Moramos ambos em Almada (ele no centro da cidade e eu noutra freguesia, em Cacilhas, mas talvez nem um km nos separe), frequentamos o mesmo café, no centro Comercial M. Bica, mas raramente nos encontramos, passando-se meses e anos sem nos cruzarmos.
Mas hoje tive a sorte de o encontrar. Estou a falar-vos de Armindo Reis, um colega da faculdade que escreve livros para crianças e me convidou para estar presente no lançamento de duas das suas últimas obras, entre as quais uma de poesia, de onde retirei este pequeno poema que vos apresento e que considero um hino à amizade:
Na Roda do Amor
Crianças de muita cor
Entrelaçadas de mãos dadas
Formam a roda do amor
Cada raça vai girando
Na roda que tem magia
No centro um sol com calor
Transmite ao círculo energia
A roda vai deslizando...
E de mão em mão vai passando
O amor que não tem cor!
Sobre ele escreveu Matilde Rosa Araújo: «Armindo Reis é poeta da vida. Vê-lo na sua escola com os alunos, num trabalho tão cheio de infância como de maturidade, é assistir a um espectáculo de verdadeira pedagogia», o que o identifica na perfeição.
Quando andávamos na faculdade, ele era professor primário, e lembro-me como nos deliciávamos a ouvir as histórias acerca dos “seus miúdos”, de quem falava com um carinho tão especial como se fossem filhos. E é desse jeito inato para lidar com as crianças, saber viver no mundo mágico da infância como se fosse uma delas e encontrar a forma certa de comunicar e partilhar interesses, que nasce este seu dom para escrever desde contos a poesia destinados às crianças.
Aqui fica pois a sinopse de Sorrisos (de onde retirei o poema Na Roda do Amor), um livro óptimo para oferecerem às vossas crianças neste Natal, num aniversário ou por outro motivo qualquer:
"No seu crescimento, toda a criança precisa de crescer rodeada de ternura, amor, poesia, até porque ela própria já é poesia! SORRISOS é uma lufada de alegria com poemas para as crianças ou para as pessoas que nunca se esqueceram da sua infância e que sabem preservar a criança que já foram, dentro de si."
E, para terminar, mais um poema: LIBERDADE (da mesma obra). E convém não esquecer: todas as imagens são de sua autoria, tal como aquela que ilustra este artigo (é que Armindo é, também, além de professor e escritor, pintor).
sábado, 18 de novembro de 2006
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