A propósito dos edifícios na
imagem acima, sitos na Rua José Estêvão, 135 e 137, em Lisboa, escrevi no blogue
Arquivo
da Assembleia Distrital de Lisboa, em dezembro de 2015, um artigo
em que terminava com as seguintes perguntas:
«Qual irá ser o comportamento da Câmara Municipal de Lisboa perante o
novo Governo? Continuarão os serviços municipais a ser convenientemente
indiferentes?
Que futuro reservará a Direção-Geral do Tesouro e Finanças para estes
edifícios? Deixá-los-á devolutos até à degradação total?
Que pensará desta situação o atual 1.º Ministro considerando que foi
presidente da Câmara Municipal de Lisboa vários mandatos com responsabilidade
direta e ativa na falência da Assembleia Distrital de Lisboa?»
Hoje, passados mais de seis
meses, o silêncio dos responsáveis sobre as matérias então questionadas
continua e a juntar à ausência de resposta aos requerimentos apresentados (à Câmara
Municipal de Lisboa e à Autoridade
Nacional de Protecção Civil) temos o notório abandono daqueles dois imóveis
(o n.º 135 e o n.º 137) onde dos nove pisos existentes em cada um apenas dois andares
não estão devolutos (r/c e 1.º andar do n.º 137 ocupados pela Seção de Contra-ordenações
da Divisão de Trânsito da PSP).
Convém esclarecer que à exceção
das instalações dos ex-Serviços de Cultura da Assembleia Distrital de Lisboa
(no 3.º andar do n.º 137 onde estava a Biblioteca e nas três caves do mesmo
edifício onde se encontra o Arquivo Distrital), todos os andares desocupados estão
completamente vazios.
Demonstração da má gestão que o
Estado faz do seu património imobiliário e cultural. Por mais quanto tempo se irá manter esta situação de abandono?
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