quinta-feira, 23 de junho de 2011

Síndroma da Mediocridade Inoperante Activa



«A incapacidade para criar e apreciar a excelência, ou seja, a mediocridade, é necessária para a estabilidade social: um mundo de génios seria ingovernável. Todavia, possui também uma vertente maligna que procura destruir qualquer indivíduo que se destaque.»
(…)
«Nesse caso, estará a excelência reservada a uma pequena minoria? Se definirmos a mediocridade, não pelas suas conquistas, mas como sendo uma atitude (a incapacidade de valorizar a excelência), então também poderíamos definir o oposto nos mesmos termos. Isto é, uma pessoa excelente é aquela capaz de reconhecer e apreciar o bom, o notável, o brilhante, o belo ou o original, quer seja ou não artífice do objecto apreciado. Não é preciso ser Aristóteles, Dalí ou Einstein; a excelência também está presente nos que sabem admirar o talento dos outros e tomá-lo, subtilmente, por modelo.»
(…)
«A mediocridade e o seu oposto, a excelência, surgem ligadas a uma série de características contraditórias: a primeira costuma ter por aliados a inveja, a imitação, o conformismo, a adaptação, a tradição, a inércia e a rotina; a segunda é amiga da admiração, da criatividade, do inconformismo, da rebeldia, da inovação, da curiosidade e da iniciativa.»
(…)
«Eis como agem, em diferentes esferas sociais, os indivíduos com síndrome de mediocridade inoperante activa:
Na escola – As crianças agressivas que praticam o bullying ou assédio escolar costumam ser as mais ignorantes e menos aptas intelectualmente. Por sua vez, os professores medíocres esforçam-se por ridicularizar e destruir qualquer lampejo de genialidade entre os seus alunos.
No trabalho – Os responsáveis por mobbing ou assédio moral no trabalho (em Portugal, a Autoridade para as Condições do Trabalho recebeu 913 queixas entre 2005 e 2008, mas há milhares de casos responsáveis por muitas baixas laborais) são, geralmente, individíduos afectados pela síndrome MIA.
No casal – Muitos agressores psicológicos que exercem violência de género são indivíduos medíocres e inseguros que se sentem ameaçados pelo que interpretam como uma superioridade do outro.
Na família – A “ovelha negra” é, muitas vezes, a única pessoa que tenta pensar por si própria e empreender um caminho diferente do esperado. Se um membro do clã manifestar a síndrome MIA, irá tornar-lhe a vida impossível.
Na religião – A Inquisição eliminou todos os génios que conseguiu encontrar. Muitas igrejas são, ainda hoje, dirigidas por uma elite de medíocres com poder que não entende os ensinamentos do seu fundador e as corrompe para justificar a perseguição dos infiéis.
Na política – O que se passa quando um líder faz bem o seu trabalho, pretende mudar o mundo e começa a falar de justiça e liberdade? A síndrome MIA entra em acção para destruí-lo, como aconteceu com Gandhi ou Martin Luther King. E no caso de ser o político a manifestar a síndrome? Hitler foi um bom exemplo.
Na arte – A excelência desperta o ódio virulento dos artistas medíocres que não conseguem alcançá-la. Salieri, por exemplo, pode ser considerado uma vítima da síndrome, pois vivia obcecado pelo génio de Mozart, apesar de ele próprio ter deixado uma obra que não desmerece.»
(...)



Artigo completo AQUI.

2 comentários:

Churchill disse...

Interessante, sem duvida.
Falta no entanto o quadro mais completo, nos exemplos, e posso deixar a minha contribuição.
Nos blogs, quem se dedica a ataques pessoais como forma de luta política, mais não faz que exercer a MIA.
Na vida, os Zé Du que por aí circulam, que fazem da ofensa um hábito.
Na academia, os Zé Du que nem sabem construir uma frase.

Aliás, numa perspectiva de apoio à ciencia, usar o Zé Du como case study era de grande interesse.

Até logo

Anónimo disse...

Olha, olha, quem é ele.
O "nosso" (salvo seja!) "querido" (cruzes credo!) "amigo" (t'arrenego Satanás!) Churchill.
Um dos, a juntar ao desaparecido Roosevelt (coitado, que seria feito do homenzinho?) e ao "mais que tudo" Almerindo (a quem, entretanto, o gato comeu a língua e, pelos vistos, os dedinhos - pobrezinho, coitado), um dos, dizia eu, comentadores que mais mia, mia mas não diz nada.
ahahaha
Ataques pessoais "senhor" (duvido que o seja, mas enfim, fica-me bem chamá-lo assim) Churchill?
Nos blogues, sei, aqueles que tanto o incomodam por estarem a ser divulgados, claro.
Os crimes ao nível de direitos humanos perpretados por dirigentes da autarquia, apoiados e até incentivados pelos responsáveis políticos da CDU são de loúvar. Mas evidentemente. Os camaradas são impolutos, incorruptíveis, inatingíveis.
Cadeia com as vítimas que nem sabem sê-lo. Têm de comer e calar, caramba! Quando é que aprendem?
Viva a ditadura.

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