sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dúvidas...



Parece um simples cortejo de carnaval. Nem sequer movimenta uma centena de pessoas. Eram jovens, sobretudo... cantando, gritando, rindo... Divertidos, apenas!
Interromperam o trânsito por curto espaço de tempo (nem uma buzinadela de reclamação se ouviu), não causaram quaisquer distúrbios...
Pois, nem podiam... iam bem vigiados: um carro e uma carrinha da polícia e mais de uma dezena de agentes acompanharam-nos ao longo do percurso.
Porquê?
Temiam a revolta dos estudantes? Que se perturbasse a ordem pública? Que se atentasse contra o património (partindo vidros, destruindo carros)?
Ou será que as palavras de ordem poderiam ser ofensivas da honra e dignidade de alguém?
Porquê?
Se era preciso haver mesmo acompanhamento policial, será que eram necessários tantos policias? Não estariam alguns deles a fazer mais falta noutro local?
Imagens: Rua Pascoal de Melo, em Lisboa. Dia 12-02-2010.

4 comentários:

eye of a tiger disse...

Decerto que não se tratava de um passeio.
Provavelmente estava-se na presença de uma manifestação. Máxi ou mini, não importa.
E como tal, tem que existir acompanhamento policial.
É simples.

Anónimo disse...

Um exemplo a seguir em Almada e em Portugal.
Isto aconteceu na América Latina, no Brasil

"VAMOS COMEMORAR
Governador passa a noite na cadeia
11/02/2010 - 13:35 - Horário Pernambuco
DO BLOG DO FERNANDO RODRIGUES

Arruda preso em Brasília: uma decisão histórica
É histórica a decisão do Superior Tribunal de Justiça de mandar prender preventivamente o governador de Brasília, José Roberto Arruda (ex-PSDB, ex-DEM e agora sem partido).
É a primeira vez que um governador tem a prisão decretada em decorrência de um escândalo de corrupção após a redemocratização do país, em 1985. Outros haviam sido presos antes, mas na atual fase democrática Arruda é o primeiro acusado de corrupção e preso preventivamente.

Ou seja, 1 dos 27 governadores brasileiros passou a noite na cadeia, de ontem (11.fev) para hoje (12.fev.2010). Arruda está sendo acusado de obstruir o trabalho da Justiça, pois teria tentado subornar uma das testemunhas do caso conhecido como o “mensalão do Democratas”.

A prisão preventiva do governador tem efeito profilático. Não haverá, por óbvio, uma higienização completa e imediata da política. Mas trata-se de um sinal para todos os políticos: a Justiça está propensa a não tolerar mais certos tipos de comportamento.

É possível que Arruda consiga sair da cadeia daqui a alguns dias. Também é possível que seu processo se arraste por um tempo até o julgamento final.

O importante, entretanto, foi a prisão de ontem. A inevitabilidade da punição inibe a prática do crime. Ninguém furta uma barra de chocolate no supermercado se tiver certeza de que pode ser apanhado e punido. Maus políticos envolvem-se em corrupção porque nunca vão para a cadeia.

Ou seja, mesmo que mais adiante Arruda possa aguardar julgamento em liberdade (até porque não condenado em definitivo), a importância é relativa. Ele já foi preso. Passou pelo constrangimento de dormir na cadeia.

Esse fato é um divisor de águas. Terá efeito radical sobre todos os outros governadores, prefeitos e políticos brasileiros em geral. A partir de agora, todos sabem que, dependendo do abuso, podem parar dentro da cela de uma delegacia.

A Justiça deu ontem uma lição aos políticos: qualquer um pode ir para a prisão na democracia brasileira.

E esse é um fato muito positivo. Deve ser comemorado."

Minda disse...

Eye of a tiger:

Não era um passeio. Mas chamar-lhe manifestação... era um simpels cortejo.
Outros por ali passaram em anos anteriores e nunca tinha visto polícia a acompanhá-los.
Não contesto o acompanhamento das "forças da ordem e segurança"... mas tantos agentes? Seria mesmo necessário? E porque umas vezes acham que é preciso e outras não? Onde está o critério?

Minda disse...

Anónimo:

Será que há comentários a fazer?
Parece que por estas bandas (falo do país) se prefere apostar na "justiça jornalística"...

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