terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Adivinha do dia!

Este discurso é parte da intervenção que um deputado da Assembleia Municipal de Almada fez sobre as Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2011, na reunião de 2.ª feira dia 20 de Dezembro.
O desafio que vos propomos é que tentem imaginar a que bancada pertence o orador em causa.


(...) «Em Almada, município do lado certo do Tejo, a crise também é real, também ela tem rostos, também ela lança todos os dias homens e mulheres para o desemprego, para a incerteza, para um desespero que também a nós diz respeito.

O número de desempregados em Almada ascendia, de acordo com o IEFP, a 9256 em Outubro passado. Um crescimento de 14,5% face a Outubro de 2009, e mais 55,1% do que em Outubro de 2008. Estes números não reflectem a dura realidade do sub-emprego e do trabalho precário que, por responsabilidade directa dos governos PS, coadjuvados de forma cobarde pelo PSD, afectam de forma cada vez mais intensa os almadenses e os portugueses em geral (são mais de 550 mil desempregados!).

Por este motivo, um orçamento que não abandona os mais pobres, os que necessitam de apoio e que, simultaneamente investe em Almada e nos almadenses, é um orçamento válido e que deve ser aprovado. (…)

Por outro lado, o documento que aqui nos é apresentado evidencia um conjunto muito significativo de aspectos positivos, que devem ser sublinhados dada a sua relevância:

- Mesmo num cenário de contracção orçamental que atinge os 10,03%, este orçamento assume o compromisso de aumentar em 39,9% o apoio aos que apoiam os tecidos sociais mais frágeis e os almadenses em geral. Passa-se de 3,2 milhões de euros, para 4,48 milhões. Se considerarmos as transferências de capital, a evolução mantém-se positiva em 9,06% (com perto de 6 milhões de euros de apoio). (…)

- Mesmo num cenário de crescente precariedade dos trabalhadores (também na Função Pública), o documento em análise assume o compromisso de reduzir esta realidade na estrutura camarária, assistindo-se a uma contracção das despesas com pessoal precário em mais de 32,6% face ao ano passado, o que representa uma manifesta vitória da esquerda em Almada.

- Mesmo num cenário de austeridade forçada e de profunda descredibilização das finanças públicas nacionais, em que os funcionários públicos são diabolizados e considerados como parte do problema e não como parte da solução, a Câmara Municipal de Almada assume o ónus de provar que é possível conciliar a sustentabilidade financeira com a segurança laboral e o desenvolvimento sustentado e sustentável.

- Mesmo num cenário marcado por um Orçamento de Estado, que corta de forma totalmente discricionária e irresponsável o investimento público nas áreas sociais, as Opções do Plano e o Orçamento municipais para 2011 assumem o compromisso de manter praticamente inalteradas as verbas destinadas às funções sociais (com uma quebra de 0,23% face ao orçamento de 2010, menos de 57 mil euros). (…)

- Este é um Orçamento suportado pelos almadenses que, de forma directa garantem perto de 60% das receitas correntes, mas também elaborado para os almadenses e com os almadenses. A participação dos cidadãos na vida municipal e nas decisões que lhes dizem respeito, em 2011, assistirá a um patamar qualitativo muito relevante, que abre boas perspectivas para novas formas de participação no futuro próximo.

Este é um Orçamento que oferece garantias reais aos almadenses e que aposta no futuro (por exemplo, na eficiência e na certificação energética) sem hipotecar o presente.

É um orçamento que uma esquerda moderna tem necessariamente de apoiar, sobretudo num contexto em que o Estado procura esvaziar o Estado de responsabilidades, em que o Estado procura esvaziar a capacidade de actuação do poder local, em que o Estado procura esvaziar os cidadãos dos seus mais elementares direitos e garantias. (…)»

14 comentários:

Anónimo disse...

atendendo á linguagem utilizada, só poderá ter sido um eleito do be.
antonio jacinto

Anónimo disse...

Ou à falta de lógica e disparate, talvez, Sergio Taipa, da CDU.

Anónimo disse...

pode ser um qualquer dos dois, pois as mentiras são mesmo característica comum aos dois partidos

Anónimo disse...

Pelo bajulamento e subserviência ao PCP, cheira a BE.
Posso estar enganado, mas é o que me parece.

carlos carvalhas disse...

Há o Sérgio Taipas, o tal que é reformado e que mama 3000 e há é comuna.

Lucifer disse...

È de fácil resposta.
Se fosse um deputado do PCP não diria tão bem do Orçamento, teria vergonha do auto elogio.
Só pode ser do BE, na esperança de o PCP agradecer e chamar-lhes camaradas!
Oh que bom que seria!
Mas o PCP, não lhes vai agradecer, tal como o não faz o cliente machão da prostituta barata. Nem sequer a/o vai reconhecer depois de satisfeito.
Resta a este deputado, o prazer de ter feito gozar o macho/dono/PCP.

Minda disse...

António Jacinto:

Pois, esta não era difícil.
Veja o texto integral no seguinte endereço:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxpbmZpbml0b3NpaXxneDoyZjNiOWExY2Q2YWM4YTRh&pli=1.

Minda disse...

Anónimo das 01:16h

Não acertou. Mas até que bem poderia ter sido tantos são os elogios.
Estas são as declarações de Manuel Braga, do Bloco de Esquerda.
O link para a intervenção completa encontra-se no comentário anterior.

Minda disse...

Anónimo das 9:10h

Infelizmente acaba por ter razão.
Por mais que tente explicar as razões do seu voto, e da "oposição construtiva" que diz fazer, o certo é que o BE mudou radicalmente de discurso desde que elegeu a vereadora e a colagenm às políticas da CDU é evidente.

Minda disse...

Anónimo das 11:59h

Não, não está enganado.
Mas antes estivesse.
Infelizmente a realidade é esta.

Minda disse...

Carlos Carvalhas:

O seu comentário nada tem a ver com a adivinha do dia.
E escusado seria utilizar este tipo de linguagem.

Minda disse...

Lucifer,

Só não concordo consigo num aspecto: o PCP não tem vergonha nenhuma de se auto-elogiar. Ao fim e ao cabo é o que eles fazem sempre... e, pior ainda, julgam-se perfeitos, acham que nunca erram e consideram que podem cometer ilegalidades porque se sentem inatingíveis.

Quanto ao BE... sem comentários.

Filomena Silva disse...

As entidades, as instituições, as organizações, são formadas por pessoas. Essas pessoas fazem com que a percepção sobre as entidades, instituições e organizações sejam boas ou más...
O problema não é do BE enquanto organização política, mas sim da ou das pessoas que por vezes o representam.

Minda disse...

Filomena,

Tens toda a razão.
Mas a imagem pública do BE é a que resulta do comportamento dessas pessoas e, consequentemente, enquanto forem elas a condicionar as opções políticas, nada há a fazer (na minha opinião).

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