelizmente, muitos há que durante todo o mandato nem sequer uma linha leram da legislação sobre o regime jurídico dos órgãos autárquicos tendo mesmo votado “de cruz” o respectivo regimento.

Quanto ao resto, posso dizer que estou genericamente de acordo consigo.

Minda disse...

Oliveira:

Julgo que a igualdade de oportunidades não é aqui beliscada com a limitação temporal de mandatos e muito menos com a exigência de formação adequada para o exercício de certos cargos políticos.

Todos temos direito de aceder ao curso de medicina mas só podem ser médicos aqueles que tiverem feito a formação adequada. Certo? É mais ou menos a mesma coisa, com as devidas adaptações.

O poder corrompe, diz o povo. Mas também é certo que, felizmente, nem todos se deixam corromper. Por isso também acredito que possam existir autarcas que, embora no poder há mais de 3 mandatos consecutivos, continuam a ser gente séria e honesta. Todavia, mesmo nesses casos, julgo que a democracia ganhará sempre com a alternância, mesmo que apenas interna.

Denunciar actos de corrupção, fundamentados, é um imperativo de cidadania. O risco de falsos testemunhos existe, mas não transforma a luta contra este tipo de crime (que mina a base de sustentação da nossa democracia), um acto pidesco ou inquisitório.

Minda disse...

Lear:

Mais não seja por imperativo legal a M.ª Emília já não pode ser candidata à CMA em 2013. Valha-nos isso.
As e os almadenses têm de passar a ser mais interventivos e exigentes, nomeadamente, para defesa dos seus direitos como munícipes.
É preciso, em primeiro lugar, alterar a apatia dos eleitores (cerca de 52% nem sequer vão votar, há assembleias de freguesia que sucessivamente vão realizando reuniões sem contar no público com um único freguês, etc.) para um estado mais interventivo. Caso contrário nada mudará…

Minda disse...

José Eduardo:

De facto, a postura de radicalismo assumida pelo PCP (do tudo ou nada), impede que muitas lutas dos trabalhadores saiam goradas. Não admitem cedências e, por isso, não aceitam acordos o que acaba por destruir mais do que construir.
E, depois, são peritos em desviar as culpas para cima dos outros. Quando todos sabemos que se fossem eles a estar no poder fariam muito pior (veja-se o exemplos dos países que eles ainda veneram e de como as liberdades e a democracia anda por esses lados).
Quanto ao retrato que fizeste do caso de Almada: que mais posso dizer? Apenas: concordo contigo.

Minda disse...

Anónimo das 20:38h

Felizmente há comportamentos que começam a ser desmascarados.
E a hipocrisia destes pseudo defensores dos direitos dos trabalhadores que estão, em Almada, no poder autárquico, começa a vir ao de cima.

Minda disse...

Irreverente:

Pois, parece que em Almada estes ideais são uma miragem… mas, se fossem aplicados muito mal estaríamos, também.
Luta contra o fascismo? Ou luta para derrubar uma ditadura fascista para instalar uma outra dita comunista? Em termos práticos, o que as diferencia?
E a Democracia onde cabe no meio disto tudo?

Anónimo disse...

A facção dos carreiristas que dominam o PCP- imilia, matos, amélia,e seus muchachos.
facção desprezada- gonsalves e os ortodoxos.

Anónimo disse...

burgueses almadenses: amélia, e os seus muchachos.esta sinhora comunistaAH!!!!AH!AH!AHHHHHHHHHHHHH

Anónimo disse...

Tem toda a razão a Minda! Pelo menos por uma vez, dou-lhe razão. A luta e a postura do PCP impedem, de facto, tantas e tantas vezes que a luta dos trabalhadores saia gorada! Assim fosse a postura de outros ...

Mas felizmente temos o PCP!

Desta vez concordo inteiramente com a Minda. Foi um deslize (não precisa vir cá esclarecer) mas que é bem encontrado, isso é! Resvalou-lhe, por uma vez e involuntariamente, a mão para a verdade ...

Eh, eh, eh, eh!

Quanto ao José Eduardo, se é aquele "especialista" que pinta e que a Minda tanto gaba, vou ali já venho... Tem que aprender ainda muito, para escrever melhor. Aquilo que tem demonstrado, para "grande especialista" é ... nada!

A tentativa de "rescrever" a história que aqui nos deixa é de ir às lágrimas. Pela forma - absolutamente ilegível - mas sobretudo pelo conteúdo - absolutamente demagógico e provocador, de mentiroso e ignorante que revela ser!

É claro que a um ignorante puro não se pode exigir mais! Seria desumano...

Minda disse...

No meu comentário de dia 13, das 22:32h, dirigido ao José Eduardo, existe um erro.
Escrevi:
«De facto, a postura de radicalismo assumida pelo PCP (do tudo ou nada), impede que muitas lutas dos trabalhadores saiam goradas.»
Mas, pelo resto do comentário, percebe-se que o que eu pretendia dizer era, precisamente, o seu contrário, ou seja:
De facto, a postura de radicalismo assumida pelo PCP (do tudo ou nada), leva a que muitas lutas dos trabalhadores saiam goradas.

Errei. Escrevi sem verificar a redacção. Admito-o.
Peço desculpa pelo lapso.

Anónimo disse...

facção$$$ atual que domina o PCP de almada.amélia( e os muchachos da coltura) apoiada pela Emelia e o indipendente matos.Emilea a promover já sua substituta.é o fim da ala do gonçalves.

Anónimo disse...

Caro anónimo do dia 14 de Novembro de 2010 11:58.
O que é curioso em si, seja lá quem for, é que não contribuiu em nada para a discussão. Apenas veio provar a sua postição sobre estas matérias: não tem. Ou se tem, talvez as queira discutir noutro fórum. No que me diz respeito pode marcar a hora e o local que eu lá estarei. E até pode ser o gabinete da Sra Presidente ou de algum vereador da sua simpatia.

De resto, a sua má formação não merece mais comentários.

Obrigado aos participantes que entenderam a ideia deste texto e a si Ermelinda pela publicação do meu texto.
Ant

Anónimo disse...

Para o (a) Ant,

O sr. (srª) além de mentiroso(a) é soberbo(a). A minha má formação não merece mais comentários, mas a sua "boa formação" merece este: vá lá ver se eu estou ali na esquina. E quando voltar, abstenha-se de mentir. O que o sr. (srª) aqui nos trouxe são apenas mentiras. E depois eu é que sou mal formado!!!!

Diz que não contribuo em nada para a discussão; mas é um(a) dos(das) que não resisite em responder-me (insultando, é certo, mas responde)! Em que ficamos? Se não contribuo em nada porque é que me responde? Porque é parvo(a)? Porque é demente? Porque é ... mal formado(a)? Porquê?

Anónimo disse...

Para a Minda,

Você cometeu um erro???????????????

Eh, pá, isto começa a mudar por aqui! D. Ermelinda Toscano cometeu um erro!!!!!! E assumiu!!!!!!

Quem diria? Um erro!

E que erro: escreveu apenas rigorosamente o oposto daquilo que queria escrever! Foi à pressa, a gente percebe. Como tem muitíssimo pouco tempo para se dedicar à má língua e veneno que destila por aqui (eh, eh, eh, eh), teve que escrever à pressa. E daí ... vai e comete o erro de escrever precisamente o oposto daquilo que queria escrever ...

Hummmmmm, a mim, sinceramente, cheira-me a outra coisa. É que D. Ermelinda Toscano já cometeu muitos erros destes (quem quiser que vá lá ver mais para trás. Há até um diálogo muito longo sobre estes erros de D. Ermelinda ...).

E será que Ermelinda Toscano só cometeu um erro? Pergunto eu, que sou mal formado ...

Minda disse...

ANT:

Mas achas que esse tal Anónimo tem algumas ideias sobre a matéria? E que quer discutir seja o que for? E mais ainda na presença da Sr.ª Presidente? Ou mesmo que seja na de um Vereador?
Gente desta só sabe dizer o que a patroa quer. Isenção é coisa que não sabem o que é…
E não tens de agradecer nada.
Eu é que tenho de te agradecer por teres partilhado connosco o teu texto.

Minda disse...

Felizes "os intocáveis", que julgam nunca errar.
Paz à sua alma.

Anónimo disse...

Caro anónimo que pensa que eu pensei ofendê-lo.
Olhe, eu tenho uma vida. se você não a tem arranje.
E ficamos por aqui porque há coisas importantes a fazer. De resto soa-me a que, quando isto mudar, você muda logo na primeira oportunidade.
Fique bem e divirta-se.

Ant

Anónimo disse...

Um dia, há muitos anos, um estardalhaço enorme pela inauguração do "Parque da Criança", fui lá várias vezes com o meu filho mais velho.... hoje, com o meu filho mais novo não posso ir.... como ele diz, na sua ingenuidade de 8 anos ".. nas próximas eleições não deviam votar na Maria Emília, ela plantou prédios onde era uma parque infantil..." é assim....


Luís Neto

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