domingo, 4 de dezembro de 2011

Contra a reforma da administração local: saberão porquê?

Jornal Notícias da Região, 2-12-2011
Esta notícia vem na sequência da que publiquei no dia 29-11-2011. Sujeita aos comentários do costume de quantos se julgam moralmente superiores e que aqui virão invectivar-me (e que teimam em não perceber que as suas palavras não me causam mossa e, antes, me dão força para continuar), não posso deixar de fazer algumas perguntas:
- sendo a Presidente da Câmara de Almada uma das mais acérrimas opositoras a esta reforma da administração local, porque não foi a senhora manifestar-se junto com os trabalhadores da autarquia? Ficava-lhe bem, e seria, sobretudo, coerente (apesar da posição anti-democrática de se recusar a debater o assunto c0m a população da qual se diz digna representante!?!).
- terá sido dada dispensa aos trabalhadores para, nas horas de serviço, irem participar nesta manifestação? irão receber como se estivessem a trabalhar? marcaram um dia de férias? como irão os recursos humanos classificar estas ausências?
- se em Almada ainda não se promoveram debates públicos sobre o problema da reforma da administração local, a não ser acções partidárias fechadas, será que a CMA organizou algum plenário informativo? ou houve aproveitamento da situação e "à pala" da contestação ao OE diz-se que também protestam contra a reforma da administração local? Saberão os trabalhadores o que está em causa, além da previsível diminuição do número de freguesias? terão ouvido outras posições que não apenas a do PCP?
- se em Almada tudo se tem feito à porta fechada (dentro dos partidos, apenas para militantes) e a reforma do poder local é assunto tabu a nível institucional - nos órgãos autárquicos (como noutros municípios se tem estado a fazer) - como raio se dizem estas pessoas representantes da população (sobretudo os trabalhadores das autarquias)? Quem lhes passou o mandato? O PCP?

10 comentários:

Anónimo disse...

Cá estou eu para ajudar a srª Ermelinda a "ter ainda mais força"! Eu sou assim mesmo, um mãos largas ... O curioso é que a srª Ermelinda não vem aqui para opinar; vem aqui à espera que lhe batam. Sintomático. Ela lá saberá porquê ...

Então, então, srª Ermelinda, os trabalhadores são todos uma cambada de carneiros, é isso? Para si os trabalhadores manifestam-se - em largo número, aliás - e vem a srª e coloca uma dúvia insuportável e insustentável sobre se esses trabalhadores saberão porque se manifestam. Impressionante, como a srª consegue ofender miseravelmente milhares e milhares de cidadãos livres, inteligentes, que pensam pelas suas próprias cabeças, declarando publicamente uma dúvida que resulta, precisamente e apenas, do facto da srª, você mesmo, ser absolutamente incapaz de pensar.

Tal srª Ermelinda, tal Ministro Miguel Relvas, que ainda ontem disse - por outras palavras, é óbvio - precisamwente o mesmo relativamente aos autarcas de freguesia deste país. Enfim, semelhanças ... o quevale é que os trabalhadores não se deixam insultar por gente do quilate da srª Ermelinda.

Mas avancemos. Então agora para alguém ter uma opinião própria é necessário fazer plenários, reuniões, comícios, debates, congressos, etc., etc,. etc. para ouvir a opinião dos outros? Já chegámos aí? E a srª Ermelinda, acha que pode dar a sua opinião porquê? Debate-a com quem? Com os poetas mortos do seu clubezeco de esquina? E isso chega para legitimar a sua opinião, ao contrário dos outros?

Impressionante é, também, a ignorância que a srª Ermelinda revela num domínio onde devia era demonstrar uma compertência exímia. Então, srª Ermelinda, a srª que é Dirigente da Administração Pública, Directora de Serviços, desconhece as leis da República onde exerce as suas funções dirigentes?

Desconhece que ainda vivemos num país com leis, que apesar das tentativas de destruição contínuas do direito à manifestação e à livre expressão do pensamento e da palavra, os seus cada vez mais amigalhaços do PSD e do CDS-PP (e também do PS, também do PS ...) ainda não conseguiram destruir o direito dos trabalhadores a reunir-se sempre que as suas organizações representativas entendam que estão em causa os seus legítimos interesses, e que essa forma de reunião é livre no tempo e no espaço?

A srª Ermelinda, dirigente superior da Administração Pública, ignora isto? Como é possível? Será que está a candidatar-se a ser a primeira a ser "varrida" do poleiro que ocupa (sim, assumo o que escrevo, a srª Ermelinda, ao contrário daqueles que ela tem tentado difamar ao longo dos tempos neste espaço, ela sim é que ocupa um verdadeiro poleiro!) pelo seu amigalhaço Miguel Relvas quando - qual "rei sol" - nos impuser a "reforma administrativa" da Administração Pública? Sim, essa mesma "reforma" que pelos vistos os trabalhadores, na opinião da srª Ermelinda, desconhecem do que se trata, mas que a srª Ermelinda, esclarecidíssima, conhece, e bem? Será isso?

Anónimo disse...

Vamos lá ver se animamos isto hoje.

Para a Ermelinda, que há muito anda por partidos onde o debate é conversa vã, pois na prática tem de se seguir sempre a voz do dono, parece que levou décadas a acordar para a vida.
Mas mais vale tarde que nunca.

Para o anónimo.
Primeiro, ontem a cena com o ministro foi miserável. Não podem andar por Almada a querer respeito pela presidente e depois comportarem-se como uns animais, apenas porque não concordam com a opinião. O homem foi lá, ficou a ouvir todas as criticas que lhe quiseram fazer (que é muito mais que algum comunista alguma vez fez em Portugal), e teve uns autarcas a portarem-se como uns adolescentes ordinários. O que convenhamos não ajudou à causa autárquica.
Segundo, para a dimensão do país, o número de concelhos e freguesia é obsceno. São muitos milhares, há freguesias com dezenas de eleitores.
Terceiro, em Almada, é evidente que onze é exagerado, a freguesia de Almada é na mesma rua que a Câmara, 500 metros acima há a freguesia do Pragal, 1000 metros abaixo a freguesia de Cacilhas, 1500 a nascente a da Piedade. Tudo isto é o mesmo aglomerado, ter 4 divisões só serve para ter 4 grupos de politicos a usar o dinheiro publico para fazer vida partidária. Não é questão de estruturas físicas e serviços, o que está a mais são as maquinas partidárias.
Em conclusão, este pais não tem pessoas suficientes de qualidade para tanta gestão, e depois entregam as autarquias a analfabetos. Façam uma avaliação em Almada, pela media de habilitações, e vão concluir que a maioria não tinha competências para mais que contínuos ou varredores.

Agora sobre a democracia.
Trabalhadores responsáveis, pois sim, em Almada há 4 semanas que há essa palhaçada de plenários em horário de serviço, apenas para fazer manifestações com o ordenado pago. No limite da hipocrisia já chegaram a ter um plenário em que a ordem de trabalhos era "um desfile até Cacilhas".
A greve foi mais uma vez um espaço em que andaram piquetes em carros do serviço, descaracterizados, a fazer opressão sobre os colegas. Quem quis trabalhar foi impedido, as viaturas foram proibidas de circular (sim, proibidas!), e mais uma vez os agentes comunistas do sindicato andaram a fazer listas de fura-greves para fazer aquilo que todos percebem, e não é muito diferente do que fazia a PIde.
Superioridade moral, pois sim!

Para terminar em beleza, e não ficarem com duvidas, acho mesmo que essa ideia de debater tudo era uma linda utopia, mas inviável para uma população sem preparação. Talvez daqui a uma ou duas gerações, mas andar a debater gestão com analfabetos é o mesmo que um cirurgião discutir a técnica com a empregada da limpeza.
Por agora o melhor é mesmo a democracia representativa, mas com muito menos representantes, e melhor preparados.

Tenho dito

Anónimo disse...

Aos anteriores, Almada, por desgraça é uma camada de mafiosos, vendidos e sujos e a se vê-se. Ah! e conformistas.

Anónimo disse...

Ao primeiro anónimo.
Claro que a CDU vai ficar sem chular 3 freguesias, deixa de haver avençados, subsídios, dinheiros por baixo dos panos e por aí fora.
A Charneca é maior que estas freguesias juntas e só tem uma claro, não Interessa . Assim a patroa vê reduzida a A.M. Talvez tenhamos sorte de a pavona Luisa Ramos ir para as termas.
Força Dra. Ermelinda lute por todos Nós porque segundo diz o anónimo tem todos os partidos do seu lado à excepção dos oportunistas da CDU e BE.

Anónimo disse...

Oh srª Ermelinda, eu se fosse a si desconfiava deste último (última?) anónimo. Pelo menos "amigo da onça" é, e de que maneira!

Então o homem (???) quer que você lute por ele (???)! E ele (???), luta por quem! Grandes amigos, hein srª Ermelinda?

Srª Ermelinda, a srª já fez bem melhor! Bem melhor!!!

Anónimo disse...

Trabalhdores informados são aqueles que forem doutrinados pela Dra. Toscano e por esse portento de Saber sempre-quase Professora Doutora Almerinda

Anónimo disse...

Na reforma administrativa esqueceram-se de extinguir esses monumentos úteis e valorosos que são as Assembleias distritais...
Oh, muito eu queria ver a Toscano em mobilidade especial para a Câmara da sua área de residência, i. é, Almada.
Ainda hei-de ver a Toscano amiga da Emilinha. Aliás, cá para mim este amor-ódio é coisa «lesbiana" com dizia o Herman...

Anónimo disse...

Só alguém que nada percebe da história e cultura local poderá dizer que Almada, Pragal, Cacilhas e a Piedade é a mesma coisa ... Vão estudar e depois formem uma opinião ... aliás se gostam tanto de democracia têm medo do quê? perguntem ao povo! Façam um referendo ...

Anónimo disse...

Mais uma achega ... Almada, Pragal, Cacilhas têm em conjunto 45.000 habitantes se juntar a Cova da Piedade ficam 70.000 ... Mas alguém com uma percepção objectiva da realidade acha que se pode gerir e administrar uma freguesia de 70.000 habitantes ... tenham paciência!
Até no tempo da outra senhora se criaram novas freguesias em Lisboa por causa do gigantismo de algumas delas e agora vê estes tipos ...

Anónimo disse...

Anónimo às 14:06
45000 só se andaram a importar pessoas, porque nos censos são menos de 30000.
Se quer discutir a sério não tente fazer dos outros burros.

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