segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Jogar Xadrez


Adoro jogar xadrez, embora longe vão os tempos em que até federada fui. Longas tardes passei eu, que às vezes se prolongavam noite adentro, na então Casa do Povo de Corroios, tinha entre 12-14 anos, em frente a um tabuleiro, de cronómetro ao lado, a olhar embevecida para o tabuleiro, movendo as peças com mestria, magicando estratégias para derrotar o adversário...

E quando ia de férias, o tabuleiro de xadrez ia sempre comigo. Adorava passar os serões à lareira, na casa dos meus avós, a dar sucessivos cheque-mate ao coitado do meu primo que pouco mais sabia do que mover as peças e que, tirando as poucas vezes que jogava comigo, nunca mais punha a vista em cima de tal jogo. Às vezes, já saturado, pedia-me com jeitinho... «Minda, não podemos jogar às cartas? É que já estou farto de perder. Sim?». Muito a contra gosto eu lá condescendia e, então, passava ele a dominar, todo feliz. E as nossas relações ficavam assim equilibradas.

Hoje, decorridos muitos anos já sem jogar, apesar das saudades que tenho de pegar num tabuleiro e acariciar as suas peças, tenho que admitir que foi este jogo que me fez desenvolver as capacidades de concentração, de paciência, de visão estratégica que muito me serviram enquanto estudante, profissionalmente e até na minha recente vida política como autarca acabaram por me dar bastante jeito. Podem crer que vale a pena aprender a jogar xadrez, tem muita utilidade em quase todas as situações da vida... E muitos pais melhor fariam se incentivassem os seus filhos a aprender a jogar xadrez, em vez de condescenderem que eles se dediquem a jogos bélicos.

Para quem gosta de Xadrez deixo aqui alguns endereços com interesse:

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