sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Recordar é um risco? Arrisquemos, então!

Há dois anos, precisamente no dia 23-09-2014, escrevi no Facebook os comentários / desabafos que as imagens a seguir documentam:





Hoje, 24 meses decorridos, muita coisa se alterou:
Eu estive um ano sem salário (além de dois subsídios de férias também em atraso) e perdi todos os direitos como beneficiária da ADSE, embora nunca tenha deixado de cumprir o meu horário de trabalho nem abandonado as funções que me cabiam que foram sempre executadas com zelo e dedicação;
Entretanto, os Serviços de Cultura da Assembleia Distrital de Lisboa foram extintos em junho de 2015;
A Universalidade Jurídica da ADL foi transferida para o Estado em agosto de 2015;
Fui colocada na Direção-Geral das Autarquias Locais em 15-09-2015, onde me encontro no presente, tendo recuperado os benefícios da ADSE;
A Secretaria-Geral do Ministério das Finanças finalmente liquidou todos os créditos aos trabalhadores em dezembro de 2015 já no âmbito do Governo liderado por António Costa…
… Pois. António Costa!
Precisamente, António Costa: o responsável pelo colapso da Assembleia Distrital de Lisboa e pelas gravosas consequências sobre os seus trabalhadores.

Arriscarei trazer à lembrança aquilo que à época escrevi no calor do momento? Talvez!

Mas não posso deixar de aqui o recordar, até porque se o então presidente da Câmara de Lisboa é agora 1.º Ministro isso não afasta as suas responsabilidades como autarca apesar do caricato da situação que nesta data se apresenta: é a gestão de Fernando Medina que está a ser chamada à colação pelo Ministro das Finanças Mário Centeno para assumir as dívidas que o anterior edil (António Costa e agora 1.º Ministro) deixou naquela autarquia.
E se então (naqueles tempos difíceis vividos entre meados de 2013 e finais de 2015) não me calei nem desisti, muito menos o farei agora.

Por isso, além de continuar a assumir, de forma frontal, tudo o que sobre o assunto da Assembleia Distrital de Lisboa já escrevi, não descansarei até que seja clarificada a posição do Município de Lisboa (melhor dizendo, dos autarcas que por capricho uns, por subserviência partidária outros ou indiferença/conivência passiva aqueloutros) e acertadas as contas que alguns pretendem que fiquem num conveniente limbo político que faça esquecer comportamentos contrários à Lei e que, não temo afirmá-lo, chegaram a representar um ultraje à própria Democracia.

Sem comentários:

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