Ontem, na Livraria-Bar do Cinema King, “Les Enfants Terrible”, em Lisboa, aconteceu o lançamento do livro da minha amiga Isabel Moreira Rego, “O passado ficou esquecido” (Chiado Editora), que tive a honra de apresentar.
Numa conversa informal, em jeito de tertúlia, e depois de agradecer a presença de todos e de louvar a ousadia da editora na aposta que faz nos autores contemporâneos desconhecidos dando-lhes uma oportunidade de conquistarem o público e fazerem currículo, avancei para uma breve apresentação da autora e passei , então, a falar da obra.
Primeiro, referi que o enquadramento do romance na colecção “viagens na ficção” (mero acaso, ou talvez não) – o livro da Isabel era uma viagem no tempo, pelas lembranças e memórias da autora, de meados do século passado até aos alvores do século XXI, em particular do mundo rural. Mas era, também, uma viagem interior, pelas emoções e pensamentos de Isabel, bem visíveis na critica social subtil que o livro encerra.
“O passado ficou esquecido”, é um livro simples, escrito numa linguagem acessível, clara e objectiva, sem rodeios, com uma mensagem perceptível à primeira leitura. Mas, para lá do enredo (uma história de amores desencontrados, sentimentos cruzados , algum drama e muita nostalgia), podemos dizer que existe uma leitura paralela que se pode fazer nas entrelinhas.
É como se houvesse ali escondidas, lado a lado com o mistério que o livro encerra, várias outras histórias que nos fazem pensar e nos levam a conhecer a personalidade da autora, uma mulher aguerrida, de fortes convicções, que não desiste perante as adversidades da vida.
E entre muitas outras transcrições que fui lendo, como se fossem um guião para a tal leitura escondida nas esquinas de cada folha, termino com aquela que considerei ser a que encerra a essência da mensagem da autora (a família e a sua importância como pilar da valorização individual) – um diálogo entre os dois protagonistas:
«Nós hoje somos felizes, meu querido! E é essa felicidade que nos dá o direito de recordar o passado. Mesmo que no passado não tenhamos sido felizes em troca da felicidade dos outros. Já dizia a tia Mariana: “A felicidade não se compra com dinheiro nem se rouba de ninguém. Semeamo-la para mais tarde a recolher”. E essa é a felicidade que tenho. Nós semeámo-la com a semente do nosso amor.»
6 comentários:
Amiga, Ermelinda, a sua crítica literária, e, de todo positiva - ainda que eu já tivesse houvido dela, algumas palavras, no dia do lançamento - deixou-me emotiva.
Amiga, obrigada por tudo... creia que não tenho palavras para descrever o quanto lhe estou grata pelo apoio e por tudo o mais.
Beijinho!
Isabel
Isabel:
Não tem de me agradecer. Disse o que penso, nada mais.
Bjs
Eu sei, Ermelinda, que disse o que pensa, mas as suas palavras( tanto oral como escrita) deram mais sentido à obra...
Obrigada
Beijos
isabel
Voltaremos a falar sobre o último Sábado do mês de Maio, OK?
Ermelinda, todos os amigos conseguem ver o video... eu só vejo a foto de apresentação. O que será que se passa? Será normal? Ou sou eu que não sei mexer com isto?
beijinhos
Isabel
Isabel:
Para ver o slide-show não é preciso que faça nada em especial.
As imagens "correm" de forma automática. Por isso, parece-me que talvez seja um problema de software não actualizado (do Browser que utiliza para navegar na Internet) ou talvez da placa gráfica do seu computador.
Bjs
Ermelinda, agora que me fala... eu compreendo o porquê, de não ver passar as fotos.É isso mesmo, tenho um problema do software... tenho recebido avisos. Estou à espera do Aguinaldo para ele ver o que pode fazer ... eu não sei mexer... nem sei se é facil resolver este problema.
Obrigada
beijinho
isabel
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