MAIS BLOCO... É Um documento que não se limita a apresentar críticas mas propõe soluções. Subscrito por quarenta aderentes (entre os quais me encontro). Uma leitura objectiva da situação actual do BE e de como se pode ultrapassar os problemas detectados...
«(...) Nos últimos dois anos o BE revelou perda de iniciativa e capacidade para marcar a agenda política, evidenciando alguma desorientação, que levou a que respondêssemos em questões essenciais de forma reactiva face ao que os grandes partidos de esquerda foram sugerindo ou fazendo. Do incontido, mal calculado e pior concretizado apoio a Manuel Alegre, passando pelo episódio da moção de censura e do encontro com a direcção do PCP, até à não comparência na reunião da troika, tornou-se óbvia a dificuldade do BE em manter uma orientação independente que nos permitisse considerar as correntes que atravessam PS e PCP, mas evitar que ficássemos enleados no universo táctico de cada um deles.
Ziguezagueámos com alguma vertigem entre iniciativas com sectores do PS, seguidas de outras com a direcção do PCP, sem curarmos de modo suficientemente claro da nossa independência política. Nestas oscilações acabámos por favorecer a alienação de todo um capital de confiança de largas camadas da população trabalhadora, nomeadamente da área socialista.
Quando o BE se aproximou do PCP, sem nunca se demarcar dele politicamente, cortámos o diálogo com milhares de trabalhadores que não perceberam ou discordaram do sentido da nossa orientação, o que, objectivamente, reforçou o esquema de sobrevivência do Partido Comunista. (...)»
Ziguezagueámos com alguma vertigem entre iniciativas com sectores do PS, seguidas de outras com a direcção do PCP, sem curarmos de modo suficientemente claro da nossa independência política. Nestas oscilações acabámos por favorecer a alienação de todo um capital de confiança de largas camadas da população trabalhadora, nomeadamente da área socialista.
Quando o BE se aproximou do PCP, sem nunca se demarcar dele politicamente, cortámos o diálogo com milhares de trabalhadores que não perceberam ou discordaram do sentido da nossa orientação, o que, objectivamente, reforçou o esquema de sobrevivência do Partido Comunista. (...)»
O meu contributo individual:
1 comentário:
Alguma modéstia não lhe ficaria mal. Uma «leitura objectiva» de 40 pessoas é algo que não existe. Haverá ali pontos que vos unem. Mas também haverá entendimentos diferentes sobre situações mais específicas.
Por tudo isto, e muito mais, não se pode falar de uma «leitura objectiva».
Até porque isso parte do princípio errado de que todas as outras serão subjectivas.
Termino esperando que amanhã esteja presente na Assembleia Distrital, na Moita, para dar a cara e defender as suas posições.
Um bem haja.
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