O território é mais do que um receptáculo neutro onde se ensaiam cenários de desenvolvimento económico. As questões da qualidade de vida e da sustentabilidade urbanas não dependem, unicamente, da gestão racional do espaço físico: é fundamental que se respeite, também, as práticas sociais e culturais que ocorrem nos vários contextos territoriais.
O planeamento estratégico não pode ser alheio à dimensão imaterial do território (incluindo a criação de sentidos e significados inovadores) sob pena de levar ao insucesso muitos projectos de fomento económico.
É necessário alargar e aprofundar a participação cívica da população nos processos de planeamento urbano e territorial, incentivando as organizações associativas (culturais, económicas e sociais) a participar activamente na administração do território. Para tal é indispensável desburocratizar etapas, tornar os conteúdos mais acessíveis e criar dispositivos que mobilizem os cidadãos para as questões do ordenamento.
Planeamento Estratégico: contributos para reflexão, de Ermelinda Toscano.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
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