
A notificação, assinada pelo vereador dos Recursos Humanos da CMA e Presidente dos SMAS, José Gonçalves, era de 12 de Agosto, presumivelmente a data da homologação da respectiva nota.
Porque infinita é a vontade de sonhar e chegar sempre mais além… Espaço de convívio e reflexão onde as palavras são sementes que crescem livres de amarras.
Após a aceitação da candidatura apresentada pela AIPICA, celebrado o respectivo "contrato de comparticipação financeira", cumpridos os restantes formalismos em termos de contratação pública (presume-se), dá-se início às obras de construção do equipamento destinado a nele instalar uma creche / jardim de infância.
Todavia, pouco tempo depois as obras param. Decorridos dois anos, o abandono do local é notório. Explicações? Ninguém avança com elas.
O edifício deveria estar terminado em Abril de 2011. Mas estamos em Agosto e a degradação daquele espaço cada vez mais deixa os moradores preocupados pois a acumulação de lixo e mato ameaça transformar-se num problema de saúde pública e bem assim como de segurança pois as redes ameaçam cair a qualquer momento e a proximidade da estrada que dá serventia às garagens deixa os residentes bastante apreensivos.
Neste momento a Plataforma de Cidadania está a recolher mais informações sobre o caso. Foram, entretanto, encetadas diversas outras diligências e em breve contamos dar mais notícias sobre o assunto.
«O assédio moral e psicológico que este técnico superior (engenheiro mecânico) dos SMAS de Almada tem sido vítima por parte da chefia, perante a indiferença do dirigente responsável e com a conivência passiva do vereador dos Recursos Humanos da CMA e Presidente do Conselho de Administração dos SMAS, ao longo dos útlimos anos, de forma permanente e continuada, constitui um conjunto de actos vergonhosos que atentam contra a sua dignidade pessoal e profissional.
Além de o prejudicarem psicologica e até fisicamente, as consequências atingem também a família, sendo que algumas sequelas causaram já danos irreversíveis em todos os membros do respectivo agregado familiar. Por isso, não podemos pactuar. Por isso, é urgente denunciar. Por isso é preciso, sobretudo, fazer da solidariedade o laço que fortalece a luta contra este ignóbil atentado aos direitos humanos.»
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Etimologicamente a palavra cidadania refere alguém livre e originário de uma cidade. Significa isso, em Almada, que nos une um conjunto de laços culturais, sociais e políticos, determinando por essa via, um contexto sociopolítico e cultural. Contexto, que se insere num colectivo de cidadania e numa ideia de pluralidade existente em cada um de nós. Temos então, que o cidadão move-se socialmente e o colectivo participa do social. Alcançar a cidadania é avançar no estado de consciência social que acaba por ser o essencial do colectivo (Coelho, 1990).
Como depreendemos, a participação cidadã é um processo de aquisição de poder, porquanto, quanto mais os cidadãos são activos e participativos, maior é a sua conquista de conhecimento e poder. É a partir dos elementos de construção dos vários conhecimentos e crítica que construímos um conhecimento renovado e autónomo, onde a crítica e a construção dos vários conhecimentos são condições essenciais ao exercício da cidadania.
Sabemos, também, que existe uma diferença abissal entre a ignorância existente na inconsciência colectiva e a ignorância fabricada com base no não fornecimento integral da informação. No primeiro caso assistimos a uma negação do conhecimento. Já no segundo caso assistimos a um fazer de conhecimento para narcotizar os cidadãos.
O acesso à informação pública de forma integral torna-se, então, um imperativo de cidadania como condição básica para que se viva em Democracia. Todos nós sabemos que informação é poder e que quando o cidadão dispõe dessa informação pública integral, o poder político sente-se incomodado com esse poder do cidadão. Deste modo, perante o poder emergente do cidadão, o poder político tenta controlar o saber, os sistemas de informação e comunicação. Reprime e violenta os direitos dos cidadãos!
Esta é a triste realidade a que temos assistido – a informação parcial que o PCP, na CMA/SMAS disponibiliza - no município de Almada, desde 1974. Tomamos, apenas, conhecimento de “meias verdades”, negando-se aos munícipes o acesso à informação e ocultando-se aos órgãos autárquicos, legitimamente eleitos, as condenações em Tribunal da CMA/SMAS por vários crimes, cuja única finalidade tem sido narcotizar os cidadãos de Almada e a Oposição política no concelho! Estamos perante actos de alienação dos cidadãos pelo PCP, na CMA/SMAS. O exercício da cidadania impõe o raciocínio lógico, as capacidades de tomar decisões e iniciativas, aceitar e conviver com diferentes pontos de vista, criar alternativas, dispor de consciência crítica e responsabilidade individual e colectiva (Demo, 1995). Todas estas manifestações cívicas e dinâmicas sociais protagonizadas pela Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada, não interessam ao poder contínuo de trinta e sete anos do PCP, na CMA/SMAS, em Almada.
Ultimamente, ficam incomodados com a denúncia pública pela Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada, dos seus crimes de CORRUPÇÃO, PECULATO, NEPOTISMO, MOBBING, SINECURAS, atentados aos direitos dos trabalhadores na CMA/SMAS e PREPOTÊNCIA! Têm sido inúmeras as ameaças de vária ordem aos seus participantes!
A constituição da Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada, trouxe um factor de mudança ao município, uma nova energia cívica, uma maior pressão dos cidadãos sobre o ambiente opressor e criminoso que este (des) governo do PCP tem protagonizado no atraso de trinta e sete anos nos desígnios de desenvolvimento do município de Almada, buscando essa mudança de forma eficiente. Como termos de comparações de desenvolvimento socioeconómico e cultural, sobejam-nos os exemplos de outras realidades mais próximas, como o desenvolvimento de outros concelhos na Área Metropolitana de Lisboa, cujos indicadores de desenvolvimento, em 1974, eram bem inferiores ao do concelho de Almada e que na actualidade, nos ultrapassaram!
Palavras ocas e vãs para quê?
A Plataforma de Cidadania do Concelho de Almada está alerta e activa em prol de uma melhor cidadania dos seus munícipes!
José Eduardo, 14-8-2011
Nota:
Larsen (1988) alerta para a chamada de atenção de Boorstin quanto aos perigos da Sociedade da Informação: “corremos o risco de ter uma geração extremamente informada mas sem nenhum conhecimento”.
Referências bibliográficas:
COELHO, L.M.C. da Costa, Cidadania/Emancipação. Sobre o conceito de cidadania: uma crítica a Marshall, uma atitude antropofágica, Tempo Brasileiro, vol.100, Rio de Janeiro, Jan/Mar., 1990.
DEMO, P., Cidadania Tutelada e Cidadania Assistida, Campinas: Autores associados, 1995.
LARSEN, S., «New Technologies in Education: Social and Psychological Aspects», in T. Lovis & E.D. tag (Eds.) Computer in Education: Proceedings of the IFIP TC3, Amsterdam: Elsevier Science Publisher, 1988, apud: BARATO, Jarbas Novelino, Aqui Agora: novas tecnologias e ensino municipal. Tecnologia Educacional, v. 22 (119/120) Julho/Outubro 1996, p. 46-50.