quarta-feira, 1 de junho de 2011

Votar em quem? Para quê?




Por Mário Murteira
29-05-2011




«A chamada “economia” respeita a uma dimensão essencial da vida das sociedades, que condiciona ou mesmo determina todo o processo social. A “Economia” como real ou suposta ciência tem-na como objecto.
A presente conjuntura política e económica portuguesa é um intrincado labirinto onde não se descortina caminho fácil para chegar ao fundo do túnel.
Vou reflectir um pouco sobre a política económica possível e desejável, deixando ao leitor o cuidado de procurar o “apropriado” poder político.
A curto prazo, é necessário e urgente formular e praticar políticas que reduzam os desequilíbrios existentes nas finanças públicas e nos pagamentos externos. Sem sacrificar objectivos mais exigentes e apenas atingíveis a médio e longo prazos, em matéria de emprego e crescimento económico.
Há portanto, neste panorama, uma inevitável sucessão de dois tempos: no imediato, um tempo de austeridade e sacrifício; a médio e longo prazos, um tempo de recuperação, melhoria de competitividade e, sobretudo, de redução da presente desigualdade e exclusão social.
Em matéria de desemprego, surgiu recentemente, com tendência a aumentar, um desemprego de trabalhadores jovens, de nível de instrução superior ou relativamente elevada.
Tendem a emigrar, se encontram no estrangeiro empregos adequados às suas habilitações que não estão acessíveis em Portugal.
Sendo assim, é indispensável que a “austeridade” seja suportada em primeiro lugar pelos ricos e muito ricos, e não pelos pobres ou muito pobres, que infelizmente são cada vez mais numerosos em Portugal.»


“Roubado” do blogue: A Areia dos Dias

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Mais do mesmo? Não! Arriscar numa alternativa vacilante? Não! Apostar em radicalismos inconscientes? Não!
Afinal, votar em quem? E para quê? Duas perguntas que muitos colocarão a si próprios. Eu também já as fiz… E depois de muito reflectir sei o que vou fazer: VOTAR.

5 comentários:

soliveira disse...

Sendo assim, é indispensável que a “austeridade” seja suportada em primeiro lugar pelos ricos e muito ricos, e não pelos pobres ou muito pobres, que infelizmente são cada vez mais numerosos em Portugal.»

Este comentário revela o pavoroso preconceito contra toda a riqueza que não está nas mãos de quem comenta e em geral na população portuguesa.
Antes de demonizar, poderíamos e devíamos questionar-nos sobre a possibilidade de investir e criar riqueza sem posses; em principio o rico é um individuo que se sente insatisfeito com a riqueza que possui e que quando observa na sociedade uma determinada procura de um bem ou de um produto, pergunta-se a si próprio se poderá ganhar com a situação, se tiver dinheiro para investir, irá criar meios que lhe permitam abastecer o mercado com o bem procurado obtendo assim uma margem de lucro que cubra o investimento que fez. Ao fazê-lo, irá pôr pessoas a trabalhar com ele, remunerá-las e se tudo correr como pretende, a sua riqueza irá aumentar.
Se fôr possível fazer tudo isto sem dinheiro, então o pobre que o faça. Mas se o pobre não o puder fazer, então terá a hipotese de trabalhar com o rico, mas só se o rico investir. Se o rico não investir, o pobre ficará mais rico?

Anónimo disse...

Vejam o que é que os fascistas comunistas fizeram a um homem na baixa da banheira.Intimidaram uma jonalista.

Anónimo disse...

A tia Ermelinda depois de muito pensar já decidiu, vai votar.
Com a coerência que se lhe reconhece, deve ir fazê-lo no partido do padrinho do Jose Eduardo, pois no PCP nem pensar, no BE saiu zangada, no PSD há uma sombra do Cavaco, no CDS apesar do tio Pena ainda há o Portas, só sobra mesmo uma alternativa.
Coitada, muito lhe deve custar tal sacrifício.
Mas faz bem em vir aqui desabafar, sempre alivia a alminha.

Anónimo disse...

O anónimo das 22:38h quis ser engraçadinho mas faltou-lhe imaginação. Além disso é ignorante ou, então, é mal intecnionado pois esqueceu-se de muitas outras hipóteses de voto, entre elas o voto em branco ou o voto nulo.

Almerinda Teixeira disse...

Eu também vou votar. Embora me apeteça pouco. Mas sei q n voto no programa do governo do FMI.

Aliás, o programa n é cumprível.

O q me está a custar muito é ver Portugal ir definhado cada vez mais, ver um grande sofrimento de muitos portugueses. Há coisas q só entende bem quem por elas já passou.

Voltarei, quallquer dia a estes problemas, problemas estes q nos conduzirão a rupturas do tecido social gravíssimas.
Mas também vejo dinamismos q, se forem colectiva/ cada vez + assumidos,sairemos do poço.
Estou com confiança.

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