O primeiro de entre os vários episódios que aconteceram ontem durante a
2.ª sessão da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Almada, e que demonstram
o quanto a CDU sofre dos males que titulam este artigo, chegou-nos pela mão do
deputado municipal João Geraldes que, tal como os seus camaradas de bancada e
na vereação, vive numa realidade paralela onde a CDU é a dona absoluta da
verdade e todos os outros autarcas são desonestos, incompetentes e preguiçosos.
O discurso de João Geraldes, que mente do princípio ao fim com uma enorme
desfaçatez, pode mesmo considerar-se extremamente ofensivo do bom-nome da
presidente da autarquia que acusou de falta de seriedade.
Assim não! Em política não vale tudo.
A transcrição do período de “intervenção dos cidadãos” (desde a
participação do trabalhador dos SMAS Pedro Rebelo às reações dos partidos e da
Presidente da autarquia) pode ser lida AQUI.
Para já ficam apenas as palavras de João Geraldes:
«E dizer que o anterior executivo dizia que não tinha precários e depois
tinha 51 trabalhadores precários na autarquia, não é sério.
Peço desculpa, mas não é sério.
Há 15.000 trabalhadores precários nas autarquias deste país. 15.000. Há
15.000.
[Não são 15.000, mas 15.758 os que foram indicados pelas
autarquias que responderam ao inquérito da DGAL. O que significa que até podem ser
muitos mais.]
E são 15.000 mil precários porque é preciso não esquecer porque é que
eles apareceram. É preciso não esquecer porque é que as autarquias tiveram de
recorrer a trabalho precário. É preciso não esquecer que o PS, o PSD e o CDS/PP
assinaram com a troica estrangeira um protocolo, um acordo ou o que foi, que
impôs às autarquias locais a redução em 2% dos trabalhadores das autarquias e
impediu a contratação de trabalhadores durante anos.
[Nunca existiu uma proibição absolutamente impeditiva das
autarquias contratarem pessoal. Havia sim sérias restrições, mas sobretudo para
as autarquias com dificuldades financeiras. O que, de todo, era o caso da CM de
Almada. Leia AQUI o artigo da revista Poder Local com
os esclarecimentos que se impõe.]
É preciso não esquecer isto.
Como é que se garantia os serviços que as autarquias tinham que prestar
às populações? Qual era a opção? Era fechar os serviços? Era acabar com os
serviços e deixar as populações sem os serviços?
[Para provar que a CM de Almada não estava impedida de
contratar pessoal basta consultar o ARQUIVO DE CONCURSOS DE PESSOAL da autarquia – entre
2009 e 2017 houve vários procedimentos para recrutar desde técnicos superiores,
assistentes técnicos e operacionais e até dirigentes. Por isso, havia outra
opção sim! Optar pelos vínculos precários foi uma escolha do executivo CDU. Tal
como o foi a externalização de serviços adjudicando competências a empresas que
recorriam a trabalho precário para as satisfazer: como o caso mais flagrantes
da “Óptimo Pretexto”.]
Não foi essa a opção.
Nós sempre fomos contra o trabalho precário. Nós sempre contra a
necessidade de recorrer a situações de trabalho precário para satisfazer
necessidades permanentes.
Simplesmente foi a lei do país, foi a lei que o PS, o PSD e o CDS impuseram
ao país que nos obrigaram e obrigaram a generalidade das autarquias a seguir
uma via que não é a via que as autarquias defendem.
Portanto, é preciso sermos sérios.
E no final do mandato anterior, com a mudança de política nacional,
estávamos a resolver o problema. Como aliás se continua a resolver o problema.
Como todos nós defendemos que se resolva.
Portanto, é preciso ter “sentido de Estado” relativamente a estas
matérias e é preciso ser sério quando se fazem as afirmações que se fazem.»
FONTE: transcrição
da gravação áudio do vídeo da 2.ª sessão da reunião extraordinária de
fevereiro (dia 9). Apenas o período de “intervenção dos cidadãos”.
2 comentários:
João Geraldes falso comunista que mama há muitos anos 3000.Por isso a sua esposa Luisa Paulitos tem um emprego na CMA e nunca trabalha a maior nodoa do Stal.
Este javardo nem aos filhos liga não têm moral para falar sobre direitos quando de pai não os cumpre.
A mulher deste a nodoa do stal , quando está no trabalho leva o tempo todo no facFaceb com as amigas ,Ana Graça,Ana Borges ,Clara Correia as que assim que entrou novo executivo pediram para mudar de posto.
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