Este discurso é parte da intervenção que um deputado da Assembleia Municipal de Almada fez sobre as Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2011, na reunião de 2.ª feira dia 20 de Dezembro.
O desafio que vos propomos é que tentem imaginar a que bancada pertence o orador em causa.
(...) «Em Almada, município do lado certo do Tejo, a crise também é real, também ela tem rostos, também ela lança todos os dias homens e mulheres para o desemprego, para a incerteza, para um desespero que também a nós diz respeito.
O número de desempregados em Almada ascendia, de acordo com o IEFP, a 9256 em Outubro passado. Um crescimento de 14,5% face a Outubro de 2009, e mais 55,1% do que em Outubro de 2008. Estes números não reflectem a dura realidade do sub-emprego e do trabalho precário que, por responsabilidade directa dos governos PS, coadjuvados de forma cobarde pelo PSD, afectam de forma cada vez mais intensa os almadenses e os portugueses em geral (são mais de 550 mil desempregados!).
Por este motivo, um orçamento que não abandona os mais pobres, os que necessitam de apoio e que, simultaneamente investe em Almada e nos almadenses, é um orçamento válido e que deve ser aprovado. (…)
Por outro lado, o documento que aqui nos é apresentado evidencia um conjunto muito significativo de aspectos positivos, que devem ser sublinhados dada a sua relevância:
- Mesmo num cenário de contracção orçamental que atinge os 10,03%, este orçamento assume o compromisso de aumentar em 39,9% o apoio aos que apoiam os tecidos sociais mais frágeis e os almadenses em geral. Passa-se de 3,2 milhões de euros, para 4,48 milhões. Se considerarmos as transferências de capital, a evolução mantém-se positiva em 9,06% (com perto de 6 milhões de euros de apoio). (…)
- Mesmo num cenário de crescente precariedade dos trabalhadores (também na Função Pública), o documento em análise assume o compromisso de reduzir esta realidade na estrutura camarária, assistindo-se a uma contracção das despesas com pessoal precário em mais de 32,6% face ao ano passado, o que representa uma manifesta vitória da esquerda em Almada.
- Mesmo num cenário de austeridade forçada e de profunda descredibilização das finanças públicas nacionais, em que os funcionários públicos são diabolizados e considerados como parte do problema e não como parte da solução, a Câmara Municipal de Almada assume o ónus de provar que é possível conciliar a sustentabilidade financeira com a segurança laboral e o desenvolvimento sustentado e sustentável.
- Mesmo num cenário marcado por um Orçamento de Estado, que corta de forma totalmente discricionária e irresponsável o investimento público nas áreas sociais, as Opções do Plano e o Orçamento municipais para 2011 assumem o compromisso de manter praticamente inalteradas as verbas destinadas às funções sociais (com uma quebra de 0,23% face ao orçamento de 2010, menos de 57 mil euros). (…)
- Este é um Orçamento suportado pelos almadenses que, de forma directa garantem perto de 60% das receitas correntes, mas também elaborado para os almadenses e com os almadenses. A participação dos cidadãos na vida municipal e nas decisões que lhes dizem respeito, em 2011, assistirá a um patamar qualitativo muito relevante, que abre boas perspectivas para novas formas de participação no futuro próximo.
Este é um Orçamento que oferece garantias reais aos almadenses e que aposta no futuro (por exemplo, na eficiência e na certificação energética) sem hipotecar o presente.
É um orçamento que uma esquerda moderna tem necessariamente de apoiar, sobretudo num contexto em que o Estado procura esvaziar o Estado de responsabilidades, em que o Estado procura esvaziar a capacidade de actuação do poder local, em que o Estado procura esvaziar os cidadãos dos seus mais elementares direitos e garantias. (…)»
O número de desempregados em Almada ascendia, de acordo com o IEFP, a 9256 em Outubro passado. Um crescimento de 14,5% face a Outubro de 2009, e mais 55,1% do que em Outubro de 2008. Estes números não reflectem a dura realidade do sub-emprego e do trabalho precário que, por responsabilidade directa dos governos PS, coadjuvados de forma cobarde pelo PSD, afectam de forma cada vez mais intensa os almadenses e os portugueses em geral (são mais de 550 mil desempregados!).
Por este motivo, um orçamento que não abandona os mais pobres, os que necessitam de apoio e que, simultaneamente investe em Almada e nos almadenses, é um orçamento válido e que deve ser aprovado. (…)
Por outro lado, o documento que aqui nos é apresentado evidencia um conjunto muito significativo de aspectos positivos, que devem ser sublinhados dada a sua relevância:
- Mesmo num cenário de contracção orçamental que atinge os 10,03%, este orçamento assume o compromisso de aumentar em 39,9% o apoio aos que apoiam os tecidos sociais mais frágeis e os almadenses em geral. Passa-se de 3,2 milhões de euros, para 4,48 milhões. Se considerarmos as transferências de capital, a evolução mantém-se positiva em 9,06% (com perto de 6 milhões de euros de apoio). (…)
- Mesmo num cenário de crescente precariedade dos trabalhadores (também na Função Pública), o documento em análise assume o compromisso de reduzir esta realidade na estrutura camarária, assistindo-se a uma contracção das despesas com pessoal precário em mais de 32,6% face ao ano passado, o que representa uma manifesta vitória da esquerda em Almada.
- Mesmo num cenário de austeridade forçada e de profunda descredibilização das finanças públicas nacionais, em que os funcionários públicos são diabolizados e considerados como parte do problema e não como parte da solução, a Câmara Municipal de Almada assume o ónus de provar que é possível conciliar a sustentabilidade financeira com a segurança laboral e o desenvolvimento sustentado e sustentável.
- Mesmo num cenário marcado por um Orçamento de Estado, que corta de forma totalmente discricionária e irresponsável o investimento público nas áreas sociais, as Opções do Plano e o Orçamento municipais para 2011 assumem o compromisso de manter praticamente inalteradas as verbas destinadas às funções sociais (com uma quebra de 0,23% face ao orçamento de 2010, menos de 57 mil euros). (…)
- Este é um Orçamento suportado pelos almadenses que, de forma directa garantem perto de 60% das receitas correntes, mas também elaborado para os almadenses e com os almadenses. A participação dos cidadãos na vida municipal e nas decisões que lhes dizem respeito, em 2011, assistirá a um patamar qualitativo muito relevante, que abre boas perspectivas para novas formas de participação no futuro próximo.
Este é um Orçamento que oferece garantias reais aos almadenses e que aposta no futuro (por exemplo, na eficiência e na certificação energética) sem hipotecar o presente.
É um orçamento que uma esquerda moderna tem necessariamente de apoiar, sobretudo num contexto em que o Estado procura esvaziar o Estado de responsabilidades, em que o Estado procura esvaziar a capacidade de actuação do poder local, em que o Estado procura esvaziar os cidadãos dos seus mais elementares direitos e garantias. (…)»
14 comentários:
atendendo á linguagem utilizada, só poderá ter sido um eleito do be.
antonio jacinto
Ou à falta de lógica e disparate, talvez, Sergio Taipa, da CDU.
pode ser um qualquer dos dois, pois as mentiras são mesmo característica comum aos dois partidos
Pelo bajulamento e subserviência ao PCP, cheira a BE.
Posso estar enganado, mas é o que me parece.
Há o Sérgio Taipas, o tal que é reformado e que mama 3000 e há é comuna.
È de fácil resposta.
Se fosse um deputado do PCP não diria tão bem do Orçamento, teria vergonha do auto elogio.
Só pode ser do BE, na esperança de o PCP agradecer e chamar-lhes camaradas!
Oh que bom que seria!
Mas o PCP, não lhes vai agradecer, tal como o não faz o cliente machão da prostituta barata. Nem sequer a/o vai reconhecer depois de satisfeito.
Resta a este deputado, o prazer de ter feito gozar o macho/dono/PCP.
António Jacinto:
Pois, esta não era difícil.
Veja o texto integral no seguinte endereço:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxpbmZpbml0b3NpaXxneDoyZjNiOWExY2Q2YWM4YTRh&pli=1.
Anónimo das 01:16h
Não acertou. Mas até que bem poderia ter sido tantos são os elogios.
Estas são as declarações de Manuel Braga, do Bloco de Esquerda.
O link para a intervenção completa encontra-se no comentário anterior.
Anónimo das 9:10h
Infelizmente acaba por ter razão.
Por mais que tente explicar as razões do seu voto, e da "oposição construtiva" que diz fazer, o certo é que o BE mudou radicalmente de discurso desde que elegeu a vereadora e a colagenm às políticas da CDU é evidente.
Anónimo das 11:59h
Não, não está enganado.
Mas antes estivesse.
Infelizmente a realidade é esta.
Carlos Carvalhas:
O seu comentário nada tem a ver com a adivinha do dia.
E escusado seria utilizar este tipo de linguagem.
Lucifer,
Só não concordo consigo num aspecto: o PCP não tem vergonha nenhuma de se auto-elogiar. Ao fim e ao cabo é o que eles fazem sempre... e, pior ainda, julgam-se perfeitos, acham que nunca erram e consideram que podem cometer ilegalidades porque se sentem inatingíveis.
Quanto ao BE... sem comentários.
As entidades, as instituições, as organizações, são formadas por pessoas. Essas pessoas fazem com que a percepção sobre as entidades, instituições e organizações sejam boas ou más...
O problema não é do BE enquanto organização política, mas sim da ou das pessoas que por vezes o representam.
Filomena,
Tens toda a razão.
Mas a imagem pública do BE é a que resulta do comportamento dessas pessoas e, consequentemente, enquanto forem elas a condicionar as opções políticas, nada há a fazer (na minha opinião).
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