Ontem foi dia de greve na Administração Local, decretada pela CGTP.
Na sua página oficial, o STAL faz um balanço da greve e queixa-se de “pressões inadmissíveis” sobre os trabalhadores, nomeadamente de “chantagem e mesmo coação” e, por isso, informam que irão “accionar os mecanismos legais tendentes a apurar responsabilidades e punir os responsáveis por tais atitudes antidemocráticas.”
Todavia, não deixa de ser caricato verificar que, em Almada, é este mesmo sindicato (que se sente tão escandalizado com os alegados actos de violação da lei da greve) que, ao que tudo indica, com a conivência passiva dos responsáveis políticos da autarquia, acaba por assumir as “atitudes intimidatórias” que, supostamente, condena nos outros e a violar, de forma descarada, os mais elementares direitos dos trabalhadores, entre os quais o de serem livres de optar por aderir ou não à greve.
Conforme o MITCMA denuncia no seu blogue, “infelizmente e MAIS UMA VEZ, em diversas instalações da CMA (Alto do Índio e Vale Figueira são apenas dois exemplos), o piquete de greve encerrou as instalações a cadeado, impedindo o livre acesso dos trabalhadores” ao seu posto de trabalho. Assim, claro, não é de admirar que em Almada a taxa de adesão à greve tenha sido de 96%!
Na sua página oficial, o STAL faz um balanço da greve e queixa-se de “pressões inadmissíveis” sobre os trabalhadores, nomeadamente de “chantagem e mesmo coação” e, por isso, informam que irão “accionar os mecanismos legais tendentes a apurar responsabilidades e punir os responsáveis por tais atitudes antidemocráticas.”
Todavia, não deixa de ser caricato verificar que, em Almada, é este mesmo sindicato (que se sente tão escandalizado com os alegados actos de violação da lei da greve) que, ao que tudo indica, com a conivência passiva dos responsáveis políticos da autarquia, acaba por assumir as “atitudes intimidatórias” que, supostamente, condena nos outros e a violar, de forma descarada, os mais elementares direitos dos trabalhadores, entre os quais o de serem livres de optar por aderir ou não à greve.
Conforme o MITCMA denuncia no seu blogue, “infelizmente e MAIS UMA VEZ, em diversas instalações da CMA (Alto do Índio e Vale Figueira são apenas dois exemplos), o piquete de greve encerrou as instalações a cadeado, impedindo o livre acesso dos trabalhadores” ao seu posto de trabalho. Assim, claro, não é de admirar que em Almada a taxa de adesão à greve tenha sido de 96%!
Para mim, esta foi a gota de água (mas não é, nem de perto nem de longe, a minha única razão de queixa... foi, apenas, o transbordar do copo). Não posso pactuar com comportamentos destes… são um vergonhoso atentado à liberdade individual, um direito constitucionalmente protegido mas que nos pretendem aqui usurpar. Por isso, não é tarde nem é cedo, hoje mesmo vou enviar uma carta à Direcção do STAL a solicitar a desvinculação como sócia e a apresentar a minha consequente demissão das funções de delegada sindical.
21 comentários:
Acima de tudo há que sermos coerentes connosco próprios e não pactuar com a política de dois pesos e duas medidas.
Por esta e por outras é que a nossa política está desacreditada.
São os velhos e conhecidos métodos estalinistas do PCP, perseguindo os trabalhadores da CMA que não aderem às greves e fechando as instalações para não os deixar trabalhar e contá-los como grevistas.
Numa democracia a sério é tanta a liberdade de fazer greve como a de não aderir. Mas isso é numa democracia a sério não é em Almada.
Por isso temos de dar democracia a Almada no dia 11 de Outubro, votando PS e BE!
Indignada, Minda?
Mas não tem sido esse o comportamento do STAL em greves anteriores?
Em Vale Figueira e no Alto do Índio sempre tem sido assim.
E lá estão, de uma forma mais notória, os ditadores do STAL, usando viaturas da CMA (ilegal) impondo as suas leis.
Sabem que a lei da greve não lhes permite encerrar as instalações mas como passam impunes, continuam, cobertos pelos políticos que os chefiam.
Tudo isto se tem passado ao longo dos anos com a maior das impunidades.
É admitido por lei aos piquetes de greve, e aceita-se, incentivar à greve. E cada um tem o direito de fazer o que quer.
É infringir a lei impedir a entrada de qualquer trabalhador no seu local de trabalho.
É esta a postura do STAL.
Não posso tb de deixar o meu depoimento no que se refere à minha não adesão á greve.
Como vêm sendo habito não vejo motivo para fazer greve por tudo e por nada, a CGTP-IN(stal)de a cerca de 10 anos para cá vêm banalizando a greve.
Por volta das 6.45 da manhã do dia 16 de setembro cheguei á secção de trabalho mais os meus colegas para trabalhar , é claro porta fechada...mas como se não chega-se qual não foi o meu espanto por volta das 7.30 chega um veiculo da cãmara com um papel a dizer piquete de greve a tapar o logotipo desta autarquia, ainda mais espantado fiquei quando a senhora que saiu lá de dentro era nem mais nem menos a mulher do vereador RUI MARTINS.
dirigindo-se aos trabalhadores com aquele ar de superioridade e arrogante para saber o motivo pelo qual não estava-mos em casa.
Por muito que pensem que os operários são ordinários e brutos tivemos a delicadeza de lhe dizer que não concordavamos com o motivo desta greve.È claro pegou no tm, deve ter ligado para algum dirigente superior do PCP, que lhe lá deve ter dito para se ir embora e não chatear a malta .
Agora eu pergunto o pk de não estarem as instalações abertas para quem quer trabalhar?
Será assim que vamos contribuir para o melhoramento do nosso concelho ou país?
E.H
Pois é, se queres manter o trabalho ou progredir na carreira, não podes reclamar contra o patrão e tens de fazer greve quando ele manda!
Isto está tudo doido.
Só falta continuarem a votar no parão(CDU/MES).
Vamos lá a ver se desta vez o pessoal tem juízo e mete esta gente na rua.
O Youtube e Blogosfera, tem destas.
Vão-nos informando sobre o que se passa nas ditaduras, sem que os ditadores o possam impedir. Tanto faz na China, como no Irão ou em Almada.
Dia 11 de Outubro vamos correr com eles.
A esquerda vencerá
Al-Ma'dan:
Concordo inteiramente. Por isso é que não posso continuar a ser sócia do STAL e, muito menos sua delegada sindical.
Liberdade:
São comportamentos imperdoáveis em democracia. E que por acontecerem, nos fazem pensar que estamos num regime ditaturial... Uma tristeza!
Dia 11 de Outubro espero que os almadenses não se abstenham e libertem Almada deste jugo que a atrofia.
Observador:
Indignada e revoltada. Chocada mesmo! Apesar de já me terem dito que isto até acontecia, nunca pensei que fosse assim... e, depois, terem a lata de falarem em pressões inadmissíveis ao inverso, fazendo-se de vítimas. Foi demais.
E se isto já se arrasta há vários anos, como é que nunca ninguém denunciou a situação publicamente?
E.H.:
Até parece que o STAL só conhece a greve como forma de luta. Quando existem muitas outras formas de protesto.
E, já agora, também de negociação... algo que o STAL parece não conseguir fazer por ser demasiado intransigente (quem tudo quer tudo perde... pedem demais, exigem reivindicações irrealistas e a contrapartida que conseguem é... NADA!)... é, assim, que se defendem os interesses dos trabalhadores?
Mas que raio de sindicalismo é este, afinal?
Barnabé:
Ora aí está uma prespectiva caricata: ser o patrão (a autarquia) a obrigar os trabalhadores a fazerem greve. É mesmo caso para dizer que está tudo de pernas para o ar.
E está tudo do avesso por causa de uma coisa muito simples: a excessiva partidarização do STAL que se confunde com o PCP e a autarquia com o STAL. Desta misturada da política com o sindicato é que acaba por dar esta confusão.
E, por arrasto, sendo a autarquia do PCP e o Governo do PS, estando nós em período eleitoral, STAL e CMA não resistiram ambos a fazer aproveitamento político... e os trabalhadores acabam por ser uns meros joguetes.
Belzebu:
Não fossem a blogosfera e o youtube e nada disto se tinha conhecido, pelo menos assim publicamente.
Estes são dois poderosos meios de comunicação que, felizmente, ninguém consegue controlar.
Dia 11 de Outubro a esquerda vencerá sim. Mas, em Almada, a esquerda não inclui a CDU... não enquanto lá estiver a Maria Emília e todos os seus apaniguados.
Estou pouco familiarizado com o meio sindical, mas parece-me que a excessiva partidarização do mesmo só serve interesses que não o dos trabalhadores.
A nossa democracia!está transformada numa partidocracia o que é péssimo para a nossa vida em sociedade, pois tudo tem de passar pelos partidos.
Não minha óptica, esta partidarite que tomou conta de Portugal tem contribuído e muito para a dificuldade que temos tido para nos desenvolvermos como sociedade de primeiro mundo.
Pessoalmente, tenho as minhas convicções políticas, tomo as minhas opções e no momento certo voto em quem me parece na altura o mais indicado.
Mas, não tenho partido político.
Sei de fonte segura que se tivesse, poderia estar mais bem instalado na vida, mas o que querem, prezo muito a minha liberdade de pensamento e não gosto nada de carneiradas!
Em Almada sou, e sempre fui, apologista de um movimento de cidadãos que se formasse, num primeiro momento como interlocutor da câmara, qualquer que ela fosse e, um dia quem sabe, noutras circunstâncias poder concorrer às eleições.
Acredito que a partidarite tem sido negativa para a nossa evolução enquanto sociedade que se quer evoluída e emancipada.
Sempre foi assim na Câmara. Mas esses trabalhadores que são utilizados para fazer piquete, são criaturas que não estão a contrato e têm o aval da chefia, iludidos em passarem para o quadro da Câmara. Esses corajosos da treta, deviam saber que durante anos vários chefes de divisão, aderiram às greves, mas como não têm horário e dar satisfação, ficavam em casa e recebiam o vencimento correspondente ao dia de greve. Fazem isso à vários anos e mais muitos deles ligados ao PCP. Depois vêm estes marmanjos armados em sindicalistas, da treta impedir trabalhadores com coragem de ir trabalhar. Uma pergunta esta greve serviu que interesses, as finanças da Câmara, da CDU? alguém me sabe esclarecer.
queria referir criaturas que estão a contrato
É óbvio que uma greve beneficia, desde logo, as finanças da entidade patronal.
Não gasta coisa nenhuma. E não paga a quem fizer greve.
Como diz o outro "isto anda tudo ligado".
Al-Ma'dan:
Os partidos políticos têm de se renovar, caso contrário não conseguirão captar o interesse dos cidadãos.
Mas se as coisas estão como estão, é porque as pessoas deixam que assim seja. Desobrigam-se das suas responsabilidades cívicas e, depois, queixam-se. Falta, na nossa sociedade, uma educação para a participação.
Assim se vê...:
Se é hábito haver esta promiscuidade entre o Sindicato e a Autarquia, e entre ambos o PCP (que é quem, de facto, está na génese da actuação de ambos), é lamentável que os trabalhadores prejudicados nunca se tenham unido e agido em conformidade.
Observador:
Ora aí está uma técnica de poupança infalível... pode ser vergonhosa e antidemocrática, mas poupa milhares de euros à autarquia, lá isso é verdade.
Compreendo que a união dos trabalhadores consegue derrotar ditaduras. Todavia, existe desde sempre um polvo=ditadura com 35 anos de poder nesta autarquia. Foram várias as criaturas (Carreiras, Maia, Rebelo, Marreiros), que se encheram e arranjaram tachos profissionais dentro desta casa. Quem tivesse o atrevimento de criticar era mandado para a prateleira, fazer funçoes de auxiliar até ficar neurológicamente abatido. Alguns trabalhadores remaram contra esta ditadura, através do sindicato, com requerimentos.Sofreram e muito. Só que o sistema esmaga quem tenha valores católicos e de verdadeira camaradagem. Muitas injustiças aconteceram nesta Câmara. Minda os injustiçados uniam-se a quem?alguns colegas funcionavam como agentes da pide. A maior parte dos trabalhadores da Câmara não têm espírito de solidariedade,ea justiça, de camaradagem.Foram várias as pessoas perseguidas pela pide da cdu.Por isso vou votar PS, acho que o Bloco tem garantido um deputado se não houver trafulhiçe no apuramento dos resultados.Como funcionária estarei sempre pelo lado das vitimas e dos injustiçados.Meu pai que foi comunista antes e depois do 25 de Abril, tendo sido preso pela pide, soube transmitir-me esses valores. Hoje também ele e toda a minha familia vão votar Bloco de Esquerda.assim se v~e a força do PC
Assim se vê...:
Compreendo a sua angústia, expressa na revolta com que escreve sobre esta temática (ou vice versa).
Trabalhar em ambientes onde a pressão sobre os trabalhadores é desse nível, logicamente que desestrutura qualquer um.
E a união entre os trabalhadores exige um sindicato forte e conhecedor dos meandros da gestão autárquica para agir com segurança e de forma imediata.
É preciso aprender a resisitir. Mas é preciso, sobretudo, estar atento aos nossos direitos. Porque um trabalhador informado mais dificilmente é pressionado.
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