As bandeiras nas janelas deste edifício do BES na Av.ª da Liberdade, em Lisboa, só estão lá por causa da participação de Portugal no Mundial de Futebol 2006. Todavia, hoje vou falar-vos não deste que parece ser, de há uns tempos para cá, o único desígnio nacional capaz de mobilizar multidões, mas da morte de Alcino Monteiro, o cidadão português assassinado há, precisamente, 11 anos por Mário Machado, o agora líder da Frente Nacional e a quem a comunicação social tem dado demasiado tempo de antena, a propósito de uma reportagem sobre a extrema direita no nosso país (com excertos repetidos até à exaustão), permitindo que passe a sua mensagem xenófoba, contrária aos mais elementares direitos de justiça e igualdade consignados na Constituição portuguesa.
E são essas portas que Abril abriu à Liberdade, que muitos querem agora fechar. Mas, felizmente, ainda temos muito mais gente capaz de continuar a lutar por as manter abertas. Por isso, apesar da crise económica que o país atravessa e do generalizado sentimento de desilusão que se sente no ar, acredito que melhores dias virão. Por mim, embora às vezes me sinta revoltada, cansada e com vontade de desistir de tudo, o certo é que, quando olho o mundo à minha volta, sinto-me uma privilegiada perante tantas catástrofes que por este planeta grassam, e depois de retemperar as forças volto cheia de vontade de continuar a sonhar e ir em frente. Até ao infinito...
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2 comentários:
Concordo contigo, é importante sonhar sem deixarmos de caminhar na direcção de algo que queremos... mesmo que esteja próximo do infinito...
Se não fosse o sonho, ainda estariamos na idade da pedra. E acreditar que conseguimos atingir o infinito, mesmo que se revele mera utopia, essa esperança funciona como motor que nos impulsiona a seguir sempre em frente. Sem essa capacidade de sonhar e acreditar no impossível, afundamo-nos e entramos em depressão. Um resto de um bom domingo, na continuação do excelente sábado que foi aquele com o piquenique na mata do seminário de Almada. Quando vier de férias, envio-te as fotos.
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