Não sou grande adepta de romances históricos, confesso. Contudo, tenho de admitir que estou a deixar-me fascinar por uma espécie nova: o policial com investigação histórica à mistura, cuja acção decorre no século XXI mas com enredos paralelos em séculos passados.
Por isso, hoje resolvi falar-vos do livro que acabei de ler, o «Vates A.G.B», de Ana Margarida Oliveira:
«Em Janeiro de 1608, em pleno reinado de D. Filipe II, a nau Santo Agostinho sai de Goa para mais uma viagem de volta ao reino. Dentro desta nau estão as enigmáticas Trovas do Bandarra. Ao saber-se da sua existência, as mortes, os ardis e as traições sucedem-se, procurando desvendar-se o misterioso segredo que poderá mudar o curso da História de Portugal. No século XXI, uma jornalista, ao preparar um artigo sobre Fernando Pessoa, apercebe-se que algo de estranho se passa com as Trovas do Bandarra. A investigação leva-a à Ilha Terceira, onde a descoberta de uma das três figuras de marfim indo-português que viajam na Santo Agostinho a precipita numa sucessão perigosa de acontecimentos. Entre as dificuldades da viagem na nau do século XVII e as descobertas arqueológicas do século XXI, desenrolam-se duas fascinantes e tumultuosas histórias de amor e ainda a perigosa tarefa de decifrar as Trovas do Bandarra.»
Deixo-vos AQUI as primeiras páginas do dito livro. Verão que é uma história que vale a pena lerem até ao fim. E não só pelo desenrolar da trama principal, mas também pela fantástica descrição da vida da tripulação e dos passageiros das naus que faziam a Carreira da Índia, que durava longos meses em alto mar, e era feita em condições infra-humanas.
E, para aguçar o apetite, fica também um estudo sobre as Trovas do Bandarra (que eu só descobri através deste livro), consideradas premonitórias (o autor conseguiu prever a ocorrência de factos da nossa história muitos anos antes deles ocorrerem), responsáveis por um mistério que, ainda hoje, decorridos vários séculos desde que foram escritas, continuam a intrigar muitos investigadores.
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