terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Estranha forma de... liberdade!

Dizem que és livre... mas estás condicionado a fazer o que eles querem, como eles querem, no tempo e do modo que eles querem. Será isto liberdade?

É certo que a reforma territorial é uma necessidade. Mas a proposta do Governo para a Administração Local, conforme consta do designado "livre verde", feita a régua e esquadro no que toca à delimitação geográfica das freguesias a agregar (e porque não pensar, também, os municípios? porquê manter o tabu dos distritos?) vai muito mais além desta mera questão espacial. Todavia, pouco ou nada se fala acerca, por exemplo, da alteração da lei eleitoral autárquica... mas ela vai mexer, e muito, na base de sustentação da própria democracia local.

Se uns são arrogantes na imposição de ideias que julgam ser as óptimas (o Governo), os outros são intransigentes na manutenção de uma realidade que, em muitos casos, já se mostrou completamente desajustada (os autarcas)... ao fim e ao cabo, ambos estão a impedir que, afinal, se reflicta, seriamente, sobre o assunto e se encontre a solução mais adequada.

11 comentários:

Anónimo disse...

Só não entendo é porque é que a "reforma territorial é uma necessidade, como afirma peremptoriamente a srª Ermelinda.

Como não entendo, também, onde é que a realidade actual se mostrou completamente desajustada (em alguns casos) nem porque é que é assim tão desajustada (em alguns casos, srª Ermelinda? Quais são os casos??? Então a realidade da administração autárquica em Portugal não é a mesma em todo o território? Há casos diferentes?).

Não percebo ainda como é que a srª Ermelinda chegou à conclusão de que os autrcas são intransigentes na manutenção de uma realidade que, em muitos casos, já se mostrou completamente desajustada. Os autarcas, hein. TODOS! É obra ...

Com quem é que a srª Ermleinda discutiu estas ideias para que a gente as possa considerar válidas? Em que "plenário" da população as bebeu? Será isso o que o Povo pensa e transmitiu à srª Ermelinda? Ou é isso o que a srª Ermelinda pensa e quer transmitir ao Povo? Ou, ainda, terá o debate que levou a srª Ermelinda a estas conclusóies sido travado, uma vez mais, no seu clubezeco de "poetas mortos"?

Quanto ao que os autarcas pensam, a srª Ermelinda só pode ter feito mesmo é uma sondagem, não pode ser de outra forma. Ou então, inventou, julgando que pensa ...

Salazar disse...

Liberdade é poder pensar, democracia é poder decidir.

Tanto a Ermelinda como o anónimo anterior estão com esta dificuldade. O governo tem maioria parlamentar, maioria, percebem ou é preciso um desenho?

Quanto à necessidade, basta ir às freguesias de Almada e ver as que acrescentam alguma coisa de útil para a população. Para o PCP já todos sabemos.

Se Portugal está na miséria que se vê, e a solução é não mexer em nada, então que venha a ditadura, tipo Cuba (aquela forma de democracia esquisita sem eleições e que transformou uma ilha num bordello gigante), pelo menos sempre vamos todos ao fundo ao mesmo tempo.

Anónimo disse...

Interessante é igualmente verificar como a srª Ermelinda é tão lesta a amplificar neste espaço a voz do Governo nestas matérias, e tão "resistente" (para não utilizar um termo mais duro) em sublinhar as posições dos trabalhadores e dos próprios autarcas.

Repare-se que mesmo quando titula o seu texto como faz neste caso, deixando parecer que vai verberar o Governo pelas posições assumidas, não a srª às tantas e rapidamente arrepende-se, e "bate" é nos autarcas, como noutro caso "bateu" nos trabalhadores que se manifestaram contra as políticas do Governo, incluindo esta da eufemisticamente chamada pelo Governo e particularmente pelo Ministro Relvas de "reforma administrativa".

Relativamente aos trabalhadores, já sabemos a srª Ermelinda considera-os todos uma cambada de ignorantes e carneirada pura. Quanto aos autarcas, ainda não percebi muito bem o que pensa. Mas dar relevo às posições do Governo e ignorar as conclusões do recenter Congresso da ANAFRE é sinal de alguma coisa, seguramente!

Almeronda Teixeira disse...

Deve haver reorganização de freguesias, sim senhor, mas tb ela n deveria ser feita segundo a proposta do governo. O número de freguesias deve diminuir, mas o processo poderia/deveria ser + democrático havendo participação das populações.
E nessa reorganização das freguesias nem sequer estou a pensar apenas no problema de se gastar menos, o q n é despiciendo.
Em muito pouco espaço n consigo traçar as linhas gerais do q acaba de ser dito.
Quando e se tiver tempo talvez faça um post.

Almerinda Teixeira

Anónimo disse...

Se D. Almerinda Teixeira o diz ...

Anónimo disse...

Sra. Almerinda

Na pratica o que existe é um acordo assinado com a troika (lembra-se, são aqueles srs que nos emprestaram dinheiro quando estávamos à beira da falência) e os 3 partidos que em conjunto têm mais de 80% dos votos.
A seguir há um livro de recomendações e uma proposta do ministro para que cumprindo as metas propostas, as autarquias se organizarem e proporem as suas reorganizações (régua e esquadro é um delírio recente sem fundamento).
Lisboa até já o fez!

Estamos em pleno período de reflexão e de elaboração de propostas, estar já a criticar as opções que ainda nem foram tomadas é ilusionismo, útil para quem quer que tudo fique na mesma.

Aquilo que chama a proposta do governo são as linhas gerais dos objectivos. Sem isso, o mais provável era as câmaras ainda aproveitarem para criar mais umas centenas de freguesias (esse filme já sucedeu no ano passado quando na reorganizçao das estruturas quase todos criaram mais cargos dirigentes, já o barco estava a afundar!).

Por isso façam chegar a vossa voz à Assembleia Municipal, que é o órgão democrático eleito, e ajudem a uma melhor solução.
Ou então assumam de uma vez por todas que a vossa opção é pela anarquia absoluta ou pela ditadura.

Tenho dito

Anónimo disse...

Gosto do tenho dito. É profundamente democrático ...

Para o anónimo do tenho dito, os autarcas de freguesia de todas as forças políticas que no fim de semana passado rejeitaram liminarmente a proposta do Governo - sim, deixe-se de eufemismos, é uma PROPOSTA do Governo o que está em causa - são tudo uma cambada de qualquer coisa que nem é bom referir. Todos? Não, há dois deles que ainda são capazes de se aproveitar: os únicos que se abstiveram. Curiosamente, Presidentes de Juntas de Freguesia e Deputados (do PSD, pois então) na Assembleia da República ...

Quanto ao "acordo" com a troika, a mim não me emprestaram coisa nenhuma (muito menos dinheiro ...), não fui eu que levei "o país à falência" nem tenho a mínima responsabilidade nisso, mas sou eu que vou pagar tudo.

Quanto aos 80% de votos, era melhor que se deixasse de demagogia barata. Com que então 80%, é isso? De quantos votantes?

Finalmente, ver "anarquia absoluta" ou "ditadura" no único nível do poder do nosso País que no global tem funcionado bem desde que foi instituído pela Constituição da República, só pode ser distração ou irresponsabilidade. Ou então é recado cego, que é o mais certo e encaixa perfeitamente na irresponsabilidade ...

Anónimo disse...

Anónimo
Não me lembro de ter dito que pretendia ser democrático, confesso que a esse respeito tenho dias ... ( e agora conclua lá o que quiser!)

Sobre o que chama de proposta, não é. Proposta era dizer que Almada, Cacilhas e Pragal passavam a ser uma, costa e Trafaria outra, Feijó e Laranjeiro outra.
O que o governo fez foi outra coisa, vá ler e deixe de falar daquilo que ouviu dizer.

Da votação no congresso, isso é como perguntar ao chofer da Sra. Presidente se acha que ela deve tirar a carta de condução. O homem vai ter todos os argumentos contra.
Além disso, e já que refere a Constituição, não me lembro de ver lá essa estrutura representativa que é o congresso de presidentes de junta.

Aí a troika não lhe emprestou, então deve morar no estrangeiro, ou então abdicou de salário, reforma, saúde, educação, justiça, segurança e outros serviços, que já tinham encerrado.
Mas não beneficiando de nada ter de pagar tudo é muito altruísta, coitadinho do Calimero!
Para quem me acusa de demagogo, é de uma idoneidade assombrosa!

É 80% dos votos, representam 80% dos eleitores, que representam 80% da população.
Não gosta vá ler a Constituição e depois proponha alterações ao PCP e ao BE, que com os seus menos de 20% talvez consigam aprovar a alteração!

tenho dito

Anónimo disse...

Disse democrático?

Queria dizer inteligente!

Muito inteligente!

Anónimo disse...

Mas se calhar também quanto à inteligência o anónimo do "tenho dito"... tem dias!

Possivelmente (muito) poucos ... dias, porque de inteligência sobra, olá se sobra!

Anónimo disse...

O "anónimo" de 6 de Dezembro de 2011 07:40, João Geraldes está cada vez mais parvo...eheheheheh.

Está cada vez mais senil!

Deve ser dos paulitos...eheheheh.

A mama do PCP está a acabar...eheheheh.

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